Facilmente percebemos que os nossos hábitos de consumo e alimentação mudaram bastante nas últimas décadas devido a uma maior diversidade, disponibilidade, quantidade e distribuição de alimentos e produtos em geral. Sabemos, que é o próprio mercado que influencia o modo como consumimos, ditando a quantidade, qualidade e necessidade que temos de alguns produtos. E também sabemos que são as nossas decisões que ditam o tipo de consumidores que somos e que estas decisões podem ter consequências, quer no meio ambiente, quer afetando a qualidade de vida das populações no mundo inteiro.

Na tentativa de produzir mais para ganhar mais, o produtor muitas vezes adopta medidas para baixar os custos de produção que têm consequências negativas, nomeadamente prejudicando o meio ambiente, e causando maiores desigualdades sociais, desigualdades de género e em casos extremos recorrendo mesmo ao trabalho infantil.

Como forma de ultrapassar as dificuldades que enfrentam alguns destes produtores foi criado o Comércio Justo.  Este procura criar oportunidades e meios que melhorem as condições de vida e de trabalho dos produtores, nomeadamente dos mais desfavorecidos (América do sul, África e Ásia). A sua missão é a de promover a equidade social, a protecção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de consciencialização.

Por ser uma poderosa ferramenta para a redução da pobreza, tratar-se de um sistema mais solidário e humano e mais amigo do ambiente, as Igrejas Evangélicas do Reino Unido foram pioneiras neste projecto, iniciando a divulgação e a venda destes produtos.

Comprar é escolher. E quando compramos, escolhemos não apenas um produto mas também quem o produziu, como o produziu. Remuneramos o produto final mas também os processos de fabrico, a mão de obra, e o impacto que a produção tem no ambiente. Um acto simples como comprar, torna-se de súbito, num grande poder. O poder de escolha e o poder de consumir. Fazer com que as regras do comércio internacional, defendam os direitos humanos, os direitos laborais e o meio ambiente é possível e está à “mão” de todos nós.

No Centro de Interpretação Ambiental d’ A Rocha nós temos disponível alguns produtos de comércio justo desde café, açucar, chás, cevada, cacau em pó até batatas fritas, massas, esparguete e arroz.