O envolvimento d’A Rocha Portugal no estudo, monitorização e conservação da Ria de Alvor remontam já à década de 80. Em resposta à convicção de que devemos estudar e aprender a conhecer e a cuidar dos jardins que Deus nos deu para vivermos, a ARP sempre se dedicou sobretudo à investigação científica, à conservação e à educação ambiental.

No entanto, a destruição de áreas significativas de habitats sensíveis e protegidos que ocorreu desde 2004 na Ria de Alvor pelos proprietários da Quinta da Rocha, apesar de protegidos pelos mais elevados estatutos de proteção ambiental nacionais e comunitários, desafiou-nos a não só estudar mas a envolvermo-nos também na defesa ativa da verdade e no combate ao que considerámos ser apenas fruto de uma lógica de ganância e desonestidade. Assim, A Rocha decidiu em 2007 fazer algo que nunca havia feito antes: envolver-se numa batalha legal pela reposição dos habitats destruídos.

No primeiro semestre de 2012 terminaram finalmente os longos processos de julgamento na primeira instância e, em duas sentenças históricas para o direito ambiental português, o Tribunal Criminal de Portimão e o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé administrativo, condenaram os proprietários da Quinta da Rocha pelas suas ações de destruição de espécies e habitats na Ria de Alvor. Estes dois veredictos, só possíveis pela graça e cuidado de Deus, vieram também premiar a qualidade e o empenho d’A Rocha em mais de duas décadas de trabalho de conservação e nos 4 anos de luta intensa nos tribunais e trabalho incessante junto das autoridades e dos meios de comunicação na defesa da verdade, da justiça e do direito das populações locais a usufruírem de uma das últimas e mais belas zonas naturais do barlavento algarvio.

Acompanhe os desenvolvimentos e notícias desta batalha no site dedicado à Ria de Alvor.