Este ano letivo de 2015-16 comemoramos o 24º aniversário do programa de educação ambiental. Durante estes 24 anos temos estado de portas abertas durante todo o ano para grupos, quer de escolas quer outros, com os objetivos de Dotar os participantes de conhecimentos e técnicas que promovam o seus próprios conhecimentos e experiência, Aproximar os professores e educadores da comunidade científica ajudando-os nas abordagens, metodologias e divulgação de projetos científicos, Despertar para as possibilidades de aplicações científicas com os seus alunos, Sensibilizar para a importância das saídas de campo na sua componente lúdica, relacional e educacional e Contribuir para uma mudança de atitudes e comportamentos que se refletem em novos hábitos de vida mais sustentáveis e amigos do ambiente. Muitos dos problemas ambientais, que afetam o mundo hoje em dia, não são de fácil resolução. Por um lado, porque são difíceis de definir e de quantificar mas também porque existem muitas incertezas e complexidades, quer a nível político, quer ético que exigem novas competências, novos processos de aprendizagem e novos compromissos.

Formação de Professores

Realizamos uma Oficina de Formação “Observar, Experimentar e Aprender – Recriar um Habitat” entre 18 de Janeiro a 2 de Maio de 2016 com 15 horas presenciais e 15 horas autónomas e participaram 16 Educadoras de Infância dos Agrupamentos de escolas de Gil Eanes, Júlio Dantas, Aljezur, Rio Arade e São Teotónio. Esta oficina de formação realizou-se aquando da necessidade expressa por Educadores de infância do Agrupamento de Escolas Gil Eanes de Lagos. Com o objetivo de fornecer as ferramentas necessárias para que os educadores proporcionem às crianças situações de aprendizagem favoráveis à construção ativa do saber e do saber fazer, nomeadamente no Domínio Conhecimento do Ambiente Natural e Social e Dinamismo das Inter-relações Natural-Social.

A ideia de recriar um habitat dentro do Jardim-de-infância possibilita que as crianças tenham algum contato com a natureza. Perceber de perto como é que as plantas crescem, que animais habitam determinados habitats, de que se alimentam, quanto tempo vivem, que transformações sofrem, qual a sua importância, é determinante para que as crianças desde cedo se habituem a ver estes seres, normalmente assustadores, como essenciais ao bom equilíbrio do meio ambiente. Aprender a observar e a registar é importante para que as crianças por si sós possam compreender melhor o mundo que as rodeia e assim o respeitar e cuidar dele.  Como parte desta oficina nós visitamos três turmas de Jardins-de-infância em Lagos e levamos algumas espécies de invertebrados vivos para mostrar as diferenças e as adaptações. Pudemos perceber o quão importante é o trabalho de um educador especialmente nesta fase de aprendizagem, dos três aos seis anos, e a liberdade dada para que elas por si só sejam capazes de pensar, opinar e agir.

Quintas-feiras Dia-Aberto

Este ano para além das atividades do Dia Aberto que incluem identificação de borboletas noturnas e anilhagem de aves tivemos disponíveis em língua inglesa outras três atividades. A ideia é poder aproveitar o facto de termos voluntários com determinados interesses e conhecimentos que podem ser postos à disponibilidade do nosso público estrangeiro. A estas novas atividades chamamos “ As Atividades das Quintas” e este ano disponibilizamos A Lontra na Ria de Alvor, a Vida Aquática na Ria de Alvor e a Arte de observar que foram guiadas respetivamente pela Lieske de Wilde, assistente de direção do departamento de ciência d’ A Rocha Portugal, o Casal Rosemary e Keith Miller, ingleses residentes em Portugal e a Esther Brouwer, atualmente a trabalhar n’A Rocha França. Contamos para o próximo ano letivo repetir algumas destas atividades e quem sabe poder proporcionar outras às cerca de 1041 pessoas que habitualmente nos visitam.

Voluntariado Regional para a Água

Mais uma vez recebemos das mãos da ARH Algarve um prémio de mérito por participarmos no Voluntariado Regional para a Água. E mais uma vez levamos a cabo a monitorização da qualidade da água da Ria de Alvor. Desta vez o Keith e a Rosemary Miller tiveram a ajuda da Cristina Andrés, estudante a terminar o Curso de Técnica de análise laboratorial na Escola Secundária Poeta António Aleixo em Portimão. Os resultados preliminares foram mais uma vez bons pois as espécies encontradas vivas eram na sua maioria sensíveis à poluição.

Visitas às Escolas

Este ano para além dos jardins-de-infância de Lagos que visitámos, fomos também a pedido da professora Natália Rodrigues, à Escola D. Martinho Castelo Branco para falar a seis turmas de 8º ano (cerca de 130 alunos) sobre a importância da Ria de alvor.

Visitas das Escolas

Este ano tivemos um total de 770 alunos e professores de 32 turmas (de jardim-de-infância à universidade) pertencentes a 12 escolas do Algarve ao Reino Unido. Às escolas das Naus, Tecnopólis, Júlio Dantas, Manuel Teixeira Gomes, Dom Martinho Castelo Branco, Poeta António Aleixo, Escola de Estômbar, Escola da Bemposta, Jardim-de-infância de Santa Maria, Jardim-de-infância Chebebé e Agrupamento de escolas de Albufeira, o nosso muito obrigado pela vossa preferência e em alguns casos a vossa fidelidade.