O estuário de Alvor é uma das mais importantes zonas húmidas costeiras no sul de Portugal. Este rico ecossistema inclui dunas, lodaçais, sapais e Salinas, apoiando uma diversificada e especializada flora e fauna.

Nos últimos doze anos, A Rocha Portugal tem conduzido uma longa campanha legal para proteger a área de desenvolvimentos inadequados e ilegais, propostos por uma empresa privada (agora chamada de Water View, S.A.) que é a proprietária da Quinta da Rocha.

Em 2015, o Tribunal Criminal de Portimão condenou a empresa Water View, S.A. por danos ambientais e também por desobedecer a um acórdão do tribunal. Foi multada em 140.000 €. A empresa apelou contra esta decisão em várias ocasiões, até agora sem sucesso, e aguarda-se ainda uma decisão final.

O Tribunal Central Administrativo também defendeu uma condenação por danos ambientais na Quinta da Rocha em 2014 quando foram ilegalmente iniciados trabalhos nos terrenos. O Tribunal decidiu que a Water View, S.A. é legalmente obrigada a restaurar a área e proibiu-a de mudar a paisagem ou, no futuro, construir onde existem habitats e espécies protegidas.

Quando a Water View, S.A. apresentou o seu plano de recuperação ambiental às autoridades tornou-se claro que a área estava incorretamente mapeada e que tinham esquecido o facto de que a Quinta da Rocha contém pelo menos um habitat reconhecido nacionalmente e internacionalmente pelo seu valor de conservação – algo que muda a natureza e a escala do trabalho de restauração necessária. Sem consultar as partes interessadas, representantes das duas autoridades aceitaram formalmente o plano da Water View, S.A.

Por favor, se ora, peça que a natureza seja restaurada e que protegida contra quaisquer planos de desenvolvimento que destruam a Ria de Alvor.