Meu nome é Katya e sou da Rússia. Nasci na Sibéria em Yakutsk. No ano passado decidi mudar-me  para São Petersburgo, Rússia, para descobrir um novo lugar e passar vários meses lá. Tenho formação em gestão financeira e trabalhei na área de investimentos e finanças por 2 anos, mas queria experimentar o voluntariado e fazer parte de um projeto ambiental. Encontrei um projeto interessante, de A Rocha, sobre microplásticos, que não só continha o estudo de uma questão atual, como também decorria no solarengo Portugal. Este país é tão atraente com a sua diversidade natural e a proximidade com o oceano. Levei quase três meses para conseguir o visto, e nesse tempo o Covid-19 espalhou-se por todo o mundo. Não percebi da gravidade da situação até chegar ao aeroporto. As restrições à entrada e saída entre os países espalharam-se rapidamente e se eu tivesse adiado meu voo para mais um dia, teria sido quase impossível chegar a Portugal. Em março de 2020, vim para A Rocha Portugal para estudar os microplásticos, correr pelas praias de Alvor e pensar em como salvar o planeta de uma praga de plástico. Agora estou n’A Rocha há sete meses. Quando não estou a estudar microplásticos, estou envolvido na propriedade, aprendendo o básico da agricultura, e estudando aves e insetos. Fico feliz em passar um tempo com pessoas amigáveis e interessantes, especialmente neste momento difícil em todo o planeta. Não sei que tipo de mundo se abrirá para nós amanhã, mas hoje sou grata por dias ensolarados, o canto dos pássaros, o cheiro de flores, o café e pessoas simpáticas.

 

O meu nome é Tiago e sou da Bélgica, embora tenha nacionalidades Belga e Portuguesa. Estou a estudar biologia e a começar o meu último ano da licenciatura. Como estava livre até janeiro, quando começam as últimas disciplinas, achei que era uma boa ideia vir para A Rocha em Portugal, como voluntário, para aprender. Eu sempre quis viver em Portugal e este foi o momento perfeito para o fazer. Estou na Cruzinha há um mês e vou ficar um total de três meses. As pessoas têm sido muito queridas e simpáticas, como uma pequena família. Gosto de aprender sobre pássaros, traças e trabalhos agrícolas ou de jardim. A comida é deliciosa e o sol também é ótimo! No geral, foi um bom primeiro mês e estou desejoso pelo resto do meu tempo no Cruzinha.

 

Chamo-me Esmée e desde que me lembro que sou apaixonada pela natureza. Cresci nos Países Baixos com as minhas duas irmãs e a minha mãe. Primeiro morámos num apartamento e depois numa casa. Mais tarde mudámos-nos para uma pequena cidade chamada Heerjansdam. No apartamento não estava em muito contato com a natureza, mas lembro-me de observar e apanhar insetos com as minhas irmãs no jardim da minha avó. Quando nos mudámos, a primeira coisa que fiz foi subir às árvores e chegar a casa toda suja porque tinha caído no lago enquanto observava rãs. Durante as nossas férias em família, fazemos caminhadas, piqueniques e nadamos nos lagos ou, no inverno, vamos esquiar na Áustria. Viajei pela Costa Rica, Nova Zelândia, Grécia, Escandinávia e muito mais para explorar a natureza e a cultura. Uma outra paixão é a fotografia da natureza. Eu adoro o oceano e os mamíferos marinhos, especialmente golfinhos e baleias, mas toda a diversidade da natureza é o que mais me fascina. Além disso, também gosto de desporto ao ar livre, como o surf. Por isso escolhi estudar mestrado em Floresta e Conservação da Natureza, para conservar a natureza e a biodiversidade. É também por isso que estudo microplásticos agora, em Portugal com A Rocha. Já estive aqui na Cruzinha antes e adoro as pessoas, as praias, os festivais e as aves – especialmente os mochos como o Mocho-galego, Athene noctua, que existe aqui. Também estou feliz por aprender mais sobre a cultura russa com minha parceira de projeto, a Katya, e aprender a falar um pouco de português.

 

 

Katya e Esmée estão sendo patrocinadas pelo número do projeto número  2018-1-PT02-ESC11-005590 do Corpo Europeu De Solidariedade