Boletim Informativo Dezembro 2020

 

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de Dezembro!

Queridos Amigos

Este é o último Boletim informativo mensal do ano muito difícil de 2020.

No princípio deste ano pedimos-lhe apoio financeiro para ajudar A Rocha Portugal e os Amigos d’ A Rocha Portugal, para que pudéssemos continuar o importante trabalho levado a cabo pela organização neste período tão conturbado. A resposta foi realmente surpreendente e graças ao vosso apoio conseguimos assegurar o salário de todos os empregados e garantir que o nosso centro, Cruzinha, continua a funcionar. Muito obrigada.

Devido às regras e requisitos de segurança dos visitantes em relação ao Covid-19, os números de visitantes e o rendimento está muito aquém e não esperamos melhorias num futuro próximo, estamos de mãos atadas e a segurança é fundamental.

Com olhos no futuro, para o novo ano de 2021, temos esperança de notícias positivas na batalha contra este vírus e desejamos que possamos, eventualmente, regressar às nossas vidas de trabalho normais e construir um futuro positivo para A Rocha Portugal e para os Amigos d’ A Rocha. Se houvesse ao menos uma mão mágica que nos permitisse receber mais hóspedes, novos estudantes e ser completamente auto suficientes! Mas, sabemos que devido às restrições isso não vai ser possível num futuro próximo. Percebemos que iremos necessitar de ajuda financeira regular para nos apoiar em 2021 e nos tempos difíceis que virão. Se conseguirmos assegurar esta ajuda podemos continuar a trabalhar, sem a preocupação, todos os meses, do rendimento ser suficiente para assegurar os custos.

Deste modo, pedimos, se poderia considerar apoiar-nos regularmente nos próximos 12 meses, a começar em janeiro de 2021, para nos ajudar nestes momentos difíceis. Abaixo segue a hiperligação com todos os detalhes de como o poderá fazer, com a opção de uma quantia fixa mensal para os próximos 12 meses ou com uma quantia fixa total para os próximos 12 meses. Agradecemos, desde já, todo o tipo de donativos.

OBRIGADA AMIGOS pelo vosso apoio contínuo.

POR FAVOR, CLIQUE NO CORAÇÃO

Gostaria de desejar-vos um Natal cheio de Saúde, Felicidade e Paz e um Novo Ano cheio de Esperança e Alegria.

Helen Rodda

I
N
S
TANTÂNEO

Alvor

Idade: 436 aC

Vila (14 Abril 1988)

População: 6154 (Census 2011)

Área: 15,25 Km2

Alvor é uma vila piscatória e marítima, localizada no Concelho de Portimão; é limitada pela Freguesia de Portimão a Este, pela Mexilhoeira Grande a Norte e pela Ria de Alvor a Sul e a Oeste. Inicialmente consistia numa pequena povoação de pescadores, dependente do mar, hoje é uma importante vila turística.

A presença humana em Alvor é antiga, pensa-se que um grande general Cartaginês, Aníbal Barca, descobriu-a em 416 aC, quando era um pequeno porto comercial e deu-lhe o nome de Portus Hannibalis.

Em 716, foi conquistada pelos Mouros, que lhe deram o nome de Albur (baldio) e aí construíram um castelo. A primeira tentativa para conquistar Alvor foi por D. Sancho I, Rei de Portugal, no dia 3 de Junho de 1189, com a ajuda dos Cruzados, mas foi reconquistado pelos Mouros novamente dois anos mais tarde; foi finalmente conquistada em 1250. O castelo de Alvor foi reconstruído em 1300 por D. Dinis, Rei de Portugal e utilizado como Fortaleza militar durante 500 anos, para defesa da costa contra piratas e corsários, até ao grande terramoto de 1755, quando ficou quase totalmente destruída; hoje em dia, apenas restam alguns vestígios.

 A vila de Alvor irá para sempre ficar ligada a D. Joao II, rei de Portugal, onde veio a falecer numa pequena mansão na Rua do Poço: foi elevada a vila por este, antes do seu falecimento, no dia 25 de fevereiro de 1495.

Economicamente, Alvor depende do turismo, essencialmente, devido às suas praias e maravilhosas paisagens, mas tradicionalmente a pesca e a agricultura eram atividades importantes. O património natural é também importante, as dunas de Alvor são habitat para algumas espécies de aves.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Borboleta-cecília (Pyronia cecilia, Vallantin, 1894)

Morfologia: É uma borboleta de tamanho médio da Família Nymphalidae, com envergadura entre 28 a 34 mm; os machos são mais pequenos que as fêmeas. A parte superior das asas é laranja com uma banda marginal castanha, o ápice das asas posteriores apresenta um ocelo preto com duas manchas brancas, a parte inferior da asa posterior é semelhante à parte superior; a parte inferior da asa anterior é castanho marmorizado semelhante a uma folha “velha”, com uma banda mais clara em forma de “Y”. Apresenta duas gerações anuais; voa de abril a setembro.

Habitat: Pastagens quentes e secas ou matos; normalmente procura a sombra nas partes mais quentes do dia por debaixo de arbustos ou de superfícies rochosas.

Distribuição: Norte de África e Região Mediterrânea, de Portugal até à Turquia. Em Portugal é comum em todo o país.

Notas: A lagarta alimenta-se de gramíneas, tais como Brachypodium sp, Poa sp e Deschampsia sp. Bastante semelhante à Pirónia (Pyronia tithonus), esta última é mais abundante na zona norte.

Piu… Piu…

Maçarico-de-bico-direito

(Limosa limosa, Linnaeus, 1758)

Identificação: É uma limícola de médias dimensões da família Scolopacidae; mede entre 37 e 42 cm (do bico à cauda). O bico, pescoço e pernas são compridos, tem uma aparência esbelta; o bico é direito ou ligeiramente encurvado. Os machos têm duas plumagens diferentes, no verão mais arruivado (pescoço e peito), barriga branca e barras pretas nos flancos; no inverno não tem cor arruivada. As características mais distintivas são a mancha branca do uropígio, a barra terminal preta na cauda e a barra branca nas asas visível em voo.

Habitat e Ecologia: praias e estuários, por vezes em lagos interiores; prefere águas pouco profundas, tais como pântanos, campos inundados e estuários. A dieta consiste em pequenos invertebrados, principalmente insetos, moluscos, crustáceos, ovos de peixes e anfíbios.

Distribuição: Todas as regiões biogeográficas, à exceção do continente Americano. Nidifica a latitude média em áreas oceânicas e continentais, normalmente em zonas temperadas e boreais. A população do Noroeste da Europa inverna no Oeste de África, a sul do Sahara, alguns passam o inverno ao longo da costa Atlântica e na bacia do Mediterrâneo, a população do Nordeste da Europa inverna na África Central e do Leste. Esta espécie não nidifica em Portugal, é um invernante ou migrador de passagem.

Estado de Conservação: Quase Ameaçado (NT) na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A população europeia sofreu um declínio acentuado na última década, principalmente devido à destruição do habitat, à pressão turística nas áreas costeiras e à poluição da água. Durante a migração pré-nupcial (janeiro e fevereiro), é possível observar cerca de 50 000 indivíduos em Portugal.

SABIA QUE?

  • Tiago Guarda Campos, 24 anos, Belga/Português. Estudei durante 3 anos Biologia na ULB, Universidade de Bruxelas. Em 2017, fiz uma viagem à América do Sul durante 6 meses. Vim para A Rocha como voluntário durante 3 meses; ajudo no jardim, no projeto dos micro plásticos e ajudo a Paula com a monitorização de traças. Gosto imenso da tranquilidade e da beleza do jardim e de todas as espécies que se podem observar aqui. Adoro as pessoas que fazem parte da família d’A Rocha, todos são simpáticos e gentis, é relaxante. A comida é também muito boa!

  • No dia 7 de Novembro A Rocha participou no Festival Walk &Art Fest, organizado pela Almargem em Barão de São João. Foi um lindo dia, mesmo que não tenho sido possível observar muitas aves.
  • No dia 27 de novembro A Rocha organizou uma Limpeza de Praia na Praia da Luz! Foi possível recolher todo o tipo de lixo! Muito obrigada pela vossa ajuda!

  • No dia 15 de novembro, o Jasper e a Tayler, os novos diretores do centro d’ A Rocha, partiram de viajem de visita à sua terra natal, para angariar apoio para continuarem o seu trabalho na associação. Desejamos-lhes uma agradável e próspera estadia nos EUA juntamente com as suas famílias e esperemos que regressem em segurança.

  • Novembro é o fim do outono e já quase parece inverno, a maior parte das nossas aves invernantes chegaram. Este mês na nossa estação de anilhagem capturamos: Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), Felosinha (Phylloscopus collybita), Toutinegra-dos-valados (Sylvia melanocephala), Verdilhão (Carduelis chloris), Melro (Turdus merula), Charneco (Cyanopica cookie), Guarda-rios (Alcedo athis), Tordo-pinto (Turdus philomellus), Tentilhão (Fringilla coelebs), Bico-de-lacre (Estrilda astrild), Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros), Rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos), Alvéola-cinzenta (Motacila cinerea) e Estrelinha-de-cabeça-listada (Regulus ignicapila).

Tordo-pinto (Turdus philomellus)
Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros)
Juvenil de Bico-de-lacre (Estrilda astrild)
Álveola-cinzenta (Motacilla cinerea)
Estrelinha-de-cabeça-listada (Regulus ignicapila)
FEVEREIRO SEM PLÁSTICO

O plástico é um material fantástico, é resistente, maleável, durável e muito mais barato quando comparamos com outros materiais do mercado. Com o tempo tornou-se no material mais utilizado, principalmente no que diz respeito aos artigos de casa, cozinha e higiene pessoal. Desde 1950 foi produzida mais de uma tonelada de plástico por cada pessoa que se encontra viva atualmente*1. Com o consumo de plástico aumenta o lixo produzido e, neste caso, as características do plástico têm um efeito negativo devido ao tempo que demora a degradar, sendo o material mais despejado nos nossos rios, solos e mares. Mais de 150 milhões de toneladas de plástico já entraram nos oceanos e, em cada ano, mais 11 milhões de toneladas vão lá parar, e os seus resíduos irão contaminar quase 1000 espécies marinhas*2.

Todos os anos, 100 mil mamíferos marinhos, milhões de aves, peixes e tartarugas perdem as suas vidas porque consomem ou são feridos por plásticos e microplásticos. A saúde humana também está a ser ameaçada pelos danos dos microplásticos pois estes encontram-se em diferentes produtos alimentares, como sal, peixes, frutos do mar, e outros. Cientistas que examinaram 47 amostras retiradas de pulmões, fígado, baço e rins de seres humanos, encontraram vestígios de contaminação por plásticos em todas elas. Nessas amostras estavam presentes o tereftalato de polietileno, que é usado em produtos como garrafas plásticas, bem como o polietileno, que é usado nos sacos plásticos*3.

Os nossos governos, responsáveis pelas leis e regulamentação, já estão a fazer um esforço para acabar com este problema, mas nós individualmente e nas nossas comunidades, também precisamos fazer a nossa parte.

*1/*2 Fonte: The Ellen MacArthur Foundation e WWF, as organizações ambientais que produziram o relatório.

*3Fonte: Varun Kelkar, Illinois’ University

O Projeto d’ A Rocha

A Rocha vai iniciar um projeto chamado “Fevereiro Sem Plástico” cujo objetivo é reduzir, durante o mês de fevereiro, os plásticos que usamos em casa ou de uso Pessoal. Sabemos que será uma tarefa muito difícil, mas esperamos que cada um de vocês possa compartilhar, através de um pequeno vídeo ou artigo, não apenas as dificuldades que enfrentou, mas também as soluções e dicas que acharam mais práticas e viáveis. Pretendemos usá-las no nosso Blog, Facebook e Instagram, para compartilhar as soluções encontradas.

Deixamos aqui algumas sugestões:

Para saber se estamos a reduzir o plástico utilizado, primeiro precisamos saber a quantidade de plástico que estamos utilizando atualmente. Para isso, precisamos selecionar e separar o plástico do outro lixo. É necessário medir a totalidade de plástico que utilizámos nos primeiros 28 dias de janeiro. Pode fazer isso de três maneiras, escolha a mais a mais fácil para si:

  1. Pesando todo o plástico utilizando uma balança para o efeito.
  2. Se não tiver uma balança, registe o volume de plástico, multiplicando o número de sacos que encheu.
  3. Use uma tabela (faça o download da que disponibilizamos) para registar o número de itens de plástico que deita no lixo; coloque essa tabela junto do contentor do lixo ou na porta do frigorifico, por exemplo.

Durante todo o mês de fevereiro deve repetir processo, utilizando o mesmo procedimento para medir a quantidade de plástico que utilizou.

Se preferir medir de outra maneira faça-o, o que importa é que perceba se conseguiu ou não reduzir.

Algumas dicas para começar:

  • Leia com atenção os rótulos! Alguns produtos pessoais, como cremes corporais e em gel, estão cheios de microplásticos. Evite-os!

    • Use seus próprios sacos de pano para comprar legumes e pão. Hoje em dia pode comprar legumes sem o saco de plástico comum, pesá-los no balcão e usar seu saco de pano para os levar para casa.
    • Evite produtos com embalagem dupla (ou tripla)! Bolachas e alguns outros produtos vêm em sacos pequenos. Tente evitá-los!
    • Compre um detergente multiusos, que possa limpar janelas, balcões e fornos, em vez de comprar 3 diferentes. Faça o mesmo para a casa de banho.
    • Sempre que puder, compre produtos em garrafas de vidro em vez de garrafas de plástico.
    • Faça uma pesquisa on-line para encontrar outras dicas que pode usar.

    Como regra, reduza o consumo, reutilize o que já tem, recuse aceitar o que não quer, recicle o que não pode usar mais.

    Junte-se a nós, mesmo que não esteja a registar o plástico que está a reduzir. Envie-nos pequenos vídeos com ideias, dicas, soluções que encontrou e também as dificuldades que encontrou. Queremos compartilhar tudo isso no nosso blog. Os filmes podem ser realizados em inglês ou em português.

Isabel Soares

Desde há muito que oiço falar de espécies invasoras! A “quarentena” permitiu-me assistir a alguns seminários online, acerca de espécies invasoras e sabem que mais, elas são mesmo invasoras e estão em todo o lado! Agora, a conduzir ou apenas a passear, não posso deixar de olhar para as plantas, plantas invasoras que crescem como se pertencessem aqui… e eu apenas conheço algumas espécies! Algumas são mesmo muito bonitas! Guiei um passeio em Sagres de observação de aves e no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, vi espécies invasoras, ao longo da EN 125 entre Portimão e Lagos, na Ria de Alvor, no caminho para Monchique, até mesmo no jardim da Cruzinha…decidi que talvez pudesse fazer alguma coisa, mesmo que pequeno que fosse, mesmo que seja só partilhar este problema! As espécies invasoras são uma das principais causas da extinção de espécies e da perda de biodiversidade! Milhões são gastos anualmente para erradicar espécies invasoras! Não são apenas nocivas para os ecossistemas, mas algumas também o são para a saúde humana! (Acácia) Veja o artigo “Biodiversidade” mais à frente.

Ponta da Atalaia, Sagres

Para mais informação consulte o website sobre espécies invasoras aqui

Filipa

Cervídeos parte 2

Família: Cervidae

A Família Cervidae inclui os ungulados ruminantes, tal como o veado e a rena; as principais características, são a existência de hastes em vez de cornos. As hastes são estruturas ossificadas que crescem todos os anos, geralmente nos machos. Os cervídeos são herbívoros, com uma dieta específica, o seu estômago não é especializado e deste modo não conseguem digerir plantas fibrosas, como as gramíneas e alimentam-se principalmente de rebentos, frutos e líquenes. Os cervídeos não são animais domesticados, ao longo da história do homem desempenharam um papel importante como animais de caça e fonte de alimento.

Em Portugal é possível encontrar três espécies diferentes de cervídeos: o Veado-vermelho, o Corço e o Gamo.

Corço ((Capreolus capreolus)

Distribuição: Região Paleártica do continente Euroasiático, exceto as ilhas Mediterrânicas: Europa, Ásia Menor e área em redor do mar Cáspio.

Habitat: grande variedade de habitats, florestas de folhosas, florestas de coníferas, bosques Mediterrâneos e áreas agrícolas.

Longevidade: 8 anos (mas pode atingir os 14 anos)

O Corço (Capreolus capreolus) é o mais pequeno cervídeo da Europa e o mais comum. Pode pesar entre 18 a 60 kg e medir entre 95 a 145 cm (as populações da Península Ibérica são em geral mais pequenas e esbeltas). As patas posteriores são mais altas que as patas anteriores, adaptadas ao salto; a ponta do focinho é preta, os lábios e queixo brancos, as orelhas são grandes, o escudo anal é branco e a cauda é curta e primitiva. O dimorfismo sexual não é bem evidente, as principais diferenças são a forma do escudo anal, em forma de rim nos machos e em forma de coração nas fêmeas e a presença de hastes nos machos. As hastes são curtas e pontiagudas, normalmente com duas ou três pontas; caem no Outono, mas começam a crescer quase imediatamente, estando o seu crescimento completo na Primavera. A cor da plumagem varia de acordo com a estação do ano, castanha-avermelhada e curta no verão e castanha-acinzentada e longa no inverno. Os juvenis têm manchas brancas no dorso que vão desaparecendo com o tempo.

A época de acasalamento acontece mais cedo do que nos outros cervídeos, em julho/agosto, isto é devido a uma adaptação evolutiva das fêmeas, a diapausa embrionária ou gestação suspensa, provoca um atraso na implantação; o embrião fica “adormecido” por cerca de 5 meses e começa a desenvolver-se em janeiro, as fêmeas parem no final de maio/junho, depois de 10 meses de gestação, quando a disponibilidade de alimento é elevada. Os machos são extremamente territoriais, defendem o seu território de outros machos, especialmente na época de reprodução. As fêmeas formam pequenos grupos familiares com as suas crias e, por vezes, com um macho. Normalmente os territórios das fêmeas são mais pequenos do que os dos machos; o território dos machos pode ter mais do que um grupo de fêmeas.

O Corço é um herbívoro generalista e pode alimentar-se de diferentes plantas e de todas as partes das plantas (da raiz às flores); está adaptado a consumir matéria vegetal pobre em fibra e rica em hidratos de carbono, o que facilita a digestão e também o consumo de plantas com elevados teores de taninos, o que o permite sobreviver em bosques nativos. Os requisitos em água são baixos e encontra a água necessária nas plantas de que se alimenta.

Normalmente está ativo ao nascer do dia e ao pôr-do-sol, é tímido e desaparece rapidamente entre as árvores, a razão pela qual é designado como o “elfo da floresta”. Esta espécie é também famosa em todo o mundo, como personagem principal na história para crianças “Bambi”.

Em Portugal, o Corço foi dado como extinto no princípio do século XX, aparecendo apenas no Norte do País vindo de populações Espanholas. Atualmente, a população da Península Ibérica está a aumentar e a expandir-se devido principalmente ao abandono das terras e ao êxodo rural.

REBENTO…U

Família: Plumbaginaceae

Identificação: É um arbusto suculento perene, que pode atingir os dois metros de altura (normalmente menos, cerca de um metro), apresenta caules muito ramificados. As folhas são oblongas ou em forma de colher, carnudas, cobertas de escamas brancas e de cor prateado-azul-esverdeado. As flores são pequenas de cor rosa vivo; floresce de março a novembro.

Habitat e Distribuição: terrenos salgados, baldios, areias costeiras, estuários e orlas de sapais. Ocorre na Península Ibérica e Norte de África, para este, França, Itália, Sicília e Creta. Em Portugal apenas está presente no Algarve e Baixo Alentejo.

Notas: A distribuição natural do Limoniastrum é incerta, alguns consideram que foi introduzido na Península Ibérica e é nativo do Leste do Mediterrâneo. Em 1993 foi pela primeira vez registado nas Ilhas Canárias; nalgumas áreas, é considerada como tendo comportamento invasor. Alguns estudos demonstram que esta espécie tem capacidade para remover Cd (Cádmio) e Pb (Chumbo) de locais poluídos.

Limoniastrum monopetalum (L.) Boiss.

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de dezembro – Restauração da Independência/ Feriado nacional

5, 12, 19 e 26 de novembro – Dia aberto na Cruzinha – Anilhagem de Aves e monitorização de borboletas noturnas, das 10h15 às 12h00. Reserve aqui

8 de dezembro – Dia da Imaculada Conceição, Feriado Nacional

11 de dezembro – Dia da cidade de Portimão, Feriado no concelho

25 de dezembro – Dia de Natal, Feriado Nacional

A Cruzinha irá estar fechada entre dia 21 de dezembro e dia 3 de janeiro; nos dias 24 e 31 de dezembro 2020, não haverá Dia Aberto

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Nunca é cedo demais para pensar no que poderá oferecer a alguém especial pelo seu Aniversário ou pelo Natal. Que tal uma “Oferta de Amizade” para os Amigos d’A Rocha Portugal”?

 

OFERTA DE AMIZADE

Pensamento do mês

“A possibilidade de realizarmos um sonho é o que torna a vida interessante.”

– Paulo Coelho (1947 – escritor, romancista brasileiro)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Vivemos numa sociedade de consumo, com bens dispostos de tal forma, que nos obrigam a consumir mais e mais, até mesmo aquilo que não necessitamos realmente. Os mercados estão organizados ao contrário, os novos produtos não surgem para responder às nossas necessidades, mas para nos criar “novas necessidades”. Temos de tomar consciência do que é realmente importante para nós e como consumidores devemos ter consciência das nossas escolhas.

  • Transporte, especialmente o transporte de bens, consomem cerca de 25% da energia e são responsáveis por 25% das emissões de carbono.
  • Cerca de 30% de todo o plástico produzido é utilizado para embalamento: desde 1960 o lixo de plástico aumentou 200%
  • A maior parte do plástico é produzido a partir do petróleo e de outros combustíveis fósseis não renováveis
  • Nem todo o plástico pode ser reciclado e até mesmo o plástico biodegradável pode levar cerca de 100 anos até completar todo o processo de biodegradação.
  • A tinta produzida para pintar sacos de plástico é feita de Cádmio um metal pesado tóxico
  • Para produzir 1 kg de carne são necessários 16 kg de cereais e 19 000 litros de água.. A produção de carne requer uma área elevada e a desflorestação tem consequências negativas.
  • Uma máquina de lavar roupa pode consumir cerca de 24 litros de água numa única lavagem (o equivalente a 4 duches)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Biodiversidade no jardim da Cruzinha

O jardim da Cruzinha foi desenvolvido há cerca de 35 anos, quando A Rocha Portugal começou. Naquela altura o objetivo era recriar os diferentes tipos de habitat que se encontravam na área, foram utilizadas principalmente espécies nativas; contudo, como jardim doméstico também foram usadas algumas espécies exóticas. Algumas destas espécies são atualmente consideradas invasoras. (ver Boletim Informativo fevereiro de 2019 – espécies invasoras).

Durante 6 semanas, duas estudantes portuguesas, realizaram um estágio n’ A Rocha; localizaram e identificaram as espécies exóticas do jardim e apresentaram algumas técnicas para a sua eficiente remoção. As estudantes também analisaram algumas espécies nativas e apresentaram sugestões de recolonização com o objetivo de aumentar a biodiversidade ao nível dos insetos, aves e vida selvagem nativa.

Foram encontradas seis espécies de plantas consideradas invasoras em Portugal: Erva-azeda (Oxalis pes-caprae) (ver Boletim Informativo dezembro 2018 – apenas disponível em Inglês), Lantana (Lantana camara), Falsa Acácia (Robinia pseudoacacia), Piteira (Agave americana) e Figueira-da-Índia (Opuntia ficus-indica). Estas espécies são tão comuns no ambiente local, que muitos de nós até pensam que elas são nativas. Foram também encontradas algumas espécies exóticas, que não são consideradas invasoras em Portugal, contudo são consideradas invasoras noutras partes do mundo ou têm comportamento infestante no jardim: Espargo-pluma (Asparagus densifloru/sprengeri), Pitósporo-do-Japão (Pittosporum tobira), Eucalipto-comum (Eucalyptus camaldulensis), Acanto-do-poeta (Acanthus mollis) e Palmeira-das-Canárias (Phoenix canariensis).

A remoção destas espécies é considerada difícil, algumas já foram cortadas e voltaram a crescer, como a Falsa-Acácia ou o Eucalipto-comum; outras cresceram de sementes deixadas no solo, como a Palmeira-das-Canárias, o Espargo-pluma e o Pitósporo-do-Japão.

É caso para dizer, escolha cuidadosamente as plantas para o seu jardim!

Erva-azeda (Oxalis pes-caprae)
Lantana (Lantana camara)

          Vamos cozinhar!

Pudim de Castanhas e Medronho

250 grs de castanhas cozidas e descascadas

4 ovos

400 ml de leite

200 g de açúcar

50 ml medronho

30 grs maizena

Para o caramelo:

150 grs açúcar

60 ml água

Comece por preparar o caramelo levando ao lume num tacho pequeno o açúcar e a água. Procure retirar o preparado do lume assim que tenha um tom dourado evitando assim que queime. Derrame em formas individuais de pudim enquanto ainda quente, e, usando um pano ou luva para não se queimar, faça com que o caramelo cubra toda a superfície interior das mesmas. Numa taça à parte adicione os restantes ingredientes e triture bem usando um mixer. Pode ser preparado diretamente num liquidificador ou robot de cozinha. O importante é garantir que o preparado fique bem triturado e homogêneo. Pré aqueça o forno a cerca de 180 graus. Disponha as formas num tabuleiro de forno. Distribua o preparado do pudim pelas formas e coloque água no tabuleiro até que chegue a metade da altura das formas. Leve a cozer por cerca de 40 minutos .

Retire do forno o tabuleiro e cuidadosamente as formas do pudim do mesmo. Deixe-as repousar por cerca de 30 minutos até poder levar ao frigorífico para que arrefeçam completamente. Desenformar e servir com decoração a gosto.

2020: um bom ano para a população translocada de calhandras-do-raso

Graças à chuva que tem caído nos últimos tempos, este ano já nasceram pelo menos 24 crias na ilha de Santa Luzia (Cabo Verde): um reforço considerável para uma espécie que em 2018 estava confinada apenas ao pequeno Ilhéu Raso, e um excelente sinal de que a população de calhandras-do-raso que translocámos para Santa Luzia nesse ano está a dar-se bem.

Juntamente com os nossos colegas da Biosfera1 Cabo Verde, vamos continuar a acompanhar estes pequenotes que esperamos que ajudem a aumentar as chances de sobrevivência desta espécie.

Mais informação aqui

Photo by Tânia Pipa/SPEA

Visitem o website para datas disponiveis e marcar passeios.

www.arochalife.com  

Migração de aves de rapina em Sagres, parte 2

Algumas espécies apenas estão de passagem na área e algumas delas aparecem em grandes números. Os Milhafres-pretos (Milvus migrans) e os Bútios-vespeiros (Pernis apivorus) são das primeiras espécies a aparecer. O Milhafre-preto tem sido registado entre 10 de julho e meados de dezembro, com um pico entre 15 e 25 de agosto; o máximo registo foi de 141 indivíduos no dia2 de setembro de 2017. O Bútio-vespeiro tem sido registado entre meados de agosto e finais de outubro, com um pico entre 15 e 20 de setembro. O número mais elevado registado na Cabranosa foi de 50 indivíduos no dia 27 de setembro de 2018. Estas espécies apresentam uma enorme variação na cor da plumagem, a Águia-calçada (Hieraaetus pennatus) e o Gavião (Accipiter nisus), apresentam registos durante todo o período de monitorização; o pico das espécies é semelhante, por volta do dia 20 de setembro; o máximo registado é, no entanto, diferente: 420 indivíduos de Águia-calçada, no dia 30 de setembro e 56 indivíduos de Gavião no dia 6 de outubro de 2013. A espécie mais numerosa é sem dúvida o Grifo (Gyps fulvus), com um máximo de 1800 indivíduos no dia 27 de novembro de 2017; esta espécie tem sido registada entre o dia 1 de setembro e o final de novembro, com um pico no princípio de novembro.

Entre os outros migradores encontramos mais duas espécies de abutres: o Abutre-preto (Aegypius monachus) e o Britango (Neophron percnopterus). O Abutre-preto tem sido registado entre o dia 2 de outubro e o 10 de novembro; o máximo registado foram 4 indivíduos no dia 14 de novembro de 2008. O Britango, tem sido registado durante todo o período de monitorização, com um pico na primeira metade de setembro e com um máximo de 17 indivíduos no dia 2 de outubro de 1990.

O Tartaranhão-caçador (Circus pygargus) passa entre meados de agosto e meados de outubro, com um pico no princípio de setembro. O máximo registo foi de 8 indivíduos no dia 3 de setembro de 2019. Todos os anos há registos de indivíduos melanísticos de passagem na área.

O Milhafre-real (Milvu milvus) passa entre meados de setembro e meados de dezembro, com um pico por volta do dia 10 de novembro. No dia 16 de outubro de 2015, 27 indivíduos foram observados na Cabranosa, sendo o record para esta espécie.

O Falcão-tagarote (Falco subbuteo) tem sido observado na área e aproveita os enxames de libélulas para se alimentar (principalmente da Libélula-de-veias-vermelhas); tem sido registado entre meados de agosto e meados de novembro com um pico em meados de outubro, o máximo de que há registo são de 3 indivíduos no dia 18 de outubro de 2017.

O Tartaranhão-pálido (Circus macrourus) foi observado pela primeira vez em 2011, desde então tem sido observado todos os anos. Está presente entre 20 de setembro e 20 de novembro e o máximo registado na Cabranosa, foi de 2 indivíduos no dia 24 de outubro de 2018. O Falcão-de-pés-vermelhos (Falcus vespertinus), foi apenas registado em 2014, foi observado várias vezes entre o período de 9 e 18 de setembro. Duas espécies apenas foram registadas uma única vez na Cabranosa: o Bútio-mouro (Butio rufinus), no dia 10 de outubro de 2013 e o Falcão-lanário (Falco biarmicus) no dia 7 de outubro de 2017.

Finalmente, o Corvo (Corvus corax) que está presente o ano todo, sem um pico de abundância e nidifica na área. Grupos numerosos podem por vezes ser avistados durante a migração. No dia 27 de setembro de 2017, foram observados 46 indivíduos na Cabranosa.

Fotografias e texto de Guillaume Réthoré

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