Boletim Informativo janeiro 2021

 

 

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de janeiro!

Um Novo Ano está aqui e esperançosamente irá trazer com ele um caminho positivo com a vacina que irá permitir combater o vírus Covid 19.

Bom Ano Novo!

Por favor apoie-nos financeiramente este ano, se puder, utilizando o link abaixo.

Helen e Filipa

POR FAVOR, CLIQUE NO CORAÇÃO

I
N
S
TANTÂNEO

Manuel Teixeira Gomes

Sétimo Presidente da Primeira República Portuguesa: 1923 – 1925

Nascimento: 26 de maio de 1860, Portimão

Falecimento: 11 de dezembro de 1941, Argélia

É o mais famoso cidadão de Portimão, onde nasceu e cresceu até à idade de 10 anos, quando partiu para Coimbra onde foi estudar para o Seminário. Filho de uma família local abastada com um negócio internacional de comércio de frutos secos, com 15 anos, começou a frequentar a Universidade de medicina em Coimbra. Não terminou os seus estudos, contrariando os desejos da sua família e estabeleceu-se em Lisboa.  Aí começou a frequentar a Biblioteca Nacional e tornou-se amigo de vários poetas e escritores famosos da altura. Depois de terminar o serviço militar, foi para o Porto e dedicou a sua vida às artes, principalmente à literatura, conheceu importantes escritores e filósofos e começou a escrever para alguns jornais locais famosos: Primeiro de Janeiro e Folha Nova.

Cansado da vida da cidade, regressou a Portimão para perto da família. Em 1891, começou a trabalhar numa empresa de exportação de figos secos, uma sociedade de seu pai com outros homens de negócios. A sua função era aumentar o mercado de exportação, passando a maior parte do tempo a viajar na Europa, Norte de África e Ásia Menor. Em 1899, escreveu o seu primeiro livro, Inventário de Junho. Passados alguns anos, com a idade avançada de seu pai, começou a viajar menos e teve mais tempo para escrever. Em 1904 publica, Cartas sem Moral nenhuma e Agosto Azul e até 1909 publica mais 3 livros.

Em jovem era um democrata e republicano e escreveu para alguns jornais políticos. Depois da Implantação da República em 1910, foi convidado para ser Ministro de Portugal em Londres e em 1919 em Espanha; em 1922 foi nomeado deputado da Sociedade das Nações e ocupou a posição de Vice-presidente. Foi eleito Presidente da República de Portugal em 1923 e resignou ao cargo a 11 de dezembro de 1925, devido à agitação política, social e militar.

Manuel Teixeira Gomes deixou Portugal em 1925 e estabeleceu-se na Argélia em 1931, onde passou o resto da sua vida.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Dysgonia algira, Linnaeus, 1767

Morfologia: É uma macro traça da Família Noctuidae; com uma envergadura entre os 40 e os 46 mm. As asas posteriores são castanho escuras com uma banda mediana esbranquiçada mais estreita a meio, margem larga pálida e duas manchas escuras na zona apical; as asas anteriores são castanho escuras com uma linha pálida no meio. A cor de fundo pode variar do castanho ao castanho escuro por vezes com matizes vermelhas. A população mais a sul, normalmente apresenta duas gerações, abril/maio e julho/setembro.

Habitat: matos e bosques, zonas quentes com silvados.

Distribuição: Noroeste de África, Sul da Europa à Ásia Ocidental.

Notas: A lagarta alimenta-se de diferentes plantas, como silvas, salgueiros, rícino e parietária. A espécie inverna na forma de pupa e os adultos podem migrar.

Piu… Piu…

Garça-boieira (Bulbucus ibis, Bonaparte, 1855)

Identificação: É uma ave de tamanho médio da Família Ardeidae. A plumagem é quase inteiramente branca, com manchas alaranjadas na cabeça e peito (somente na primavera); o bico é longo, robusto de cor amarela, ficando avermelhado na primavera; as patas são escuras, ficando amareladas na primavera; o pescoço é curto e grosso. Os machos e as fêmeas são semelhantes.

Habitat e Ecologia: habita pastagens abertas, pastos com gado, terrenos arados, arrozais, terrenos alagados, terrenos agrícolas secos e pastagens irrigadas; pode encontrar-se longe da água e juntamente com o gado (vacas, ovelhas e cavalos). Nidifica em colónias e constrói o ninho no topo de árvores altas. No final do dia, regressa ao seu local de pernoita (as áreas de alimentação podem ser bastante distantes). A sua dieta consiste essencialmente em insetos (gafanhotos, escaravelhos), aranhas, crustáceos e anfíbios.

Distribuição: Nativa do Sul da Europa e Norte de África, presentemente está distribuída também pela América, África e Austrália. Foi observada pela primeira vez na América no final do século XIX, ao mesmo tempo começou a expandir-se pela África. Em Portugal está presente durante todo o ano e é mais comum a Sul do Tejo durante a época de nidificação.

Estado de Conservação: Pouco preocupante (LC) na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Esta espécie pode afetar negativamente as árvores que usa para construir o ninho, o que pode levar ao abandono das mesmas pela colónia. As principais ameaças são a degradação e destruição das áreas húmidas e envenenamento por pesticidas.

SABIA QUE?

  • No dia 26 de novembro, A Rocha participou numa atividade de “Caça às beatas” organizada pela LPN (Liga de proteção da Natureza); foi possível recolher uma garrafa de 1,5 lts quase cheia de beatas no estuário da Ria de Alvor.

  • Não se esqueça que este mês começa a campanha Fevereiro Sem Plástico, para reduzir a quantidade de plástico que usamos. O primeiro passo começa agora com a seleção e separação dos plásticos do lixo normal, para podermos medir a quantidade de plástico que usamos nos primeiros 28 dias de janeiro. Para mais informação consulte aqui.
  • Este ano e devido à pandemia, o número de voluntários diminuiu bastante. No entanto há ainda quem queira nos visitar e nos ajude com as suas aptidões. OBRIGADA!

  • Susanne Vogel, 31 anos, Holandesa: Estudei florestas, conservação da natureza e antropologia no Mestrado que realizei nos Países Baixos (Universidade de Wageningen e de Leiden), posteriormente fiz um PhD em zoologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Cresci numa cidade portuária nos Países Baixos, mas apesar do ambiente urbano, gostava de animais e plantas. Quando terminei o secundário comecei a interessar-me pelas grandes populações de elefantes na África do Sul e queria estudar situações complexas, onde a conservação de espécies ameaçadas e o interesse humano parecem competir. Desde então consegui conciliar os estudos e os projetos de investigação em antropologia e conservação e trabalhei em situações problemáticas entre humanos e consumo de culturas agrícolas por populações de chipanzés, babuínos e elefantes, no continente Africano.  De momento, terminei o meu primeiro pós-doutoramento no centro BIOCHANGE na Dinamarca (Universidade de Aarhus), onde trabalhei com a população local de Massai e ecologistas na conservação de elefantes e rinocerontes em Massai Mara, Quénia; irei começar outro pós-doutoramento, em janeiro, onde continuarei a trabalhar com a Iniciativa de desenvolvimento e ciência de Massai Mara. Desde há alguns anos que gostaria de ser voluntária n’ A Rocha, mas nunca tive tempo nem financiamento para o fazer, mas agora tive a sorte de ter algum tempo livre entre trabalhos e decidi fazer um mês de voluntariado na Cruzinha. Aqui, ajudei em diversos projetos, tais como a monitorização de microplásticos, jardinagem e também iniciei um projeto para avaliar a qualidade do solo no jardim da Cruzinha. No ano passado, iniciei a formação em anilhagem de aves, na Dinamarca e estou contente por conseguir adquirir aqui também alguma experiência. Cuidar da natureza e de Deus são assuntos centrais na minha vida e aprecio o facto de ambos ocuparem aqui um lugar importante. Estou a gostar de viver em comunidade, da diversão e das conversas interessantes e como não podia deixar de ser, da maravilhosa paisagem costeira e das aves. As minhas espécies preferidas são a Coruja-das-torres e a Borboleta-Monarca.”
  • Dezembro é o princípio do inverno em Portugal, algumas limícolas e patos escolhem a nossa área (Estuário da Ria de Alvor) para invernar. Algumas das aves observadas durante este mês na Ria de Alvor: Pilrito-das-praias (Calidris alba), Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina), Seixoeira (Calidris canutus), Ostraceiro (Haemantopus ostralegus), Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula), Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus), Tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola), Tarambola-dourada (Pluvialis apricaria), Abibe (Vanellus vanellus), Maçarico-bique-bique (Tringa ochropus), Perna-vermelha (Tringa totanus), Perna-verde (Tringa nebularia), Maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos), Milherango (Limosa limosa), Fuselo (Limosa lapponica), Maçarico-real (Numenius arquata), Maçarico-galego (Numenius phaeopus), Narceja (Gallinago gallinago), Rola-do-mar (Arenaria interpres), Alcaravão (Burhinus oedicnemus), Pato-real (Anas platyrhynchos), Pato-colhereiro (Anas clypeata), Marrequinha (Anas crecca), Tadorna (Tadorna tadorna), Açor (Accipiter gentilis), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Águia-calçada (Aquila pennata), Lugre (Carduelis spinus), Tentilhão (Fringila coelebs), Tordo-pinto (Turdus philomellus) e Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros).
Pilrito-das-praias (Calidris alba) com anilha Holandesa
Açor (Accipiter gentilis)
Águia-pesqueira (Pandion haliaetus)
  • No nosso último dia de anilhagem de 2020 (17 de dezembro) capturamos um Torcicolo (Jynx torquilla). Acabamos o ano de anilhagem de 2020 em grande!

As aves são um dos grupos de animais mais importantes, podem ser encontradas em qualquer local, desde do Ártico aos desertos, na montanha mais alta ao meio dos Oceanos; são o grupo de seres vivos mais amplamente distribuídos, depois dos microrganismos (bactérias). São atrativos devido às suas cores e bonitos cantos e fazem-nos sentir felizes! Alguns habituaram-se à presença humana. Onde quer que vá não consigo deixar de observar aves…. Passeando por Lagos observei um Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros), a saltar por cima do muro de uma casa velha; enquanto esperava, tive a companhia de uma Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michaelis), pensava que não conseguia voar! Andava por ali à volta em busca de uma refeição fácil (a senhora da limpeza tinha acabado de sair com o saco do lixo!). Junto ao rio as Rolas-do-mar (Arenaria interpres) alimentavam-se e pareciam nem se importar comigo; no outro lado os Corvos-marinhos-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo), mergulhavam entre os barcos chiques da marina e os Garajaus-comuns (Thalasseus sandvicencis) dançavam nos céus. Em toda a cidade, o som dos Pardais-comuns (Passer domesticus) a “socializar” e os Estorninhos-pretos (Sturnus unicolor) fingindo ser outra coisa qualquer! As aves são criaturas encantadoras!

Filipa

Cervídeos parte 2

Família: Cervidae

A Família Cervidae inclui os ungulados ruminantes, tal como o veado e a rena; as principais características, são a existência de hastes em vez de cornos. As hastes são estruturas ossificadas que crescem todos os anos, geralmente nos machos. Os cervídeos são herbívoros, com uma dieta específica, o seu estômago não é especializado e deste modo não conseguem digerir plantas fibrosas, como as gramíneas e alimentam-se principalmente de rebentos, frutos e líquenes. Os cervídeos não são animais domesticados, ao longo da história do homem desempenharam um papel importante como animais de caça e fonte de alimento.

Em Portugal é possível encontrar trés espécies diferentes de cervídeos: o veado-vermelho, o Corço e o Gamo.

Gamo (Dama dama)

Distribuição: Região Paleártica Ocidental: Turquia, Irão e Sul da Europa (Itália, Sicília e Balcãs), Mediterrâneo Ocidental, Norte e Centro da Europa. Introduzido na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e do Sul.

Habitat: grande variedade de habitats, pinhais, sobreirais, bosques Mediterrâneos abertos, florestas de folha caduca e pastagens abertas, climas secos e quentes.

Longevidade: 16 anos (mas normalmente muito menos)

O Gamo (Dama dama) tem tamanho entre o Veado-vermelho e o Corço; os machos são normalmente maiores do que as fêmeas, podem pesar entre 35 a 52 kg (fêmeas) e entre 46 a 80 Kg (os machos) e podem medir de comprimento cerca de 130 cm (fêmeas) e 150 cm (machos). Como nos outros Cervídeos os machos possuem hastes e as fêmeas não; as hastes são largas e espalmadas, caindo no final de março/abril e atingindo o máximo de crescimento em junho/julho. A complexidade e tamanho das hastes aumenta com a idade, em machos jovens (até cerca dos 2 anos) as hastes são constituídas por um único galho. O escudo anal (que permite identificar as espécies de Cervídeos), é elaborado, em forma de âncora invertida, branco e delimitado por 2 linhas escuras, atravessado pela cauda longa e escura ao meio. No verão a pelagem é castanha-avermelhada com manchas brancas no dorso e flancos, a barriga é branca; no inverno, a pelagem é acinzentada e mais escura e as manchas não são tão visíveis. Ao longo do dorso é visível uma linha de cor sépia que escurece em direção à cauda.

A época de reprodução acontece no outono (setembro/outubro), de acordo com a latitude; os machos podem estar férteis por cerca de 6 meses. A espécie é poligâmica e os machos formam grupos na época de reprodução, marcando território, competindo com outros machos e cortejando as fêmeas. A cópula é rápida e a gestação dura cerca de 8 meses. As fêmeas dão à luz uma única cria no final da primavera (maio/junho), apenas as fêmeas são responsáveis pelos cuidados parentais. Fora da época de reprodução, o Gamo não é territorial, é uma espécie gregária e o tamanho dos grupos varia de acordo com o tipo de habitat. Normalmente os machos formam pequenos grupos com outros sub-adultos e machos jovens e as fêmeas formam grupos com outras fêmeas e as suas crias.

O Gamo é um animal herbívoro de pasto, mas também se pode alimentar de rebentos e frutos. O período de alimentação é principalmente ao alvorecer ou ao anoitecer e a sua dieta varia de acordo com a estação do ano. No inverno pode alimentar-se de urze, azevinho, raízes e cereais.

Em Portugal, há algumas décadas não existiam populações selvagens, exceto alguns indivíduos dispersos fugidos de cativeiro. Atualmente, existem populações selvagens e em alguns locais são consideradas pragas devido à falta de predadores naturais (Lobo-ibérico e Lince-ibérico). É uma espécie cinegética.

REBENTO…U

Família: Valerianaceae

Identificação: É uma planta herbácea anual com caule ramificado, que pode atingir cerca de 0,2 mts. As folhas são ovais e ligeiramente dentadas, crescendo em pares diretamente do caule. As flores crescem em aglomerados no topo das hastes, pequenas de cor roxa e com corolas longas em forma de tubo; floresce de fevereiro a março.

Habitat e Distribuição: áreas cultivadas, baldios, pastagens, pomares tradicionais (alfarrobais, oliveirais). Nativa da Região Mediterrânea e do Noroeste de África. Em Portugal está presente na região Centro e Sul.

Notas: A espécie é hermafrodita (órgãos femininos e masculinos na mesma flor) e é polinizada por insetos; cresce em solos argilosos preferencialmente de origem calcária.

Fedia cornucopiae (L.) Gaertn.

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de janeiro – Dia de Ano Novo/ Feriado Nacional

7, 14, 21 e 28 de janeiro – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12). Faça aqui a sua reserva

6 de janeiro – Dia de Reis

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Gostaríamos de agradecer, aos nossos patrocinadores locais pelo seu contínuo apoio nestes tempos difíceis.
Queridos Amigos, por favor tentem apoiar os nossos patrocinadores em 2021.

Nunca é cedo demais para pensar no que poderá oferecer a alguém especial pelo seu Aniversário. Que tal uma “Oferta de Amizade” para os Amigos d’A Rocha Portugal”?

OFERTA DE AMIZADE

Pensamento do mês

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.”

Luís Vaz de Camões, Sonetos de Camões (Maior poeta de língua Portuguesa, 1524-1580)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Gestos que fazem a diferença!

Alimentos

  • Escolha produtos locais e nacionais (o transporte de bens, especialmente por avião é altamente poluente e pode levar ao desperdício especialmente de produtos frescos)
  • Prefira carne de animais criados ao ar livre, o mesmo para ovos de galinhas criadas ao ar livre (é melhor para os animais e também para as pessoas, a qualidade e higiene dos produtos é muito maior)
  • Reduza o consumo de carne, prefira peixe e produtos à base de cereais
  • Não compre peixe de tamanho reduzido (estes ainda não tiveram a oportunidade de se reproduzir)
  • Evite espécies de peixe sobre exploradas (como o bacalhau)
  • Prefira atum com o certificado “Dolphin safe” (assegurando assim que os golfinhos não são mortos durante a captura do atum)
  • Evite produtos com corantes alimentares: E100 – E180, E220, E320, E321 e E621 (os corantes alimentares são desnecessários e fazem mal à saúde)
  • Evite o consumo de pastilhas elásticas (utilize em substituição pastilhas para chupar que não provocam desperdício)
  • Evite comprar água engarrafada (a água da torneira é 600 vezes mais barata e evita o uso de plástico)
  • Evite comprar chá em saquetas e prefira chá de ervas (reduz a quantidade de papel branqueado)
  • Utilize, sempre que possível, produtos de comércio justo (produtos que respeitam o ambiente e pagam um valor justo ao produtor)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Voluntariado ambiental para a água (APA/ARHA – Agência Portuguesa do Ambiente/Administração da Região Hidrográfica do Algarve)

O objetivo deste projeto é avaliar a qualidade da água e deste modo contribuir para a gestão e proteção dos ecossistemas de água doce e dos ecossistemas costeiros e marinhos. A monitorização (medição e observação repetida dos fenómenos naturais), é um processo utilizado para detetar mudanças em determinados sistemas, permitindo deste modo o controlo e a prevenção, se necessário.

Podem participar neste projeto de voluntariado todas as pessoas. Para mais informação consulte o site aqui.

A Rocha participa neste projeto desde 2013 e o seu local de estudo é o estuário da Ria de Alvor; a associação tem recebido todos os anos prémios de Mérito e é Embaixadora do Projeto desde 2018. Todos os anos procede-se à monitorização dos Macroinvertebrados bentónicos deste local. O procedimento consiste na recolha de  amostras de “solo” da ria, na zona subtidal durante a maré baixa; as amostras são posteriormente crivadas utilizando uma rede de malha 0,5 mm, para remover o sedimento fino. Todo o material restante é recolhido, escolhido e são identificadas as espécies de seres vivos presentes.

O que são Macroinvertebrados?

Macro- visível a olho nu; Invertebrado – sem coluna vertebral

Os macroinvertebrados podem ser Crustáceos (caranguejos, camarões), Moluscos (berbigão, ameijoa) e Vermes (minhocas).

Este ano a monitorização foi realizada em novembro e foram identificadas 22 espécies. Eis algumas das espécies identificadas.

Filo: Molusca

Classe: Gastropoda

Família: Nassariidae

Nassarius reticulatus

Filo: Artropoda

Sub-filo: Crustacea

Ordem: Amphipoda

Família: Corophiidae (não foi possível identificar até à espécie)

Filo: Molusca

Classe: Gastropoda

Família: Haminoeidae

Haminoea orbignyana

Filo: Annelida

Classe: Poychaeta

Família: Oweniidae (não foi possível identificar até à espécie)

Filo: Chordata (não é um invertebrado)

Sub-Classe: Amphioxiformes

Família: Branchiostomatidae

Espéie: Branchiostoma lanceolatum

Vídeo realizado por Isabel Soares.

Consulte aqui o blog

Este projeto é dirigido por Isabel Soares, responsável pela Educação Ambiental n’ A Rocha.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da Sustentabilidade à volta do mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Taylor Lane – Los Angeles, California EUA

Taylor recolheu 13 mil beatas de cigarro das praias com o objetivo de aumentar a consciencialização da poluição dos oceanos, construiu uma prancha de surf com as beatas e com esta ganhou um concurso de reciclagem.

Taylor é um designer industrial, apanhou todas as beatas e depois de inúmeras horas, separou-as dos restos de tabaco. Construiu uma moldura em madeira com faixas transversais e longitudinais, misturou as beatas com cola e amassou até obter uma mistura sólida que usou para fazer uma camada em cima e outra em baixo.

Para a camada do meio utilizou esferovite de caixas refrigeradoras para o peixe, para reduzir o peso e permitir a flutuabilidade. Por cima adicionou uma camada de beatas e utilizou restos de cortes de poliestireno de fabricantes locais de pranchas de surf. Taylor até colocou uma camada de filtros de cigarros na quilha, construída a partir de sobras de fibra de vidro, obtidas em fabricantes de pranchas de surf locais. Foram utilizadas no processo resinas epóxi (à base de soja) para espelhar e vedar a prancha, que são mais sustentáveis e menos tóxicas que as resinas tradicionais.

Consulte o website da SPEA aqui

Consulte o website para saber datas dos passeios organizados

  www.arochalife.com  

PEEC 2010-2020

Desde 2010, A Rocha Portugal, colabora no PEEC (programa de estação de esforço constante). Isto significa que o mesmo esforço de anilhagem é realizado entre 25 de março e 22 de julho. As aves são capturadas nas 10 redes verticais colocadas à volta do jardim da Cruzinha, desde o nascer do sol até às 12h30.

Todos os anos, são realizadas 17 sessões de anilhagem neste período, exceto em 2010 que foram realizadas 18 sessões e em 2020 que apenas foram realizadas 16 sessões, porque estava a chover numa das quintas-feiras. Isto permite-nos observar mais de perto a quantidade de aves capturadas e a sua diversidade, também ver as espécies mais comuns capturadas na Cruzinha. Para este artigo apenas foram consideradas as espécies capturadas pela primeira vez e os juvenis referem-se a indivíduos nascidos durante o período em estudo.

O número médio de espécies capturadas nestes 11 anos é de 22 e seis destes anos apresentam um número de espécies superior à média, com tendência para aumentar, apesar de 2020 ter registado valores inferiores à média (ver Gráfico 1).

A média de aves capturadas no período em estudo é de 218, três destes anos apresentam um número total de aves superior à média e nos últimos 3 anos o número total de aves tem sido inferior à média (ver Gráfico 2).

O PEEC começa em março e termina em julho, deste modo, é possível capturar ainda espécies invernantes no princípio e espécies migradoras no princípio e final do período, em abril e maio algumas aves vão para norte e em julho algumas aves vão para sul. A média de aves migradoras capturadas é de 4 e de aves invernantes é de 2. Estas duas categorias também apresentam uma tendência negativa, com os números a diminuir. A espécie migradora mais comum capturada é a Toutinegra-carrasqueira (capturada em seis dos 11 anos), o Rouxinol-pequeno-dos-caniços, a Felosa-poliglota e o Papa-moscas-preto (todos capturados em 5 dos 11 anos). O ano com mais migradores foi 2011, com seis espécies (das 15 registadas no total) e o pior ano foi 2014, em que nenhum migrador foi capturado durante o PEEC. O ano com mais invernantes foi 2012 com três espécies (das 4 registadas no total) e o pior foi 2017, em que não foi capturado nenhum invernante. A espécie invernante mais comum (isto não é surpresa para quem já visitou a Cruzinha numa manhã de quinta-feira no inverno) é a Toutinegra-de-barrete, capturada em 10 dos anos, seguida da Felosa-comum, registada em cinco dos anos.

Desde 2017, têm sido capturadas espécies de pica-pau; já foram anilhados 2 Petos-verdes e 2 Pica-paus-grandes-malhados.

Vamos agora ver com mais atenção algumas das espécies mais comuns capturadas na Cruzinha.

O Charneco mostra uma tendência positiva, com os números de juvenis e adultos a aumentar ao longo dos anos. Isto confirma aquilo que se tem observado na área e no Algarve em geral (ver Gráfico 3).

Gráfico 1- Número total de espécies capturadas entre 25 de março e 22 de julho, de 2010 a 2020
Gráfico 2- Número total de aves capturadas entre 25 de março a 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 3 – Número de Charnecos capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020

O número de Melros adultos aumentou ao longo dos anos e o número de juvenis diminuiu, provavelmente como resultado da diminuição do sucesso reprodutor ou do abandono do jardim da Cruzinha pela espécie para nidificar (ver Gráfico 4 e 5).

Poucos adultos de Toutinegra-dos-valados têm sido capturados durante o período em estudo. A tendência do número de juvenis capturados revela estagnação enquanto que a tendência geral da espécie revela um ligeiro aumento (ver Gráfico 6).

A Trepadeira-comum tem sido capturada regularmente desde 2013, em pequenos números. Esta espécie bem como os Pica-paus, revela um claro aumento durante o período em estudo, provavelmente relacionado com o crescimento das árvores, constituindo um habitat mais adequado para estas espécies (ver Gráfico 7).

A Carriça também tem sido capturada regularmente desde 2013 e também em números baixos. Vinte e três indivíduos foram capturados no período em estudo e 22 destes eram juvenis. Esta espécie que prefere habitats “fechados” revela uma tendência positiva (ver Gráfico 8).

Outra espécie que também beneficia de árvores altas é o Chapim-real, contudo esta espécie revela uma tendência negativa, com poucos juvenis capturados todos os anos. Isto pode estar relacionado com a falta de cavidades adequadas para a construção do ninho. A tendência geral da espécie é bastante semelhante à tendência verificada para os juvenis, já que poucos adultos são capturados (ver Gráfico 9).

O Bico-de-lacre é uma espécie introduzida em Portugal desde os anos 60 e é regularmente capturada na Cruzinha. O número de adultos capturados tem diminuído e não foram capturados juvenis desde 2012 (mas podem nidificar fora do local de estudo). Contudo a tendência real pode ser diferente, uma vez que os juvenis podem ser capturados no outono ou inverno (ver Gráfico 10).

Gráfico 4 e 5– Número de Melros juvenis e adultos entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 6 – Número de Toutinegra-dos-valados (adultos e juvenis) entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 7 – Número de Trepadeira-comum (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 8 – Número de Carriças (adultos e juvenis) entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 9 – Número de Chapins-reais (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 10 – Número de Bicos-de-lacre (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020

A Poupa, é uma espécie emblemática na anilhagem na Cruzinha! Felizmente, para os nossos visitantes, a espécie revela uma tendência positiva com juvenis a serem capturados todos os anos desde 2016 (e com um record de 6 indivíduos em 2018). Por outro lado, os adultos são capturados quase todos os anos (ver Gráfico 11).

O Pardal-comum, considerado, como o nome indica uma espécie comum, não era anilhado antes do ano 2000, contudo e devido ao facto da população mostrar um declínio acentuado em algumas partes da Europa, foi decidido começar a anilhar esta espécie de modo a monitorizar a sua tendência populacional. Durante o período em estudo, cinco dos anos mostram um número de indivíduos adultos capturados acima da média (incluindo os últimos 4 anos) e, logo uma tendência positiva. Por outro lado, a tendência dos juvenis é negativa, o que faz com que a tendência geral da espécie seja negativa. Esta diminuição do número de juvenis pode estar relacionada, do mesmo modo que o Chapim-real, com a falta de cavidades para a construção do ninho (ver Gráfico 12+13+14).

As Andorinhas-das-chaminés, não nidificam na Cruzinha mas nidificam algures perto e são capturadas todos os anos na primavera. Esta espécie revela uma tendência estável, mas o número de indivíduos capturados pode ser demasiado pequeno, para quaisquer conclusões relevantes (ver Gráfico 15).

Ao contrário da Andorinha-das-chaminés, a Andorinha-dáurica nidifica na Cruzinha; nidificou pela primeira vez em 2012, mas apenas foi capturada a partir de 2014. Apesar desta espécie não ter sido capturada em 2020, apresenta uma tendência positiva, com 2014 e 2019 a serem os melhores anos (4 e 3 aves capturadas respetivamente) (ver Gráfico 16).

Vamos terminar com os Fringilídeos, uma vez que são capturadas algumas destas espécies na Cruzinha: Pintassilgo, Verdilhão e Chamariz.

O Pintassilgo revela uma tendência negativa, quer para adultos quer para juvenis, durante o período em estudo, com um número total de indivíduos capturados abaixo de 10 desde 2017 (ver Gráfico 17).

Os Verdilhões mostram também uma tendência negativa, contudo o número de indivíduos adultos capturados parece estar a aumentar. Desde 2016, o número máximo de juvenis capturados é apenas dois (ver Gráfico 18+19).

Gráfico 11- Número de Poupas (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 12+13+14- Número de Pardais-comuns adultos, juvenis e ambos capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 15 – Número de Andorinhas-das-chaminés (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 16- Número de Andorinha-dáurica (adultos e juvenis) capturada entre 25 de março e 22 de julho de 2010 de 2020
Gráfico 17 – Número de Pintassilgos (adultos e juvenis) capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020
Gráfico 18 + 19– Número de Verdilhões adultos e juvenis capturados entre 25 de março e 22 de julho de 2010 a 2020

Finalmente o Chamariz, também revela uma tendência negativa. Os adultos parecem estar a diminuir e os juvenis a aumentar, apesar de nenhum ter sido apanhado nestes dois últimos anos (mas foram apanhados mais de 10 em 2016 e 2017).

Gráfico 20 + 21 – Número de Chamariz adultos e juvenis capturados de 25 de março a 22 de julho de 2010 a 2020

Das 14 espécies em estudo, cinco parecem estar a aumentar, oito a diminuir e uma está estável.

As espécies a aumentar são o Charneco, a Trepadeira-comum, a Poupa, a Carriça e a Andorinha-dáurica. O Charneco é uma espécie generalista, bem-adaptada à presença humana e por este motivo está a aumentar. Três destas espécies são “novas” na Cruzinha e começaram a ser capturadas regularmente depois de 2013; duas destas (Trepadeira-comum e Carriça) são espécies de floresta, confirmando a evolução do jardim da Cruzinha para uma área mais arborizada (também confirmado pelo aumento do número de pica-paus capturados).

As espécies em decréscimo são aquelas que normalmente designamos por “espécies comuns”, como o Pardal-doméstico, o Chapim-real, a Toutinegra-dos-valados e o Melro. Todos os Fringilídeos e o Bico-de-lacre também revelam uma tendência negativa. Podem existir diversas explicações para estas tendências, como a falta de lugares adequados para a construção de ninhos ou falta de alimento. Em relação aos Fringilídeos é curioso salientar que são observados grandes grupos fora da Cruzinha. Estas espécies geralmente alimentam-se de sementes em terrenos abertos onde podem ver melhor os predadores; a Cruzinha já não oferece condições para estas espécies e consequentemente elas desapareceram. Outra explicação, poderá ser uma sequência de más épocas reprodutoras devido às condições do clima.

Fotografias e texto de Guillaume Réthoré

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