Boletim Informativo maio 2023
Este mês pode olhar para os céus e descobrir esta ave magnífica!
Maio é também o mês das flores!
Filipa
I
N
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TANTÂNEO
Parques Naturais em Portugal
Os Parques naturais são “áreas que contenham predominantemente ecossistemas naturais ou seminaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo possa depender de atividade humana, assegurando um fluxo sustentável de produtos naturais e de serviços“. Em Portugal existem 13 Parques Naturais.
Parque Natural de Sintra-Cascais
O Parque Natural de Sintra-Cascais está localizado no norte do Concelho de Sintra perto da foz do rio Falcão, no distrito de Lisboa e inclui os concelhos de Sintra e Cascais. A área total do parque é cerca de 14 580, 84 hectares com a altitude máxima de 528 metros.
A área é rica em formações geológicas, a mais antiga data do Período Jurássico, por outro lado é possível encontrar uma grande diversidade litológica. O clima é temperado Mediterrânico com influência Atlântica e a precipitação é abundante nas altitudes mais elevadas. Estas condições permitem a existência de uma grande variedade de habitats, alguns deles prioritários em termos de conservação, como as dunas costeiras, os bosques de carvalhos e os matos Mediterrânicos. A flora da região contem mais de 900 espécies, sendo algumas delas endémicas. Estão listadas cerca de 200 espécies de vertebrados, incluindo uma espécie de peixe endémico, a Boga-portuguesa (Iberochondrostoma lusitanicum). A existência de grutas é importante para algumas espécies de morcegos ameaçadas, como o Morcego-de-ferradura-Mediterrânico (Rhinolophus euryale) e o Morcego-de-ferradura-pequeno (Rhinolophus hipposideros). A cidade e a serra de Sintra fazem parte do Património Natural da UNESCO.
O Parque Natural foi criado em 1994, devido à necessidade de fazer face ao crescimento e intensa pressão turística e também à pressão urbana que ameaçava uma área muito sensível com elevado património natural. O símbolo do parque são as chaminés do Palácio Nacional de Sintra e as janelas mouriscas.
EM VOO…
Azulinha-mínima-Mediterrânica (Pseudophilotes abencerragus, Pierret, 1837)
Família: Lycaenidae
Envergadura: 18 a 22 cm
Habitat: Áreas secas com pastagens floridas e matos
Período de voo: Abril a maio (uma única geração)
Distribuição: Península Ibérica, Norte de África e Médio Oriente
Notas: Esta espécie não é muito comum e é difícil de detetar devido ao seu pequeno tamanho e voo de baixa altitude (voa muito baixo por cima das rochas e ervas secas). As plantas hospedeiras são: Cleónia (Cleonia lusitanica), Tomilho (Thymus spp), Salva (Salvia sp) e Luzerna (Medicago spp). Esta espécie é muito semelhante a P. baton.
Piu… Piu…
Andorinhão-preto (Apus apus, Linnaeus, 1758)
Família: Apodidae
Tamanho: 16 a 18,5 cm Envergadura: 40 a 44 cm
Habitat: Cidades e vilas, mais raramente em bosques e arribas.
Estatuto: Estival (nidificante)
Distribuição: Europa, Norte de África e Central; inverna a sul do Saara (África)
Notas: O nome científico Apus deriva do Grego e significa “sem pés”. Esta espécie passa a maior parte da sua vida em voo (come, acasala e dorme), nunca vêm ao chão por vontade própria (têm dificuldades em levantar voo do chão). O ninho é construído em locais altos.
SABIA QUE?
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O Jasper e a Taylor, diretores do Centro d’ A Rocha Portugal, Cruzinha, vão embora. Estiveram connosco nos últimos 4 anos, enfrentando os desafios da pandemia. Agradecemos o seu trabalho e desejamos-lhes o melhor no seu regresso a casa.
- A primavera é sempre um período atarefado para as aves! Mas tivemos uma visita muito agradável: uma Rola-brava (Streptopelia turtur).
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As temperaturas altas, atraem por outro lado, as borboletas noturnas! Já viu esta espécie, Heliothis incarnata? Quem disse que as borboletas noturnas não eram coloridas?
Rola-brava (Streptopelia turtur)
Heliothis incarnata
- Olá a todos! O meu nome é Michael, sou estudante de mestrado da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos e estou a estudar o Mocho-galego (Athene noctua), dieta e preferências de habitat na península da Ria de Alvor. De momento estou a residir na Cruzinha, onde realizo o meu trabalho de campo. O trabalho de campo consiste em 2 partes: realizar transectos noturnos para contar o número de Mochos-galegos e montar, engodar e verificar pequenas armadilhas para mamíferos (não são mortais) para ratos, musaranhos e ratazanas, uma vez que consistem numa importante fonte de alimento para o Mocho-galego durante a época de nidificação. No final do estudo espero conseguir perceber que tipo de habitat oferece maior disponibilidade de alimento para os Mochos-galegos e se estes são mais abundantes nestas áreas onde existe maior disponibilidade de alimento. Até agora, aproveitei ao máximo o meu tempo aqui, com uma comunidade que partilha o meu interesse e fascínio pela natureza! Saúde, Michaël Duijsens
Árvores ornamentais
Nos nossos parques e jardins, é possível observar árvores maravilhosas, contudo a maior parte delas são exóticas! Plantas nativas de outras partes do mundo utilizadas como ornamentais. Talvez já tenha observado algumas delas…
Palmeira-da-Califórnia (Washingtonia filifera, (Lindl.) H.Wendl.)
Família: Arecaceae
Tipo de planta: Perene
Tamanho: 15 a 20 metros
Distribuição: Nativa do Sudoeste dos EUA e Noroeste do México
Período de floração: julho-agosto
Curiosidade: As palmeiras não são consideradas verdadeiras árvores, porque não apresentam crescimento secundário e o seu tronco não é ramificado. O nome em inglês “fan” (leque) está relacionado com as suas grandes folhas, semelhantes a leques. O nome científico “Washingtonia” é em honra do primeiro presidente dos EUA (George Washington) e “filifera” está relacionado com os longos pecíolos das folhas.
REBENTO…U
Família: Geraniaceae
Tipo de planta: Herbácea perene
Período de floração: Fevereiro a junho
Habitat: Sob coberto de bosques, pinhais, matos e também em orlas de caminhos, dunas e fendas de rochas, preferencialmente em lugares sombrios.
Distribuição: Europa, Oeste da Ásia e Noroeste de África.
Notas: O nome científico Geranium, deriva do Grego e significa Grou (ave), referindo-se ao fruto em forma de bico. Esta espécie é utilizada como amuleto de boa sorte. As folhas frescas podem ser esfregadas na pele para afastar os mosquitos.
Erva-de-São-Roberto (Geranium purpureum, Vill)
DATAS A NÃO ESQUECER
1 de maio – Dia do Trabalhador (feriado nacional)
4, 11, 18 e 25 de maio – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12). Reserve aqui
7 de maio – Dia da Mãe
25 de maio – Dia da espiga
Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal
Fisioterapia, massagens
(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)
Terapias complementares
Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)
Aberto de segunda a sexta
Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com
Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão
(+351) 911597735
Pensamento do mês
“Não podemos resolver os nossos problemas com o mesmo pensamento com que os criamos”
Albert Einstein (1879-1955), Físico Teórico Alemão, desenvolveu a Teoria da Relatividade, Prémio Nobel da Física em 1921
VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES
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As Borboletas e abelhas estão a ter acesso à sua própria rede de transporte à medida que estão a ser criadas “paragens de autocarro para abelhas” em algumas cidades do Reino Unido e um pouco por toda a Europa.
- Os telhados das centrais de autocarro estão a ser transformados em jardins em miniatura – cheios de flora amiga dos polinizadores, como morangos silvestres, papoilas e amores-perfeitos.
- Já foram construídos 30 “paragens de autocarros para abelhas, desde 2021. A vida média destas paragens é de 20 anos. Devem ser especialmente concebidas para telhados vivos porque o solo é pesado, especialmente quando está cheio de água.
- O objetivo é criar pelo menos 1.000 paragens para abelhas no Reino Unido, esperamos que mais. Este tipo de iniciativa já se estabeleceu na Holanda, Dinamarca e Suécia, e agora estão a ser instaladas na França e na Bélgica, outros países, tão distantes como o Canadá ou a Austrália, estão também interessados em construi-las.
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Além dos benefícios para a vida selvagem, os telhados também absorvem a água da chuva e dão uma pequena contribuição para compensar o efeito do calor urbano.
VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES
Vida Marinha
O mar é grande parte do nosso planeta e ainda temos muito para descobrir! Está também ameaçado pela atividade humana – poluição! Como os microplásticos (partículas muito pequenas de plástico que flutuam na coluna de água), que acabam por ser ingeridos por grande parte dos animais marinhos…. Alguns lutam pela sobrevivência e outros acabam nos nossos pratos. Vamos descobri-los.
Longueirão-direito-europeu (Solen marginatus)
Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Dimensão: comprimento máximo 12,7 cm
Longevidade: desconhecida
Distribuição: Este do Atlântico e Mar Mediterrânico
Habitat: Lagoas e estuários. Vive enterrado na areia ou lodo, na zona baixa intertidal ou subtidal.
Comportamento: As larvas são de vida livre, trocóforas (com cílios)
Hábitos alimentares: Filtrador de suspensão (bactérias, pequenas algas, ovos de peixes, larvas)
Importância ecológica: Fonte de alimento para outros animais (aves e peixes)
Notas: O longueirão é uma espécie gonocórica (indivíduo apenas com 1 sexo, unissexual) e apresenta dimorfismo sexual; as fêmeas têm gónadas vermelho-púrpura e nos machos estas são mais pálidas. Vive enterrado num buraco na areia/lodo. Esta espécie é muito sensível à salinidade e temperatura. É utilizado na gastronomia tradicional portuguesa.
Campeões da Sustentabilidade
Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.
Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.
Inovações Amigas do ambiente: sacos invisíveis são uma solução sustentável para o desperdício de plástico
Com sede em Hong Kong, Invisible Company é uma inovadora startup que tem como objetivo reduzir o plástico na fonte. A sua missão é desenvolver embalagens sustentáveis, solúveis em água e biodegradáveis sem comprometer a qualidade ou o tempo de vida.
A cofundadora, Devana Ng e o seu marido Flavien, começaram a empresa no princípio de 2020 depois de se aperceberem da necessidade de existirem embalagens sustentáveis. A ideia por detrás do Invisible Bag é substituir o plástico de uso único por uma solução ecológica, não tóxica e que não contém nenhum plástico PP, PE, PS ou PVC. O material utilizado também é certificado pela Organização Global de Reciclagem como seguro para uso e descarte. A Invisible Bag está a ganhar rapidamente força como uma opção de embalagem alternativa eficaz, para diferentes marcas de moda, comércio on-line, logística e retalho.
Com a sua visão e missão, a Invisible Company tornou-se líder em práticas de negócios sustentáveis e oferece uma alternativa real ao plástico descartável.
Está na altura de Restaurar a Natureza!
80% da natureza europeia está em mau estado. Mas temos uma oportunidade única para colocar a natureza degradada da Europa no caminho para a recuperação: uma lei para Restaurar a Natureza. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), juntamente com mais de 200 organizações internacionais, apela aos governos nacionais e ao Parlamento Europeu para que adotem a tão urgente e necessária Lei de Restauro de Natureza. Esta lei está agora ao nosso alcance, mas precisamos do seu apoio para que isso aconteça. Mostre ao nosso governo e aos membros do Parlamento Europeu que se preocupa e que quer ver a natureza restaurada agora! Envie uma fotografia de uma paisagem que gostaria de ver restaurada e diga aos seus decisores que precisam de proteger o nosso futuro!
Assinar a carta aqui
Consulte o website com as datas dos passeios organizados
Guillaume Réthoré (Gui) – A minha vida com as aves: um velho Flamingo
Aqueles que me conhecem ou que já observaram aves comigo sabem que eu sou um “nerd”. Como anilhador, fico feliz, quando recebo informações das aves que anilhei. Quando observo uma ave anilhada no campo, normalmente tento “ler” a anilha. Os Flamingos são algumas dessas aves. Claro está, que elas possuem anilhas de plástico com códigos e é possível “lê-las” com telescópio ou com binóculos e por vezes há boas surpresas. Este Flamingo foi observado na Lagoa dos Salgados durante o mês de março. Quando recebi a “história da vida” desta ave, tive uma grande surpresa: esta ave foi anilhada em 2002 no ninho, tem 21 anos de idade! Foi também a segunda vez que a observei (a última vez tinha sido em 2017). Este indivíduo viajou bastante, foi observado na Argélia e em vários locais em Espanha.
Texto e fotografia de Guillaume Réthoré
Edição: Filipa Bragança
Revisão Inglês: Helen Rodda
Revisão Português: Lena Soares
Controle de produção: Helen Rodda
Email: friends.arpt@arocha.org
Obrigado por nos apoiar!
Esperemos vê-lo em breve!