Boletim Informativo dezembro 2021

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de Dezembro!

 

Queridos Amigos d’ A Rocha

2021 foi mais um ano que colocou à prova a nossa capacidade de decisão e determinação na procura de continuar o trabalho d’ A Rocha Portugal e dos Amigos d’ A Rocha Portugal. A vida não tem sido fácil para muitos, ou para organizações de caridade, nos últimos 12 meses, mas graças ao vosso contínuo apoio financeiro e espiritual, sobrevivemos!

A nossa campanha de donativos “Apoiar 2021” está a chegar ao fim, os donativos únicos ao longo do ano foram uma boia salva-vidas e os donativos mensais durante o ano, possibilitaram um rendimento bem-vindo e necessário.

Não acreditamos que estamos a chegar às últimas semanas de 2021 e com isto também está a chegar ao fim, o contributo que alguns de vós gentilmente ofereceram ao longo deste último ano. Todos os donativos foram maravilhosos e fizeram a diferença para a estabilidade daqueles que diariamente trabalham na Cruzinha.

Pedimos a continuação do vosso apoio através da renovação da subscrição anual aos Amigos d’ A Rocha em 2022 e, se possível, a contribuição por mais uma ano, de donativos mensais regulares ou um único donativo.

DONATIVOS

O próximo ano irá trazer novos desafios, estamos ansiosos por recomeçar os Eventos para Amigos e esperamos que estes tenham a mesma adesão que nos anos anteriores. Vamos desejar e esperar por um magnífico ano que se aproxima e estar preparados, com um sorriso, para aquilo que a vida nos trouxer.

É época de Natal, uma oferta de Amizade para um familiar ou amigo, talvez fosse o presente ideal e amigo do ambiente: veja aqui

Desejamos-lhe um Feliz Natal e um magnífico Novo Ano.

OBRIGADA do fundo dos nossos corações.

Felicidades,

Helen e Filipa

I
N
S
TANTÂNEO

Faro

Idade: século VIII aC

Cidade (desde 1540)

População: 64 560 (Censos 2011)

Área: 202,57 Km2

Faro é a capital do Algarve; é limitada a Norte e a Oeste por São Bás de Alportel, a Este por Olhão, a Oeste por Loulé e a Sul pelo Oceano Atlântico. Faro está dividida em 4 freguesias: União de Freguesias de Faro, Montenegro, Santa Bárbara de Nexe e Estoi.

A primeira presença humana na região foram os Fenícios no século VIII aC, durante esse período, Faro foi um importante entreposto comercial, para o comércio de produtos agrícolas, peixe e minério. Os Fenícios deram-lhe o nome de “Ossónoba” (Osson ébá) que significa “armazém no sapal”. Durante vários séculos, a região foi dominada por Romanos e Visigodos, até 713, quando foi conquistada pelos Mouros. O nome “Óssonoba” prevaleceu até ao século XI, depois disso a região começou a ser designada por Santa Maria Ibn Harum (Harum era o nome da Família Árabe que governava a cidade); o nome “Harum” foi posteriormente adaptado ao Português, para “fárom” e finalmente Faro.

Faro foi conquistado aos Mouros pelo Rei D. Afonso III, em 1249; nos anos seguintes, tornou-se numa região próspera, devido à sua posição geográfica, à importância do seu porto comercial e ao comércio de sal e produtos agrícolas vindos do interior do Algarve. Em 1540, o Rei D. João III, eleva Faro a cidade e em 1577 tornou-se na capital da região do Algarve (até então era Silves). Como muitas outras regiões no Algarve, Faro foi parcialmente destruída pelo terramoto de 1755.

Em 1965, foi inaugurado o aeroporto de Faro, uma importante infraestrutura que permitiu à região prosperar. Uma das mais importantes riquezas da região é a Ria Formosa, a maior zona húmida do Algarve, limitada a sul por um complexo sistema de ilhas barreiras. Vale a pena descobrir a beleza desta área húmida que alberga uma grande diversidade de aves.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Fotografia de Isabel Soares

Cleópatra

(Gonepteryx cleopatra, Linnaeus, 1767)

Fotografia de BioDiversity4all

Morfologia: É uma borboleta de tamanho médio da Família Pieridae, com envergadura entre 50 a 65 mm. A parte superior das asas é amarela com uma mancha alaranjada na asa anterior, nos machos e amarelo claro nas fêmeas, ambos têm um ponto castanho na parte central de cada asa. A parte inferior das asas é amarelo-esverdeado. A asa anterior tem forma de gancho na zona apical. Os adultos voam de março a agosto, com duas gerações anuais (bivoltina); em algumas regiões pode ser observada durante quase todo o ano.

Habitat: Bosques e matos abertos e soalheiros.

Distribuição: Região Mediterrânica (ocorre em 15 países Europeus). Em Portugal é comum na região centro e sul.

Notas: A lagarta alimenta-se de Sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternos). A forma, cor e a nervura das asas faz com que se assemelhe a uma folha encontrando-se perfeitamente camuflada.

Piu… Piu…

Fotografia de Filipa Bragança

Tentilhão-comum

(Fringilla coelebs, Linnaeus, 1758)

Identificação: É um pequeno passeriforme da Família Fringillidae, com uma envergadura entre 24 e 28 cm e 14 a 16 cm de comprimento. Os machos têm um barrete cinzento-azulado (da cabeça à parte posterior da nuca), as partes inferiores e a face são avermelhadas; as fêmeas têm partes superiores castanho-acinzentado e as inferiores são claras. Ambos têm asas pretas com duas bandas brancas. O bico é cónico e robusto.

Habitat e Ecologia: Nidifica em bosques ou orlas de bosques, sempre em áreas arborizadas (parques, jardins, pinhais ou florestas de carvalho). A dieta é variada, sementes e outra matéria vegetal, mas durante a nidificação, consiste principalmente em pequenos invertebrados.

Distribuição: Nidifica na Europa, Ásia Central e Norte de África. A espécie é parcialmente migradora, as populações de áreas mais a norte fazem pequenas migrações para sul durante o inverno.

Em Portugal esta espécie é residente e os seus números aumentam no inverno; é uma espécie comum, contudo desaparece de algumas áreas durante o inverno.

Estado de Conservação: Pouco Preocupante (LC) na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A tendência populacional na Europa estima-se que está em aumento moderado. Têm sido descritas várias subespécies de acordo com diferenças no padrão e cor dos machos adultos. O Tentilhão-comum foi introduzido em alguns países no século XIX, como a Nova Zelândia e África do Sul.

SABIA QUE?

  • No dia 6 de novembro, A Rocha participou no Walk & Art Fest, em Barão de São João; foi um magnífico sábado de sol, com muitas aves! Tivemos a felicidade de observar centenas de Grifos (Gyps fulvus) e 3 Abutres-pretos (Aegypius monachus)!
  • Já estamos no final da migração, a maior parte das aves já chegaram aos seus locais de invernada, no entanto algumas ainda se podem observar por aqui, ou porque estão mais atrasadas ou decidiram permanecer por mais tempo! Algumas das aves observadas na Ria de Alvor, Natura 2000: Garça-branca-grande (Egretta alba), Abibe (Vanellus vanellus), Flamingo (Phoenicopterus roseus), Colhereiro-europeu (Platalea leucorodia), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Falcão-peregrino (Falco peregrinus), Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris), Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), Tordo-ruivo (Turdus iliacus), Tordo-comum (Turdus philomelos) e Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros).

Águia-pesqueira (Pandion haliaetus)

Fotografia de Guillaume Réthoré

Tordo-comum (Turdus philomelos)

Fotografia de Filipa Bragança
  • Os voluntários estão de regresso ao Centro d’ A Rocha, Cruzinha; devido às restrições da pandemia, tem sido difícil receber voluntários, mas as coisas estão lentamente a regressar ao normal. De momento temos 2 voluntários n’ A Rocha: Heather Esluka (Inglesa) e Tom Barendse (Holandês). É maravilhoso têrmo-los cá.

  • A Tayler e o Jasper Gerhardt, os diretores da Cruzinha, vão regressar aos EUA por 1 mês, para angariar fundos para o seu trabalho n’ A Rocha. Desejamos-lhes uma boa e bem-sucedida viagem 🙂
  • No dia 11 de dezembro, A Rocha irá organizar mais uma limpeza de praia na Praia da Luz. O ponto de encontro é às 14h20 em frente ao Rstaurante ” O Paraíso”. Para mais informação contacte: isabel.soares@rocha.org

  • Lagoa dos Salgados vai ser Reserva Natural. Ler mais aqui

O mundo está a mudar! As estações do ano estão a mudar! O clima está a mudar! Todos os dias ouvimos falar das alterações climáticas, poluição, extinção da vida selvagem, perda de habitat… Às vezes penso que preferimos não ouvir… Tudo isto deixa-nos ansiosos, inúteis, porque não podemos fazer nada! Mas isso não é verdade! Todos nós podemos fazer alguma coisa! Mesmo que seja uma pequena coisa, já é alguma coisa! Consumimos muito mais do que aquilo que realmente precisamos… Esquecemo-nos da sazonalidade dos produtos, porque estes estão disponíveis durante todo o ano…. Não nos preocupamos em consertar, porque um novo modelo é muito melhor…. Utilizamos os nossos carros diariamente, porque é muito mais fácil! Mas estamos a tentar reduzir a quantidade de plásticos que utilizamos e todos juntos encontramos excelentes soluções (veja abaixo o vídeo Fevereiro sem plástico); e participamos em atividades de recolha de lixo (reduzindo a quantidade de lixo que acaba nos nossos oceanos) e escolhemos produtos locais que apresentam uma menor emissão de gases com efeito de estufa e ainda, às vezes, preferimos caminhar ou usar transportes públicos em vez de utilizar o carro. Todas as ações são importantes! Não desista 🙂

Filipa

ESPÉCIES INVASORAS

Capuchinha (Tropaeolum majus, L)

Clado: Angiospérmicas

Ordem: Brassicales

Família: Tropaeolaceae

Origem: Andes (da Bolívia até à Colômbia)

Tamanho: rasteira ou trepadeira até 4 metros

A Capuchinha é uma planta rasteira ou trepadeira com raízes tuberosas. As folhas são verdes arredondadas, de cor verde-claro na parte inferior, com 4 a 15 cm de diâmetro, peltadas (com um longo pecíolo no meio da folha), com margem ligeiramente lobada. As flores são hermafroditas, solitárias de cor laranja, vermelho ou amarela, com cinco pétalas. O fruto é arredondado e dividido em três segmentos cada um com uma semente. Normalmente florescem na primavera, mas também noutras alturas do ano.

Esta planta é originária da América do Sul (Andes), contudo não cresce no estado selvagem, apenas cultivada ou em populações naturalizadas; pensa-se que a espécie é um híbrido de outras duas espécies de Tropaeolum: T. ferreyrae and T. minor, ambas nativas da região dos Andes. Ocorre em cursos de água, bermas de estrada, jardins, matos urbanos, zonas perturbadas e baldios.

Todas as partes da planta são comestíveis e as flores são usadas geralmente em saladas; a planta tem óleos essenciais que possuem efeito antibiótico e é usada na medicina tradicional no tratamento de infeções urinárias e do trato respiratório.

A Capuchinha é cultivada como planta ornamental em muitas partes do mundo e naturalizou-se em algumas regiões da Europa (Ex: Portugal, Reino Unido, Ilhas Canárias), Austrália, África do Sul e EUA; é considerada uma praga em algumas regiões da Austrália. Em Portugal é uma espécie naturalizada com elevado risco invasor.

REBENTO…U

Família: Ephedraceae

Identificação: É um arbusto perene ereto, que pode crescer até aos 5 metros de altura. Os ramos são segmentados (com nódulos), flexíveis (bastante frágeis), verdes e lenhificados na base; as folhas são pequenas, em forma de escamas (caem rapidamente). As flores são unissexuais (macho ou fêmea), as flores macho crescem em cachos (4 a 8), as flores fêmea são solitárias ou em pares (pequenas e de cor amarelada). O fruto é uma pequena baga arredondada, vermelha quando madura. Floresce de abril a junho.

Habitat e Distribuição: Ocorre em matos e baldios junto à costa, prefere áreas secas em dunas e solos rochosos. É nativa do Oeste Mediterrâneo e Macaronésia (Madeira e Ilhas Canárias).

Notas: Em Portugal esta espécie é considerada Vulnerável (Vu), porque ocorre apenas em pequenas áreas do Sudoeste Alentejano e no Sul do Algarve (Ex: Ponta da Piedade). As principais ameaças são a perda de habitat devido à erosão das arribas costeiras e à pressão turística e urbanística.

Piorno/Gestrela

(Euphedra fragilis subsp fragilis), Desf.

Photos by Filipa Bragança

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de dezembro – Restauração da Independência/ Feriado nacional

2, 9 e 16 de dezembro – Dia aberto na Cruzinha – Anilhagem de Aves e monitorização de borboletas noturnas, das 10h15 às 12h00. Reserve aqui (https://arocha.pt/pt/envolva-se/visite-nos/)

8 de dezembro – Dia da Imaculada Conceição, Feriado Nacional

11 de dezembro – Dia da cidade de Portimão, Feriado no concelho

11 de dezembro – Limpeza de Praia, Praia de Luz, 14h20 em frente ao restaurante “O Paraíso”

25 de dezembro – Dia de Natal, Feriado Nacional

A Cruzinha irá estar fechada entre os dias 23 de dezembro e 5 de janeiro; nos dias 23 e 30 de dezembro 2021, não haverá Dia Aberto

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de Natal! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“Há anos que pergunto o porquê daquilo que me acontece. Não sei bem… talvez por isso estou sempre a agradecer a Deus a vida que me deu.” Amália Rodrigues (1920-1999, fadista portuguesa)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Navas etiquetas energéticas

  • Desde março 2021 foram adotadas novas etiquetas energéticas para frigoríficos e congeladores, máquinas de lavar roupa, máquinas de lavar loiça e televisores.
  • Uma escala simples de A a G (A- mais eficiente, G- menos eficiente)
  • Os produtos mais eficientes energeticamente no mercado encontram-se na categoria “B”, “C” e “D”
  • A nova escala é mais restrita, com poucos produtos na categoria “A” (deixando espaço para a inovação de produtos mais eficientes)
  • Foram implementadas novas regras de eco design, com requisitos mínimos energéticos e novos direitos para o consumidor para a reparação dos mesmos apoiando a economia circular
  • Os fabricantes estão obrigados a fabricar partes essenciais dos produtos (motores, bombas,…) e peças de reposição (portas, puxadores,…) que permitam a reparação dos mesmos

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Nova espécie de traça descoberta em Portugal

Uma nova espécie de traça foi descrita em Portugal por uma equipa de investigadores do CIBIO (Centro de Investigação de Biodiversidade e Genética da Universidade do Porto). A equipa de investigadores estava a realizar trabalho de campo com o objetivo de descobrir um género de traças (Ypsolopha) que se alimenta de plantas de Piorno (Ephedra fragilis subsp fragilis), que já tinha sido encontrada em Espanha. Esta investigação faz parte de um outro projeto, IBI-BIO Barcoding Initiative (tem como objetivo construir uma base de dados de ADN de invertebrados para uma monitorização a longo termo de espécies).

A nova traça é uma micro traça, de cor clara com manchas castanhas, com asas estreitas e compridas; pouco é ainda conhecido sobre a ecologia desta espécie. A planta hospedeira, o Piorno, sofreu uma redução considerável da sua população na última década e está classificada como “Vulnerável” de acordo com a Lista Vermelha da Flora Vascular Portuguesa (veja acima o artigo Rebento..u). A Costa Sudoeste do Alentejo é rica em espécies endémicas, algumas delas “Ameaçadas”, devido à perda de habitat; provavelmente existem outras espécies desconhecidas de invertebrados dependentes destas espécies de plantas endémicas, ainda por descobrir.

A traça-do-piorno (Ypsolopha milfontensis) foi observada pela primeira vez em maio de 2019, na costa do Sudoeste Alentejano (entre Vila Nova de Milfontes e o Cabo Sardão), depois da análise genética foi possível identificar uma nova espécie para Portugal e para o mundo. Desde 2017, os investigadores do CIBIO, coordenados por Martin Corley, descobriram quatro novas espécies de traças desconhecidas em Portugal e várias espécies de outros invertebrados.

Fotografia cortesia de Martin Corley

Campeões da Sustentabiliadade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Este duo de Berlin, Alemanha, inventou colmeias de material reciclado que imitam uma colmeia natural, ajudando no repovoamento das abelhas.

Philip Potthast e Fabian Wischmann tinham como objetivo construir uma colmeia que fosse mais ergonómica. Acompanharam vários apicultores durante as primeiras investigações para desenvolver o design; nessa altura descobriram o tratamento para o Ácaro Varroa (o maior inimigo das abelhas). O comportamento das abelhas é afetado pelo tratamento deste ácaro com recurso a químicos. Deste modo compreenderam que a apicultura tem desafios bem maiores do que a ergonomia. Como resultado, desenharam colmeias que permitem aos apicultores manter as abelhas de um modo mais natural, permitindo que as Abelhas-do-mel (Apis mellifera) tenham um comportamento natural.

O HIIVE é a primeira colmeia que foi desenhada para igualar os requisitos de uma colmeia selvagem, devido ao seu microclima estável. Um microclima estável permite eliminar a necessidade de químicos. O HIIVE é produzido com materiais reciclados e naturais, como fio de canábis, argila, madeira e casca de árvore.

Consulte o website aqui

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

 www.arochalife.com  

Siga-nos: 

Semana de Observação de Aves « descontraída », uma semana de observação em Francês

Apesar de na chegada estar um lindo dia de sol, os primeiros dias da viagem estavam nublados; mas isto não nos impediu de ir até Sagres. A primeira ave do dia foi um Águia-pesqueira empoleirada à beira da estrada mesmo antes de chegar a Sagres. Na Ponta da Atalaia, tivemos a primeira surpresa do dia, um Cuco-canoro! Mais tarde fomos até ao Cabo de São Vicente, onde observamos muitos Garajaus e Gansos-patolas. A parte da tarde foi passada na Cabranosa, onde observamos Águia-sapeira, Tartaranhão-caçador, Milhafres-pretos, Búteos-vespeiros e Peneireiros-vulgares. A segunda surpresa foi um par de Cruza-bicos de cor vermelha (os juvenis e as fêmeas não são vermelhos) que se deixaram observar muito bem.

Os planos mudaram um pouco nos dias seguintes, uma vez que o tempo estava um pouco instável. Visitamos a Abicada na terça-feira à tarde, onde observamos muitos Flamingos e uma Águia-pesqueira anilhada na Alemanha.

Na quarta-feira, visitámos Monchique, começámos o dia na Fóia, o ponto mais alto da serra; a vista da costa era incrível, uma vez que estava um dia limpo sem nuvens. Tivemos oportunidade de observar quatro Peneireiros-vulgares e um Tartaranhão-azulado, observámos muito bem o Melro-azul e a Cia. Almoçámos nas Caldas de Monchique e passeamos um pouco na Vila antes de regressar à Cruzinha.

Na quinta-feira de manhã, com o dia-aberto na Cruzinha, foi possível observar a anilhagem de passeriformes e a monitorização de traças, foi uma manhã de sorte, capturámos um Noitibó-de-nuca-cinzenta e um Guarda-rios, entre outras aves. Passámos a tarde na Lagoa dos Salgados e como o nível da água estava baixo, foi possível uma boa observação de Colhereiros, Íbis-preto, Garças-cinzentas, Cegonhas-brancas e Mergulhões-pequenos, a partir do observatório que aí se encontra; observámos também muitas limícolas : Pilritos-das-praias, Pilritos-de-peito-escuro, Rolas-do-mar e Pernas-vermelhas e ainda alguns Caimões.

Na sexta-feira, passámos a manhã nas dunas de Alvor. Foi uma manhã calma em termos de aves, mas mesmo assim conseguimos observar duas Cegonhas-pretas um pouco longe e desfrutar de uma Águia-pesqueira a tentar capturar um peixe no estuário. Na parte da tarde fomos até Alcalar, descobrir a necrópole pré-histórica.

Começámos o sábado com uma visita aos campos de arroz de Estômbar e observamos a quarta Águia-pesqueira da semana, além de muitos Íbis-pretos e Cegonhas-brancas. De seguida fomos a Silves visitar o museu arqueológico e acabámos o dia no Centro de Reprodução do Lince-ibérico, mas não conseguimos observar nenhum.

No último dia, explorámos a zona húmida perto do aeroporto de Faro, a Ria Formosa. As primeiras lagoas estavam repletas de Flamingos, Pernilongos, Alfaiates, Maçaricos-de-bico-direito e Combatentes. Caminhámos ao longo das salinas e observámos mais Flamingos, Patos-trombeteiros, uma Águia-pesqueira e Íbis-preto. Encontrámos um grupo de Colhereiros, dois deles com anilhas, uma Francesa e outra Portuguesa. No observatório vimos alguns patos e uma Chilreta à pesca; algumas Garças-boieiras estavam empoleirados num pinheiro seco. Regressámos pela zona do sapal e observámos muitas limícolas: Borrelhos-de-coleira-interrompida, Borrelhos-grandes-de-coleira, Maçaricos-de-bico-direito, Fuselos e Rolas-do-mar.

A semana terminou depois do almoço com um total de 115 espécies de aves observadas durante toda a semana!

Texto e fotografia de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt