Boletim Informativo de setembro 2021

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Obrigada por nos apoiar!

O final do verão significa migração de aves! Esteja com atenção!

Helen e Filipa

I
N
S
TANTÂNEO

D. Afonso Henriques

Primeiro Rei de Portugal

(1143-1185)

Nascimento: 1109 (não se sabe ao certo)

Falecimento: 6 de dezembro de 1185, Coimbra, Portugal

Afonso Henriques foi o primeiro Rei de Portugal, provavelmente nasceu em Guimarães, no dia 5 de agosto de 1109 (mas não se sabe ao certo); filho de Henrique de Borgonha e Teresa de Leão, era neto do Rei Castelhano, Afonso IV de Leão e Castela. O seu pai foi nomeado Conde e recompensado com o Condado Portucalense, pelo seu sucesso nas batalhas contra os Mouros na Península Ibérica. Depois da morte de seu pai, D. Afonso Henriques, não concordava com as políticas de sua mãe e derrotou-a na batalha de São Mamede (1128), tornando-se governador do condado e politicamente independente da Galiza.

O principal objetivo de D. Afonso Henriques era tornar o Condado Portucalense independente, reconhecido como Reino e conquistar novas terras aos Mouros. Em 1139, depois de ter ganho a Batalha de Ourique frente aos Mouros, D. Afonso Henriques proclamou-se Rei de Portugal, mas a independência do novo reino só viria a ser reconhecida em 1143, com o Tratado de Zamora, entre D. Afonso Henriques e D. Afonso VII, seu primo, Rei de Leão e Castela. Contudo, apenas em 1179, o Papa Alexandre III, oficialmente concedeu a independência e reconheceu Portugal como Reino. Durante o seu reinado, D. Afonso Henriques conquistou a maior parte dos territórios aos Mouros, incluindo Lisboa e Alcácer do Sal.

Em 1146, D. Afonso Henriques, casou com D. Mafalda de Sabóia, tiveram 7 filhos, incluindo D. Sancho I, futuro Rei de Portugal. Em 1169, depois de ter sido ferido numa batalha, foi nomeado um conselho regente para reinar em nome do Rei inválido, constituído por 2 dos seus filhos, D. Sancho e D. Teresa. O Rei D. Afonso Henriques morreu a 6 de dezembro de 1185 em Coimbra, de causas desconhecidas.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Cymbalophora pudica, Esper, 1784
Fotografia de Filipa Bragança

Morfologia: É uma macro traça da Família Erebidae, com envergadura entre 35 e 42 mm. As asas posteriores têm o fundo creme com grandes manchas pretas em forma de triângulo (o padrão faz lembrar um mosaico); as asas anteriores são esbranquiçadas com pequenas manchas pretas nas margens; a cabeça é preta e o corpo avermelhado. Os adultos voam de agosto a outubro.

Habitat: Pastagens, matos e encostas rochosas.

Distribuição: Norte de África e Sul da Europa, da Península Ibérica até à Grécia.

Notas: As plantas hospedeiras da lagarta, são herbáceas da Família Poaceae (Taraxacum sp e Plantago sp). As lagartas estão ativas de maio a junho, durante os meses de verão, permanecem no casulo.

Piu… Piu…

Rola-turca

(Streptopelia decaocto, Frivaldszky, 1838)

Fotografia de Filipa Bragança

Identificação: É uma rola da Família Columbidae, com 29 a 33 cm de comprimento e com envergadura entre 48 e 53 cm. A plumagem é lisa de cor castanho acinzentado, com um colar preto estreito à volta do pescoço, a cauda é comprida e as penas têm uma banda branca larga na margem. As penas de voo das asas são cinzento-escuro. Semelhante à Rola-brava (Streptotelia turtur) mas maior, mais clara e produz um som diferente.

Habitat e Ecologia: Ocorre em áreas urbanas, em jardins, parques, áreas agrícolas e pinhais, necessita de árvores densas para nidificar. Pode ter 2 ou 3 ninhadas por ano. Canta durante todo o ano, mas mais intensamente entre março e setembro. A espécie alimenta-se sobretudo de matéria vegetal, grãos, sementes, partes verdes das plantas, mas também invertebrados e pão.

Distribuição: Distribuição alargada, Sul da Ásia, Norte de África. Introduzida nos EUA e México. É uma ave residente. Em Portugal está presente por todo o país, mas é mais comum ao longo da costa e muito comum no Algarve.

Estado de Conservação: Pouco preocupante (LC) na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). É considerada uma espécie fortemente dispersiva; colonizou a Espanha em 1960 e chegou a Portugal em 1974. O Algarve, foi uma das últimas regiões a ser colonizada, na Ria de Alvor a espécie foi observada pela primeira vez em 1991 e hoje em dia é muito comum.

SABIA QUE?

  • No dia 18 de setembro, A Rocha irá participar no Dia Internacional de Limpeza Costeira. O ponto de encontro irá ser no parque de estacionamento do Complexo de piscinas de Alvor às 9h20. Para mais informação contate:  Isabel.soares@rocha.org

  • O Festival de Observação de Aves de Sagres, está a chegar. A Rocha Portugal irá participar com a Monitorização de Traças e Observação de Aves. O programa e as inscrições estão disponíveis aqui.
  • A Rocha Portugal vai estar este mês nas Fontes de Estômbar, desenvolvendo atividades em colaboração com a Câmara Municipal de Lagoa. As inscrições estarão disponíveis em breve.

    13 de setembro – Traças; 14 de setembro – Anilhagem de aves; 16 de setembro- Observação de aves

  • Agosto foi um mês calmo para as aves na nossa estação de anilhagem, contudo capturamos algumas aves interessantes: Papa-figos (Oriolus oriolus), Guarda-rios (Alcedo athis), Picanço-barreteiro (Lanius senator), Felosa-poliglota (Hippolais polyglota), Felosinha (Phylloscopus collybita), Toutinegra-dos-valados (Sylvia melanocephala), Noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis) e Papa-amoras (Sylvia communis).

Juvenil de Picanço-barreteiro

(Lanius senator)

Noitibó-de-nuca-vermelha

(Caprimulgus ruficollis)

Guarda-rios

(Alcedo athis)

  • Na Ria de Alvor, Natura 2000, o número e diversidade de aves está a aumentar à medida que os visitantes de inverno estão a chegar. Algumas das aves observadas: Flamingo (Phoenicopterus roseus) (cerca de 150 indivíduos), Cegonha-branca (Ciconia ciconia) (mais de 200 individuos), Gaivota-de-Audouin (Larus audouinii) (mais de 100 indivíduos), Íbis-preta (Plegadis falcinellus), Colhereiro (Platalea leucorodia), Chilreta (Sternula albifrons), Águia-pesqueira (Pandion haeliaetus), Alvéola-amarela (Motacilla flava), Maçarico-galego (Numenius phaeopus), Tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola), Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina) e Pilrito de bico-comprido (Calidris ferruginea).

O verão, é uma altura maravilhosa para ir à praia! As pessoas deitam-se a apanhar sol ou caminham de um lado para o outro e não se apercebem que a praia está cheia de vida. Perto das dunas, há algum movimento….Por vezes é difícil de os avistar, porque a sua cor é uma excelente camuflagem. Um casal de Borrelhos-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus), escolheu este local para construir o seu ninho, uma pequena depressão na areia forrada com pequenos pedaços de concha, é quase invisível! Se nos aproximarmos demasiado, as aves começam a correr na areia para chamar a atenção para longe do ninho, são extraordinárias! Às vezes até fingem que estão feridas, pensam que somos predadores e fingem ser presas fáceis; mas assim que nos aproximamos elas voam para longe! Mais à frente, é difícil não repararmos nelas, uma colónia de Chilretas (Sternula albifrons), a sua estratégia é totalmente diferente! Quando nos aproximamos, as aves começam a voar às voltas e emitem uma vocalização surpreendente, algumas até investem na nossa direção, quase em ataque! Estas são aves elegantes, é possível observá-las a voar junto à beira-mar e a mergulhar para capturar peixes. No interior das dunas, ouve-se outro som, movimentando-se ente a vegetação, a Cotovia-de-poupa (Gallerida cristata), caça insetos para alimentar as suas crias! Que belo dia de praia 😊

Filipa

Fêmea de Borrelho-de-coleira-interrompida               Ninho de Borrelho-de-coleira-interrompida                 Chilreta no ninho

ESPÉCIES INVASORAS

Siluro (Silurus glanis, Linnaeus, 1758)

Filo: Chordata

Classe: Actinopterygii

Família: Siluridae

Origem: Este da Europa e Oeste da Ásia

Dimensões: de 1 a 1,5 metros de comprimento, de 15 a 20 kg de peso (pode atingir os 3 metros e pesar 150 Kg)

O Siluro é o terceiro maior peixe de água doce do mundo! As principais características são a presença de dois longos barbilhos na mandíbula superior e quatro barbilhos curtos na mandíbula inferior; o corpo é alongado, possui uma barbatana anal longa que se estende até à barbatana caudal. A cor pode variar muito, normalmente é escuro no dorso e mais claro na parte inferior, a pele é muito viscosa. Como as enguias, podem nadar para trás. Alimenta-se durante a noite no fundo dos rios de vermes anelídeos, crustáceos, insetos, moluscos e peixes, também pode comer rãs, ratos e aves; é um predador de topo, alimentando-se de tudo aquilo que consegue capturar. Habita em rios, barragens e lagos com águas profundas, por vezes também ocorre em água salobra. As fêmeas depositam os ovos em águas pouco profundas, cerca de 30 000 por Kg de peso corporal, os machos guardam os ovos até à sua eclosão.

A distribuição natural do Siluro, estende-se da Alemanha ao Este da Europa, incluindo a Polónia e o Sul da Suécia, Norte do Irão e Sul da Turquia até aos países do Mar Báltico e da Rússia até ao Mar Aral. Esta espécie está atualmente estabelecida em diversos países, a Oeste e a Sul da sua área de distribuição natural: Bósnia-Herzegovina, Espanha, Portugal; Dinamarca, Tunísia, Itália, Síria, Croácia, Turquia; Reino Unido, França, Países Baixos e China. As vias de introdução são principalmente a pesca lúdica, aquacultura e como agente biológico de controlo (introduzido para controlar outras espécies). Devido ao seu tamanho e qualidade da sua carne, é um peixe muito apreciado por toda a Europa.

O Siluro foi introduzido ilegalmente em Espanha em 1974, no Rio Ebro; em 1998, alguns pescadores introduziram-no, ilegalmente no Rio Tejo, em Espanha; em 2006 esta espécie foi observada pela primeira vez em Portugal, mas apenas em 2014 a sua presença foi confirmada. Atualmente está presente no Rio Tejo e nas barragens ao longo deste, também já foi observado no Rio Douro; nos últimos anos, a sua população tem aumentado. Esta espécie é um predador de topo e afeta negativamente a biodiversidade dos rios bem como as atividades económicas.

Portugal e Espanha têm um projeto em conjunto, designado por Life Invasaqua, com o objetivo de travar as espécies invasoras nos rios e lagos dos dois países.

Observação de Aves com A Rocha Life, Oferta especial para Amigos

Observação de Aves descontraída de 12 a 19 de Setembro

Semana completa de observação de aves: 20% de desconto

Visitas de 1 só dia: 15% desconto

Programa:

Domingo (12 de setembro) – Sapal da Ria de Alvor, meio-dia (à tarde) – 23.8 € agora 20 €

Segunda-feira (13 de setembro) – Sagres, dia inteiro – 59.5 € agora 50.50 €

Terça-feira (14 de setembro) – Monchique, dia inteiro – 50.6 € agora 43 €

Quarta-feira (15 de setembro) – Dunas de Alvor, meio-dia (à tarde) – 29 € agora 24.6 €

Quinta-feira (16 de setembro) – Lagoa dos Salgados, meio-dia (à tarde) – 36.1€ agora 30.6 €

Sexta-feira (17 de setembro) – Castro Verde, dia inteiro –129.2 € agora 110 €

Sábado (18 de setembro) – Silves, meio-dia (de manhã até a seguir do almoço) – 55.1 € agora 46.8 €

Domingo (19 de setembro) – Ria Formosa – 57.1 € agora 48.5 €

Semana completa: 440 € agora (com 20% de desconto) 352 €

As refeições não estão incluídas, alguns dias é necessário levar comida

Para mais informação consulte o website aqui

ou contacte através do email: gui@arochalife.com , whatsApp: 00 351 96 158 960 2, telefone: 00 351 282 968 380

REBENTO…U

Família: Ericaceae

Identificação: É um arbusto perene, até cerca de 100 cm de altura. Os caules são fortemente ramificados e as folhas são pequenas, simples, ovais, opostas em forma de escama. As flores são de cor rosa, pequenas, campanuladas e abundantes, crescem no ápice dos caules. Floresce no final do verão, de julho a setembro.

Habitat e Distribuição: Matos, áreas abertas em pinhais, sobreirais, dunas e bosques; cresce em solos arenosos e pobres. Pode ser encontrada na Europa e Nordeste de África.

Notas: A planta é indicadora de solos ácidos. Cresce rapidamente depois do fogo. A Torga é muito importante para as abelhas do mel, porque floresce no final do verão quando já não existem muitas flores.

Torga

(Calluna vulgaris) (L.) Hull

Fotografia de Flora on

DATAS A NÃO ESQUECER

2, 9, 16, 23 e 30 de setembro – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12). Reserve aqui

11 de setembro – Dia internacional da limpeza costeira. Limpeza da praia de Alvor, 09h20, ponto de encontro no parque de estacionamento junto às piscinas de Alvor. Para mais informação enviar email para: isabel.soares@arocha.org

13 de setembro – Monitorizaçao de traças, Sítio das Fontes, Estômbar

14 de setembro – Anilhagem, Sítio das Fontes, Estômbar

16 de setembro – Passeio de observação de aves, Sítio das Fontes, Estômbar

22 de setembro – Equinócio de Outono. Início do Outono.

Festival de observação de aves, Sagres de 1 a 5 de outubro. Mais informação aqui

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

Oferta de Amizadde

Pensamento do mês

Vivemos num individualismo muito cru. As pessoas são levadas a acreditar que a promoção do conforto físico e das aparências é o que mais conta. Existe uma desvalorização do conforto afetivo e moral. Existe a ideia errada de que podemos ser felizes sozinhos ou, pior ainda, contra os outros.”- José Luís Peixoto (1974, Poeta, dramaturgo e escritor português, vencedor do prémio literário José Saramago em 2001)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Protetor solar, um dos maiores poluidores dos oceanos!

  • Os químicos na composição da maior parte dos protetores solares, contaminam a água e danificam o ecossistema marinho!
  • Anualmente, 14 mil toneladas de protetor solar acabam nos oceanos!
  • Os protetores solares têm mais de 20 químicos na sua composição, um deles é a oxibenzona (causa dano celular e desequilíbrio hormonal)
  • Os químicos tóxicos dos protetores solares provocam infeções virais que afetam os recifes de coral (branqueamento)
  • Escolha protetores solares sem oxibenzona ou outros químicos semelhantes (leia atentamente os ingredientes)
  • Escolha protetores solares com o selo “Ocean Conservancy” (Conservação dos oceanos)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Lista vermelha dos invertebrados terrestres

Em março de 2019, teve início em Portugal, o trabalho de campo para a lista vermelha dos invertebrados terrestres e de água doce. O trabalho de campo foi realizado em 61 lugares de Importância Comunitária, Rede Natura 2000. Este projeto acontece pela primeira vez em Portugal e tem como objetivo a inventariação sistemática de insetos. Portugal é muito rico em diversidade de insetos, estão estimadas cerca de 30 000 espécies, contudo a diversidade em alguns pontos do país é ainda desconhecida.

O trabalho de campo foi realizado por 4 investigadores, utilizando técnicas de amostragem específicas de acordo com os grupos-alvo. Este projeto é importante para obter informação atualizada acerca da distribuição, biologia e ecologia da fauna entomológica e o seu risco de extinção, especialmente das 11 espécies listadas na Diretiva Habitats e protegidas em território nacional.

O projeto teve início em junho de 2018 e é financiado pelo PO SEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e pelo Fundo Ambiental.

As Listas Vermelhas são importantes para a conservação da biodiversidade e ferramentas importantes para a gestão da conservação Ambiental porque são baseadas em conhecimento científico.

Toda a informação acerca do projeto está disponível no website da Lista Vermelha dos Vertebrados Terrestres, pode aceder aqui.

Borboleta-aurinia (Euphydrias aurinia)- Anexo II (espécie de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação)

Fotografia de Filipa Bragança

Campeões da Sustentabilidade

 

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Sandra Pascoe Ortiz é engenheira química na Universidade de Atemajac Valley em Zapopan, México, onde desenvolveu um plástico a partir de sumo de cacto.

O plástico alternativo leva entre 2 e 3 meses para se degradar no solo e ainda menos tempo se for humedecido em água ou colocado diretamente num composto (cerca de 7 dias). É também não tóxico, comestível e poderá ajudar a mitigar alguns dos perigos para os seres marinhos, uma vez que a maior parte dos nossos plásticos acabam nos oceanos.

Atualmente, a Professora Ortiz e a sua equipa, demoram cerca de 10 dias para preparar uma porção do plástico amigo do ambiente, mas acreditam que o processo poderá ser mais rápido com recurso a métodos de produção industrial.

Rola-brava: suspensão da caça este verão

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) aplaude a proibição temporária da caça à rola-brava, anunciada a semana passada pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática como medida de proteção da espécie. A portaria proibiu a caça à rola na época venatória 2021-2022, numa tentativa de permitir a recuperação desta espécie cujas populações na Europa sofreram um declínio de 80% nos últimos 40 anos, e que apresenta também em Portugal evidências de forte declínio desde o início dos anos 90.

Esta suspensão da caça à rola surge na sequência de vários anos de trabalho e discussão conjunta entre organizações de ambiente, autoridades e organizações de caçadores, tanto em Portugal como a nível internacional. Saiba mais aqui

Fotografia de Alberto Garcia

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

  www.arochalife.com  

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Pica-paus na Ria de Alvor-parte 1

Podemos encontrar três espécies de pica-paus em Portugal e todas podem ser encontradas na Ria de Alvor e no nosso centro, a Cruzinha.

O Pica-pau-verde (Picus sharpei) é uma espécie endémica, que está presente na Península Ibérica e nos Pirenéus, incluindo a parte norte do lado Francês (significa que não pode ser encontrado em mais nenhum lugar para além destas áreas). Os adultos não possuem uma zona preta à volta do olho, a banda malar é quase inteiramente vermelha e o chamamento é mais alto que o Pica-pau Europeu (Picus veridis). Estudos genéticos também confirmaram que o Pica-pau-verde é diferente dos outros indivíduos do resto da Europa e do Peto-mourisco (Picus vaillantii), do Norte de África. Contudo, existe uma área de contacto no Sul de França onde as duas espécies podem entrecruzar-se. É a espécie de Pica-pau mais bem distribuído das espécies encontradas na Península Ibérica. Em Portugal e Espanha é uma espécie residente presente em todo o país, mas apresenta uma distribuição descontinuada no Alentejo; é mais abundante na parte noroeste do país e está presente em todo o Algarve. Existe uma ligeira diferença na sua distribuição durante o inverno e o verão. Apresenta apenas pequenos movimentos dispersivos locais e sazonais, esta é a razão pela qual existem poucas observações fora da sua área de distribuição, apenas 6 observações em Gibraltar; isto também pode levar a uma mortalidade elevada durante invernos severos. Está a associado a habitats florestais e bosques (pinhais, sobreirais, montados, galerias ripícolas e castanhais). Por vezes utiliza áreas agrícolas abertas para se alimentar de insetos no solo, principalmente formigas. Nas áreas afetadas pelo fogo, utiliza as zonas não queimadas para descansar e para se limpar e as áreas queimadas para procurar alimento. Ao longo da costa prefere os pinhais e está ausente das zonas sem árvores do Alentejo, da Beira-baixa e das grandes cidades. Nos últimos anos, a sua distribuição no Baixo-Alentejo e Este do Algarve tem aumentado, provavelmente relacionado com as novas plantações de pinheiros associadas ao abandono da agricultura. Nidifica. Desde o nível do mar até aos 2000 metros de altitude. Durante o período de nidificação, prefere florestas maduras, mas também pode nidificar em áreas sem árvores. Onde ocupa ninhos abandonados de Rolieiros ou Abelharucos.

Na Ria de Alvor, a maior parte dos avistamentos ocorre entre março e agosto, mas pode ser observado durante todo o ano. O primeiro Pica-pau-verde capturado na Cruzinha foi em 2007, depois foram necessários 10 anos para capturar o segundo; têm sido capturados anualmente entre 2017 e 2019, com 2 indivíduos capturados no mesmo ano (2018 e 2019). No total, foram capturados 6 indivíduos na Cruzinha, 5 dos quais nos últimos 4 anos.

Por Guillaume Réthoré

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Visite-nos no nosso dia aberto: Quintas-feiras das 10H15 às 12h00

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