BOLETIM INFORMATIVO

JULHO 2021

Bem-vindo ao nosso Boletim Informativo de julho 2021

 Obrigada por apoiar-nos.

O verão está aí 😊

Helen e Filipa

 

I
N
S
TANTÂNEO

José Saramago

Escritor português, Prémio Nobel da Literatura em 1998

Nascimento: 16 de novembro de 1922, Golegã, Portugal

Falecimento: 18 de junho de 2010, Ilhas Canárias, Espanha

José Saramago nasceu na aldeia da Azinhaga, na Golegã, numa família de agricultores. A maior parte da sua vida foi passada em Lisboa, para onde se mudou quando tinha dois anos de idade. Devido a dificuldades económicas, foi impossibilitado de prosseguir os estudos e frequentou uma escola profissional; o seu primeiro trabalho foi como serralheiro mecânico. O seu interesse em livros começou cedo e tornou-se um assíduo frequentador da biblioteca, guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, desenvolveu um autoconhecimento em literatura. Durante a sua vida, teve muitos trabalhos diferentes: funcionário público, tradutor, jornalista e subdiretor do Diário de Notícias. Saramago não era o seu nome de família, mas o apelido pelo qual a sua família era conhecida na aldeia, o nome de uma planta muito comum na zona; quando seus pais o foram registar, a pessoa do registo, que os conhecia da aldeia, erradamente deu-lhe o apelido em vez do nome de família.

Em 1947, José Saramago, com 25 anos de idade, publica o seu primeiro livro, Terra do Pecado, e seis anos mais tarde, termina o seu segundo livro Claraboia, que apenas foi publicado depois da sua morte. Depois de alguns anos sem publicar, começa a escrever poesia e em 1966 publica Poemas Possíveis, em 1970, Provavelmente Alegria em 1975, O ano de 1993. Durante os anos que trabalhou como jornalista, editor e subdiretor em alguns Jornais, publicou quatro crónicas: Deste mundo e do outro (1971), A Bagagem do viajante (1974), As opiniões que o DL teve, 1974 e Apontamentos, 1976. Em 1976, José Saramago decide ser escritor a tempo inteiro, em 1980 publica, Levantado do Chão, um livro acerca da classe operária pobre do Alentejo e no qual define o seu modo de escrever. O Memorial do Convento, publicado em 1982, foi o livro que lançou definitivamente José Saramago, no mundo da literatura como escritor de ficção.  A partir desse momento escreveu sem parar romances de ficção, nos quais questiona/critica a sociedade capitalista, a religião, a existência humana e até mesmo a morte. Alguns dos seus mais famosos livros estão traduzidos em todo o mundo: O ano da morte de Ricardo Reis (1985), A Jangada de Pedra (1986), Evangelho segundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a Cegueira (1995), O Homem duplicado (2002).

José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel da Literatura em 1998. Em 2007, criou uma fundação com o seu nome em Lisboa, para a divulgação da literatura, para a defesa dos direitos humanos e ambiente. Faleceu em 2010, em Lanzarote, onde vivia com sua esposa, Pilar del Rio.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

(Menophra abruptaria, Thunberg, 1792)
Fotografia de  Filipa Bragança

Morfologia: É uma macro traça da Família Geometridae, com envergadura entre 36 e 42 mm. A cor de fundo das asas superiores varia de castanho-claro a castanho fulvo, as asas anteriores têm uma marca escura característica, acima da ponta da asa; as asas posteriores têm uma risca castanho-escura côncava; as riscas são paralelas (fazendo lembrar as linhas numa superfície de madeira). Quando em repouso mantêm as asas abertas. Os adultos voam de abril a junho. Normalmente tem apenas uma geração anual, mas podem ter duas (julho/agosto).

Habitat: Bosques, jardins, parques e zonas agrícolas.

Distribuição: Norte de África, Sul da Europa e Ásia Menor; no Norte da Europa pode ser encontrada nas Ilhas Britânicas (sul) até à Suiça e no Sudoeste da Alemanha.

Notas: As plantas hospedeiras incluem o Alfenheiro-oval (Ligustrum ovalifolium), o Lilás (Syringa vulgaris) e diferentes espécies de Freixos (Fraxinus sp), espécies que estão incluídas na Família Oleaceae. Hiberna na forma de pupa.

Piu… Piu…

Galeirão-comum

(Fulica atra, Linnaeus, 1758)

Fotografia de Filipa Bragança

Identificação: É uma ave aquática da Família Rallidae, com comprimento entre 36 e 42 cm. A plumagem é completamente preta, o bico e a placa frontal são brancos, tem o corpo arredondado e cauda curta. Os machos e as fêmeas são semelhantes; os juvenis têm a plumagem acastanhada, com partes brancas nos lados da cabeça, pescoço e peito.

Habitat e Ecologia: Na Primavera podem ser encontrados em lagoas costeiras, sapais e albufeiras, no inverno ocupam uma grande variedade de habitas, barragens, lagos, lagoas artificiais e campos de golf. É um nidificante precoce (comportamento territorial a partir de dezembro). Esta espécie é omnívora, mas alimenta-se principalmente de matéria vegetal.

Distribuição: Distribuição alargada, Europa, África, Ásia e Austrália. Em Portugal é mais comum na costa centro e sul do país. Esta espécie é residente e invernante, algumas populações do Norte passam o inverno em Portugal. Na Ria de Alvor está presente principalmente no inverno.

Estado de Conservação: Pouco preocupante (LC) na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), as principais ameaças são a caça, envenenamento e poluição. Em Portugal é uma espécie cinegética. A população sofreu um pequeno declínio durante o século XX, parece estar a aumentar e em expansão nos últimos anos.

SABIA QUE?

  • A equipa d’ A Rocha Portugal participa no projeto Coastwatch, um projeto europeu de ciência cidadã e voluntariado Ambiental, que tem como objetivo monitorizar as praias portuguesas e recolher o lixo marinho e informação acerca da flora e fauna existente. Em Portugal este projeto é coordenado pelo GEOTA (Grupo de estudos de ordenamento de território e ambiente). A Rocha participou neste projeto entre 2003 e 2009 e recomeçou novamente este ano, com a ajuda de alguns voluntários. Mais informação aqui.

  • A Rocha Portugal está nas dunas! A equipa de Educação Ambiental d’ A Rocha Portugal está a trabalhar com alunos das escolas de Lagos para a consciencialização da importância das dunas como ecossistemas únicos. Veja o facebook da Escola Gil Eanes aqui

  • Paula Banza é professora de biologia do secundário há muitos anos e recentemente terminou o seu Doutoramento em redes de polinizadores de borboletas noturnas. Este ano está a trabalhar n’ A Rocha Portugal através de um programa de destacamento que permite aos professores trabalhar fora da escola durante um determinado período de tempo. A Paula trabalha com borboletas noturnas há vários anos; recentemente escreveu um artigo muito interessante intitulado: “Brincando de Deus? Decidir quais espécies devem viver ou morrer.” Leia o artigo completo aqui.

  • Programa de Monitorização de Borboletas d’ A Rocha Portugal (vídeo apenas disponível em Inglês)
  • Já teve a oportunidade de passear ao longo do passadiço de Alvor? Ou na praia até ao molhe? Provavelmente reparou nalguns painéis informativos. Sim, é verdade, a Chilreta (Sternula albifrons) e o Borelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) nidificam aqui. As espécies são mais sensíveis durante este período e para o seu sucesso reprodutor é importante que não sejam perturbadas. O ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas), a SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), o Município de Portimão e A Rocha Portugal, juntaram-se para a Conservação e Proteção destas colónias de aves, colocando painéis informativos para alertar as pessoas para não perturbar as aves. É importante que os cães não andem sem trela nesta altura do ano.
  • A Rocha foi convidada, pelo Município de Lagos, a participar na Inauguração do “Gobi- o que come o peixe?” na Praia da Luz. Este é um projeto mundial cuja ideia é sensibilizar os veraneantes e as populações em geral, para a quantidade de lixo plástico que nós vamos acumulando no nosso dia-a-dia e invariavelmente acaba por ir parar aos rios e oceanos. Este projeto iniciou-se o ano passado nas praias de Bandeira Azul com a instalação de uma estrutura metálica com a forma de um peixe gigante, onde cada pessoa pode depositar o seu lixo plástico. Para nos ajudar tivemos a companhia dos nossos voluntários da Igreja de São Vicente que diligentemente depositaram o seu lixo e nas horas antes estiveram a recolher o lixo na praia connosco.

Texto e fotografia de Isabel Soares.

  • Finalmente! O muro principal à volta do Estuário da Ria de Alvor está quase reconstruído, em breve será possível caminhar à volta do estuário e observar aves!

  • Junho foi um mês calmo para as aves na estação de anilhagem da Cruzinha, contudo houve algumas capturas interessantes: um juvenil de Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), uma ave muito comum no inverno, na nossa estação de anilhagem mas não na primavera/verão e uma Cotovia-de-poupa (Gallerida cristata), uma ave muito comum na área, mas não nas nossas redes de anilhagem!

Estuário da Ria de Alvor

Cotovia-de-poupa (Gallerida cristata)

O Algarve não e só mar! As montanhas, não muito altas, são também locais interessantes e quando está muito calor é possível encontrar alguma frescura. Monchique é o ponto mais alto do Algarve e tem uma vista espetacular! Fico sempre um pouco desiludida quando visito Monchique… mas regresso sempre! A estrada é rodeada de árvores, a maior parte são espécies invasoras ou exóticas, como a Acácia-mimosa e o Eucalipto, ou até mesmo a Tília (Tilia sp) (uma espécie exótica nativa da Europa, mas não de Portugal). Alguns dos montes estão ainda nus, consequência dos últimos incêndios. A vida selvagem ainda está presente, nos pequenos habitats que ainda permanecem. Aqui e ali ainda é possível observar espécies nativas como o Castanheiro e o Sobreiro. Na realidade os locais mais bonitos estão escondidos e é necessário descobri-los…Tive sorte de conseguir observar a Rosa-albardeira (Paeonia broteri), uma espécie endémica da Península Ibérica. Em todas as visitas descubro mais uma razão para regressar. Numa pequena caminhada até à Fóia, vi uma pequena, mas maravilhosa catarata; as orlas da estrada tinham lindas flores cor-de-rosa, as Dedaleiras (Digitalis purpurea) e era possível ouvir a Cia (Emberiza cia) a cantar! Ainda consegui fotografar uma linda borboleta noturna, Zygaena lavendulae!

Filipa

Rosa-albardeira

(Paeonia broteri)

Dedaleiras (Digitalis purpurea)

Zygaena lavendulae

ESPÉCIES INVASORAS

Vespa-asiática (Vespa velutina, Lepeletier, 1836)

Filo: Arthropoda

Class: Insecta

Ordem: Hymenoptera

Origem: Sudeste Asiático (zonas tropicais e subtropicais: norte da India, lesta da China, Indochina e Indonésia)

Tamanho: 20 a 30 mm (rainha-30mm, macho- 24 mm e obreira- 20mm)

A Vespa-asiática é uma vespa um pouco mais pequena que a Vespa-europeia (Vespa crabro). A cor é predominantemente escura com uma risca alaranjada no 4º segmento do abdómen e uma risca amarela no 1º segmento, a parte terminal do abdómen é escura, a cabeça e o tórax são escuros; quando vista de frente, a cabeça é laranja e as patas amarelas.

Na Primavera, a rainha constrói o ninho primário sozinha, normalmente num local protegido; o ninho é arredondado com cerca de 5 a 10 cm de diâmetro. No final da Primavera ou princípio do Verão, a colónia de vespas constrói um ninho secundário num local alto e isolado, como por exemplo o topo de uma árvore ou um edifício alto, este ninho é de maiores dimensões e tem forma de pera e uma abertura na parte lateral. O ninho secundário pode ter milhares de vespas e algumas delas irão construir novas colónias na Primavera seguinte. A Vespa-asiática é carnívora e alimenta-se principalmente de abelhas. É predadora da Abelha-europeia (Apis melifera), normalmente estabelece-se em zonas urbanas ou próximo destas.

Na Europa existe a subespécie: Vespa velutina nigrithorax, que é nativa do Norte da Índia (Darjeeling, Sikkim), Butão, China e algumas montanhas na Sumatra e Sulawesi (indonésia). Esta subespécie foi introduzida na Europa por via marítima, pensa-se que tenha chegado a França num carregamento de bonsai da China, em 2004 e rapidamente se tenha espalhado por todo o país.  Esta vespa foi detetada em Espanha em 2010, em Portugal e na Bélgica em 2011 e na Itália no final de 2012; recentemente também foi detetada na Alemanha e no Reino Unido. A Vespa-asiática foi também introduzida na Coreia do Sul e é considerada uma espécie invasora.

A estratégia reprodutora desta espécie, marcada por um sucesso reprodutor elevado comparado com outras espécies de vespa e a grande capacidade de disseminação, tornam a Vespa-asiática um perigo, não somente para outras espécies de abelhas e para a biodiversidade, como também para a agricultura e saúde pública (pode atacar em grupo quando ameaçada). A produção de mel é também afetada, uma vez que a presença da Vespa-asiática diminui a atividade da Abelha-europeia e pode mesmo causar a destruição de toda a colmeia, indiretamente isto afeta a agricultura, uma vez que a Abelha-europeia é um polinizador importante.

Em Portugal, a Vespa-asiática está presente na Região Norte e Centro. Em 2018, foi implementado um programa de vigia e controlo da Vespa-asiática: “STOPvespa”, coordenado pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas), onde os cidadãos podem registar online avistamentos desta espécie.

REBENTO…U

Família: Oleaceae

Identificação: É um arbusto perene, pode atingir os 3 metros de altura. A copa é densa e arredondada, com um ou mais caules ramificados que crescem a partir da base; os ramos são longos e flexíveis; as folhas são verdes, opostas, simples, coriáceas e estreitas. As flores são pequenas, esbranquiçadas e crescem em pequenos aglomerados na base das folhas. Os frutos são drupas arredondadas, de cor azul-escura quando maduros. Floresce de fevereiro a abril.

Habitat e Distribuição: Sobreirais e matos secos, locais ensolarados com solos pobres e rochosos. Nativa do Oeste da Bacia Mediterrânica: Itália e Ilhas, França; Espanha e Ilhas Baleares, Portugal, Argélia, Marrocos e Tunísia.

Notas: A planta é utilizada como ornamental em jardins pelo facto de ser tolerante à seca e à exposição marítima. Os frutos são apreciados pelas aves e uma importante fonte de alimento no outono, contudo são venenosos para os humanos. Esta espécie pode viver até aos 100 anos de idade.

Aderno-de-folhas-estreitas

(Phillyrea angustifolia) (L.)

Fotografia de Filipa Bragança

DATAS A NÃO ESQUECER

3 de julho – Dia Internacional sem sacos de plástico

1, 8, 15, 22 e 29 de junho – Dia aberto (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10H15 às 12h). Reserve aqui

28 de julho – Dia Mundial da Conservação da Natureza

30 de julho – Dia Internacional do Amigo

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“Quando não se tem aquilo que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.” Eça de Queirós (1845-1900, escritor e diplomata português)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

A condução eficiente aumenta a autonomia em 35%! Um carro com a revisão em dia reduz as emissões de gases em 50% e consome menos combustível!

Conselhos para uma condução eco

  1. Pressão dos pneus correta (menos pressão nos pneus aumenta o uso de combustível em 6%)
  2. Revisão em dia (um carro saudável é um carro mais económico)
  3. Mantenha a distância de segurança (evite usar o travão repentinamente)
  4. Menos acelerador (nas descidas não use o acelerador, coloque uma mudança alta e deixe ir)
  5. Salte mudanças (quando passa da 3ª para a 5ª, quando possível gasta menos combustível e o oposto igual)
  6. Ar-condicionado (AC consome combustível, evite o seu uso e desligue-o quando a temperatura for adequada)
  7. Filas de trânsito (pára-arranca, desligue o carro se estiver parado mais de 1 minuto)
  8. Velocidade (evite velocidades elevadas, conduza calmamente, utilizando a mudança mais elevada e menores rotações)
  9. Caminhe (sempre que possível caminhe, em vez de utilizar o carro, também faz bem à saúde!)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Relatório de Borboletas Noturnas

Desde 1991, A Rocha monitoriza as borboletas noturnas no jardim da Cruzinha. Este projeto tem como objetivo estudar a diversidade, abundância e distribuição das borboletas noturnas, este conhecimento é também utilizado em ações de Educação Ambiental.

A monitorização consiste numa armadilha, colocada no jardim durante a noite, que atrai as borboletas noturnas, recorrendo a uma lâmpada. Desde 2007, a Prof. Dra. Paula Banza é responsável por este projeto. Em 2019, foram realizadas 34 sessões, foram capturados 4838 indivíduos e foram identificadas 338 espécies; em 2020, foram realizadas 33 sessões, foram capturados 7718 indivíduos e identificadas 358 espécies. Em ambos os anos, a maior parte dos indivíduos capturados pertenciam à Família Noctuidae e a maior parte das espécies identificadas também pertenciam à Família Noctuidae.

Em 2019 foram identificadas, 14 novas espécies para a área em estudo e em 2020, 16 novas espécies. Não foi possível identificar com total certeza algumas espécies, para isso seria necessário realizar uma análise de genitália para confirmar a identificação (algumas espécies têm ligeiras diferenças na coloração, mas a sua genitália é sempre diferente).

As espécies mais abundantes em 2019 foram: Ethmia bipuntella e Eilema caniola e em 2020 foram: Eilema caniola e Noctua pronuba.

O relatório completo de 2019-2020 está disponível aqui.

Na página da internet, d’ A Rocha Portugal, pode encontrar os relatórios das Borboletas Noturnas desde 2004. Veja aqui

Ethmia bipuntella

Eilema caniola

Noctua pronuba

Campeões da Sustentabilidade

 

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por permitir-nos a partilha desta informação.

Bryan Ware, um pai inventivo da Califórnia, teve uma ideia em 2011, quando celebrava o 11º aniversário do seu filho num restaurante. O empregado trouxe alguns lápis de cera para os seus dois filhos e ele questionou-se o que iria acontecer aos lápis depois dos seus filhos terem terminado de brincar com eles.

Ele descobriu que os lápis iam para o lixo e ficou a pensar no que poderia fazer.

Bryan recolheu os lápis-de-cera, derreteu-os e colocou-os em moldes especiais, conseguiu fazer 96 novos lápis de cada vez. Os novos lápis são entregues aos hospitais para as crianças que são pacientes. A sua iniciativa dos lápis-de-cera, foi apoiada por 400 restaurantes e 100 escolas do Oeste dos EUA, que doam lápis-de-cera. Derrete-os em casa no seu fogão com a ajuda dos seus filhos e esposa, Marissa, que é professora. Estes novos lápis-de-cera são mais grossos e fáceis de manusear pelas crianças mais novas ou com necessidades especiais.

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Consulte o website com as datas dos passeios organizados

www.arochalife.com  

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O Colhereiro (Platalea leucorodia)

Algumas aves são fáceis de identificar porque possuem uma característica especial. É o caso do Colhereiro, que tem um bico especial (em forma de colher) que lhe deu o nome.

É uma espécie local, nidificante no Sul de Espanha e Portugal, mas é mais abundante na migração e no inverno. Esta espécie aumentou muito na Europa a seguir a um longo decréscimo em meados do século XX, deixando apenas duas colónias ativas, uma nos Países Baixos e outra no sudoeste da Andaluzia. A população ocidental europeia cresceu atingindo os 4800 casais e cerca de 19 000 indivíduos em 2007. O Colhereiro tem uma longa história no sudoeste da Andaluzia; a espécie tem nidificado em Doñana desde 1765 de nas Marismas del Odiel e Isla Cristina desde 1960. Atualmente, as maiores colónias ibéricas situam-se no sudoeste da Andaluzia: Huelva, Sevilha e Cádis, alguns nidificam na Estremadura, Castela e Leão, Castilha la Mancha e na metade sul de Portugal. A população aumentou, no entanto, apresenta variações inter-anuais devido ao clima. Desde 1996, a média populacional foi de 1400 casais, atingindo um máximo de 2700 casais em 2001 e um mínimo em 1999 e 2005, com menos de 300 casais. Em 2007 foi realizado um Censos, que demonstrou a existência de 1614 casais em Espanha e 98,8% destes situavam-se na Andaluzia. A população cresceu 5,5 % anualmente entre 1959 e 2007, mas 90% permaneceu nas colónias de Andaluzia: Doñana, Marismas del Odiel, Marismas da Isla Cristina e baía de Cádis. Em Portugal a espécie nidificava durante o século XVII, mas desapareceu até 1970; voltou a nidificar em 1988, com quatro casais no Paul do Boquilobo (Santarém). Em 1996, 43 casais nidificaram em Portugal em quatro colónias: Paul do Boquilobo, Pêro Peão (Évora), Ria Formosa (Faro) e Paul de Muge (Santarém). Em 2002, um novo Censo, demonstrou a existência de 92 a 99 casais espalhados por 10 colónias ao longo do Vale do Tejo, centro do Alentejo e Ria Formosa. Existe uma variação inter anual no número de casais e no número de colónias.

O Colhereiro é uma ave colonial, que nidifica com garças, cegonhas e garçotes. O período de nidificação começa no final de fevereiro e estende-se até ao final de setembro. O ninho é construído numa árvore, mas também pode ser construído no chão, se não houver árvores disponíveis (estes ninhos estão mais vulneráveis a inundações). Nidifica em sapais, lagoas e albufeiras, mas pode alimentar-se em todos os tipos de habitats aquáticos.

O período de passagem vai de meados de agosto a meados de outubro. A maior parte das aves passa o inverno em África (Senegal e Mauritânia) e as aves jovens permanecem aí cerca de 3 anos até atingirem o estado adulto. Alguns imaturos passam o verão na Tunísia, onde a população invernante foi estimada entre 2000-2500 indivíduos (a maior parte das aves encontra-se no Golfo de Gabés entre Sfax e Djerba). Os adultos invernam em África e voam para norte em janeiro, permanecendo na Península Ibérica antes de regressarem às suas áreas de nidificação. Podem se encontrar no estuário de Guadalquivir, na Baía de Cádis, no Delta do Ebro e na Albufeira de Valência. O número de Colhereiros em Espanha tem vindo a aumentar ao longo dos anos (12,6% entre 1991-2006). No período de 1990 a 2002, foram registados em média 1123 indivíduos e 80% destes no sudoeste da Andaluzia, os totais para os outros meses de inverno são baixos. Durante o período 2008 a 2010, 1620 Colhereiros foram registados em janeiro. Para além da Andaluzia, os outros territórios de importância internacional são o Delta do Ebro e a Baía de O’Grove. Este aumento também se verificou em Portugal. Houve uma média de 214 indivíduos, em janeiro, durante o período de 1993 a 1997 e uma média de 1000 indivíduos durante o período de 2005 a 2007. A maior parte destas aves foram observadas no Algarve, onde apareceram bandos com algumas centenas de indivíduos: Castro Marim e Ria Formosa (que são próximos das colónias em Huelva). Outros locais de passagem e de invernada em Portugal são os estuários do Tejo e do Sado e a Lagoa de Santo André; também podem ser encontrados em algumas lagoas no interior. Na primavera as aves passam entre fevereiro e abril, com um pico em março. Os Colhereiros são raros nos Açores e na Madeira.

Texto de Guillaume Réthoré

Fotografia de Filipa Bragança

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