Boletim Infomativo julho 2023

 

 

Boas férias!

Os campos estão secos, mas aqui e ali ainda é possível observar algumas flores, aves e libélulas!

Filipa

I
N
S
TANTÂNEO

Parques Naturais em Portugal

Os Parques naturais são “áreas que contenham predominantemente ecossistemas naturais ou seminaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo possa depender de atividade humana, assegurando um fluxo sustentável de produtos naturais e de serviços“. Em Portugal existem 13 Parques Naturais.

Parque Natural das Serras d’ Aire e Candeeiros

O Parque Natural da Serra d’Aire e Candeeiros está localizado no Maciço Calcário Estremenho; situa-se nos municípios de Leiria, Torres Vedras, Rio Maior e Tomar. A serra tem uma altitude que varia entre os 100 e mais de 200 metros e uma área total de 38 392,91 hectares.

A presença de calcário é a principal característica do parque e ao longo de milhões de anos a paisagem foi modelada em características geomorfológicas surpreendentes como cavernas, campos de lapias e campos cársticos. Aqui é possível encontrar salinas não marinhas. A água corre maioritariamente no subterrâneo, sendo um dos maiores reservatórios subaquáticos de Portugal. Os habitats mais importantes são os de água doce e os prados rochosos e calcários. É uma área rica em biodiversidade, incluindo várias espécies de morcegos, borboletas e aves. Aqui existem mais de 600 espécies de plantas, algumas endêmicas da região, não encontradas em nenhum outro lugar. Em 2020, foi descoberta neste parque uma nova espécie de planta, uma Arenaria-maior (Arenaria grandiflora), que cresce nas fendas da rocha. Um dos destaques do Parque são as pegadas de dinossauros encontradas em 1994.

O Parque Natural foi criado em 1979, com o objetivo de proteger a maior formação calcária de Portugal. O símbolo do parque é um morcego, porque aqui é possível encontrar 18 espécies de morcegos.

EM VOO…

Ortétrum-de-faixa-branca (Orthetrum chrysostigma, Burmeister, 1839)

Família: Libellulidae

Envergadura: 38 a 48 mm

Habitat: Linhas de água de corrente moderada a fraca, mas também em barragens. Reproduz-se em pântanos, charcas e valas.

Período de voo: Abril a outubro

Distribuição: Bacia Mediterrânica (de Portugal até à Turquia e Norte de África)

Notas: Esta é uma das espécies mais comuns no Algarve. Apresenta uma mancha característica na parte lateral do abdómen. Os machos apresentam o corpo azulado e as fêmeas amarelo-acastanhado. Os machos são muito territoriais.

 

Piu… Piu…

Garça-noturna (Nycticorax nycticorax, Linnaeus, 1758)

Fotografia de Guillaume Réthoré

Família: Ardeidae

Tamanho: 58 a 65 cm Envergadura: 90 a 100 cm

Habitat: Sapal, lagoa, orlas de rios com árvores

Estatuto: Estival (nidificante)

Distribuição: Sudoeste, Centro e Este da Europa e Sul da Ásia. Inverna a sul do Saara.

Notas: Esta espécie apresenta um comportamento crepuscular e noturno, é possível observá-la ao final do dia quando se desloca para os locais de alimentação. Durante o dia, normalmente descansa nas árvores. Esta espécie tem o estatuto de Ameaçada (EN) em Portugal de acordo com o IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

SABIA QUE?

  • Este ano, como habitual, A Rocha, irá participar no Ciência Viva no Verão, com as atividades de Anilhagem de passeriformes e Monitorização de Borboletas noturnas. As atividades tem início no dia 15 de julho. Visite o website aqui para mais informação.

  • A anilhagem nesta altura do ano é uma aventura. Os juvenis acabaram de voar e estão a descobrir o mundo! Um dos nossos visitantes de junho foi uma Trepadeira-comum (Certhia brachydactyla).
  • Definitivamente, esta é a altura ideal para as borboletas noturnas! Em junho, a Paula também capturou, alguns visitantes inesperados! Vale a pena dar uma segunda olhada a estes exemplares!

Trepadeira-comum (Certhia brachydactyla).
Fotografia de  Filipa Bragança
Harpyia  milhauseri
Fotografia de  Isabel Soares
Zeuzera pyrina
Fotografia de  Luís Lopes
  • A Rocha está por todo o mundo! Visite o website aqui e descubra o trabalho d’ A Rocha pelo mundo..

Árvores ornamentais

Nos nossos parques e jardins, é possível observar árvores maravilhosas, contudo a maior parte delas são exóticas! Plantas nativas de outras partes do mundo utilizadas como ornamentais. Talvez já tenha observado algumas delas…

 

Olaia (Cercis siliquastrum, L.)

Família: Fabaceae

Tipo de planta: Decídua

Tamanho: 6 a 15 metros

Distribuição: Nativa do Sudeste da Europa e Sudoeste da Ásia

Período de floração: fevereiro a abril

Curiosidade: Esta espécie é também designada como árvore do amor devido à forma das suas folhas (em coração). O nome comum em Inglês, Árvore-de-Judas (Judas tree), refere-se ao facto de, alegadamente, Judas se ter enforcado numa árvore desta espécie. O fruto é semelhante à alfarroba. Esta árvore é utilizada como ornamental desde o século XVI e é resistente à seca.

 

REBENTO…U

Família: Apiaceae

Tipo de planta: Herbácea perene

Período de floração: Abril a setembro

Habitat: Baldios, pastagens, clareiras de matos, orlas de estradas e terras cultivadas

Distribuição: Europa, Ásia Central e Oeste, Norte de África e Macaronésia

Notas: Os caules estão cobertos de pequenos pelos. As flores estão agrupadas em umbelas densas e achatadas; a flor central é escura e estéril e está rodeada por pequenas flores brancas. Esta espécie é ancestral da cenoura cultivada.

Cenoura-brava (Daucus carota subsp. carota, L.)
Fotografia de Filipa Bragança

DATAS A NÃO ESQUECER

3 de julho – Dia Internacional sem sacos de plástico

6, 13, 20 e 27 de junho – Dia aberto (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10H15 às 12h). Faça a sua reserva aqui

28 de julho – Dia Mundial da Conservação da Natureza

30 de julho – Dia Internacional do Amigo

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

O que caracteriza um bom presente de aniversário?

Sustentabilidade, inovação e descoberta!!

Pode encontrar tudo isso na Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês 

“Cada um de nós importa, tem um papel a desempenhar e faz a diferença. Cada um de nós deve assumir a responsabilidade pela nossa própria vida e acima de tudo, mostrar respeito e amor pelos seres vivos ao nosso redor, especialmente por cada um de nós”. – Jane Goodall (1934) – Antropóloga e Primatóloga Inglesa, considerada uma das maiores especialistas do mundo em chimpanzés.

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES -VAMOS SER VERDES

Compostagem

  • A compostagem é uma forma natural de reciclar a matéria orgânica. Este processo origina um composto ou solo rico. As estatísticas sugerem que, em média, a compostagem regular pode ajudá-lo a remover 227 Kg de matéria orgânica a cada ano. Isso beneficia diretamente o meio ambiente, desviando os resíduos dos aterros.
  • Resíduos domésticos reciclados – Sabe-se que a compostagem de resíduos orgânicos reduz os resíduos de lixo em 30%.
  • Condicionar o solo – A compostagem ajuda a condicionar o solo criando um tónico rico em nutrientes para uso no jardim.
  • Proteja o meio ambiente – A compostagem natural pode ajudar a enriquecer o paisagismo sem o uso de fertilizantes químicos.
  • Economiza dinheiro reduzindo a perda de água – Um benefício direto é a capacidade de melhorar a retenção de água do solo, reduzindo a perda de água.

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Vida Marinha
O mar é grande parte do nosso planeta e ainda temos muito para descobrir! Está também ameaçado pela atividade humana – poluição! Como os microplásticos (partículas muito pequenas de plástico que flutuam na coluna de água), que acabam por ser ingeridos por grande parte dos animais marinhos…. Alguns lutam pela sobrevivência e outros acabam nos nossos pratos. Vamos descobri-los.

Choco-comum (Sepia officinallis)

Filo: Molusca

Classe: Cephalopoda

Dimensão: 15 a 20 cm (máximo comprimento 50 cm)

Longevidade: 2 anos

Distribuição: Este do Oceano Atlântico e Mar Mediterrânico

Siba

Habitat: Zona sub-tidal. Bêntico, em substratos arenosos ou lodosos, até aos 200 metros de profundidade.

Comportamento: Ovíparos. Os machos realizam uma exibição para atrair as fêmeas para a cópula. As fêmeas depositam os ovos em cápsulas escuras, presas em cachos semelhantes a uvas, em algas marinhas.

Hábitos alimentares: Predador de pequenos moluscos (bivalves e gastrópodes), caranguejos, camarões, outros chocos e pequenos peixes.

Importância ecológica: Dominante em cadeias alimentares marinhas.

Notas: Esta espécie pode tolerar águas salobras. Realiza pequenas migrações sazonais entre águas costeiras e áreas de plataforma. A concha interna – a siba, é utilizada para ajustar a flutuabilidade; é comum encontra-la na praia. O choco utiliza a camuflagem para enganar os seus predadores. É considerada uma das espécies de cefalópodes mais importantes a nível comercial.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos. Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

REUZEit: Evita até 2086 toneladas de equipamento de irem para aterros sanitários.

A REUZEIT é uma empresa inovadora com a missão de ajudar as empresas a dar uma segunda vida aos seus ativos indesejados. Fundada pelos irmãos Ryan e Justin Andrews, a REUZEIT ajuda empresas do setor de ciências da vida (como laboratórios médicos) a reduzir o desperdício e cortar custos, encontrando um novo lar para seus equipamentos não utilizados.

O Ryan e Justin lançaram a REUZEIT com uma visão compartilhada de criar um programa de gestão de ativos económicos excedentes circulares. Como Diretor da Empresa, o Justin é responsável por criar e fornecer estratégias-chave e visões de software, enquanto Ryan, como Diretor de Inovação, está focado em conduzir soluções de resolução de problemas para capacitar organizações em todos os setores de ativos de capital.

A REUZEIT está empenhada em ajudar as empresas a manter os seus equipamentos operacionais, minimizar a sua pegada de carbono e reduzir a quantidade de equipamentos enviados para aterros sanitários. Até o momento, evitou que milhares de toneladas de kg de equipamentos fossem acabar em aterros sanitários. Ao criar uma plataforma de reciclagem de ativos segura e protegida, as empresas podem aumentar o seu “retorno sobre o investimento” e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental desses ativos.

O objetivo é causar um impacto positivo no planeta, reduzindo o desperdício, criando oportunidades económicas e capacitar as organizações de um pensamento mais sustentável. Estão comprometidos em construir um ecossistema de confiança e colaboração para permitir uma economia sustentável e circular.

Futuro da Natureza na Europa está agora nas mãos do Parlamento Europeu

Dia 12 de julho, o Parlamento Europeu tem a oportunidade de adotar uma Lei de Restauro de Natureza forte e ambiciosa – se os eurodeputados puserem o futuro dos cidadãos europeus à frente das lutas partidárias. A Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu, que no passado dia 15 tinha resistido (por pouco) às tentativas do Partido Popular Europeu de extinguir a proposta Lei de Restauro de Natureza, voltou dia 27 de junho a defender a biodiversidade por uma unha negra. A adoção ou não da lei, e em que contornos, fica agora dependente da discussão entre os mais de 700 eurodeputados na sessão plenária do Parlamento Europeu.

Saiba mais aqui

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

www.arochalife.com  

Siga-nos:  

Guillaume Réthoré (Gui) – A minha vida com as aves: O pirata a ser intimidado

Esta primavera, mais uma vez, tive a oportunidade de guiar um passeio de observação de aves em Orkney. Ao visitar uma colónia de Moleiro-grande, observamos uma interação interessante entre esta espécie e um corvo. Os corvos são conhecidos por atacar e assediar qualquer espécie, mesmo as maiores (já os vi perseguir águias-imperiais espanholas no Alentejo!). Os Moleiros, por outro lado, são conhecidos como “pássaros piratas”. Eles vão atrás do outro para roubar a sua comida ou até fazê-los regurgitar o que acabaram de comer para servir de refeição. Nesse dia, este Corvo foi atacado pelo Moleiro-grande (o pássaro com manchas brancas nas asas, atrás do Corvo), pois defendia o seu ninho. Esse Corvo também foi atacado por Gaivotas-pardas quando pousou no meio de sua colónia e finalmente cercado por um Moleiro-parasítico enquanto voava para longe.

Texto e fotografia de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt

Obrigado por nos apoiar!

Esperemos vê-lo em breve!