Boletim Informativo junho 2021

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Helen e Filipa

I
N
S
TANTÂNEO

Monchique

Cidade (desde 1773)

População: 6 045 (Censos 2011)

Área: 395,30 Km2

Monchique é uma pequena vila situada entre duas montanhas (Fóia e Picota), é a vila mais alta do Algarve, 485 metros e aí podemos também encontrar o ponto mais elevado do Distrito de Faro, Fóia com 902 metros de altura. Monchique é limitado pelo Concelho de Odemira a Norte, por Portimão a Sul, por Lagos a Sudoeste e por Aljezur a Oeste. Monchique é a capital do concelho e está dividido em 3 freguesias: Monchique, Alferce e Marmelete.

As primeiras informações históricas de Monchique têm início com os Romanos, que designaram este local de “Mons Cicus” que significa “Montanha Sagrada”, referindo-se às Caldas de Monchique e às propriedades medicinais das suas águas, aí construíram as termas. Contudo a presença humana na área é muito mais antiga, data do Neolítico (V aC), confirmado pelos artefactos aí encontrados. A região foi também ocupada pelos Mouros, durante a primeira metade do século IX, estes deram-lhe o nome baseando-se no nome atribuído pelos Romanos, “Munt Saqir” (Montanha Sagrada).

Pouco é conhecido acerca de Monchique durante a Idade Média e Idade Moderna, o terramoto de 1755 causou danos irreparáveis aos edifícios e provavelmente destruiu alguns dos arquivos históricos. Alguns castelos na zona de Monchique são mencionados aquando da conquista de Silves pelo Rei D. Sancho I, aos Mouros em 1189, na altura Monchique pertencia ao concelho de Silves.

Durante o século XV, 1495, o Rei D. João II, escolheu as termas, Caldas de Monchique, para recuperar dos seus problemas de saúde e durante o século XVI, o Rei D. Sebastião visitou Monchique, evidenciando a importância da região. Economicamente, as atividades de tecelagem (lã e linho), cestaria e produção de madeira de castanheiro eram importantes para o desenvolvimento da região. Em 1773, Monchique foi elevada a Vila, pelo Rei D. José e separada do concelho de Silves

A região de Monchique faz parte de um microclima e as condições atmosféricas são bastante diferentes do resto do Algarve (mais húmido e fresco), o que possibilita a existência de flora, típica de regiões mais a norte. Apesar dos incêndios florestais que destruíram grande parte do património natural, continua a ser um local que vale a pena descobrir, com os seus edifícios característicos, as suas iguarias e a natureza.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Verdinha-da-Primavera

(Tomares ballus, Fabricius, 1787)

Morfologia: É uma pequena borboleta da Família Lycaenidae, com envergadura entre 28 e 30 mm. A parte superior das asas é castanha escura nos machos e com manchas laranjas nas fêmeas; a parte inferior das asas anteriores é castanha escura com uma mancha laranja no meio e pontos pretos, semelhante nos machos e fêmeas; as asas posteriores são esverdeadas. As borboletas voam de fevereiro a abril.

Habitat: Áreas abertas, habitats secos floridos, áreas com vegetação rasteira, pastagens, terrenos agrícolas e matos abertos.

Distribuição: Península Ibérica, Norte de África e Sul de França.

Notas: A larva alimenta-se de plantas da Família Fabaceae (Medicago sp, Lotus sp, Astralagus lusitanus, Dorycnium sp e Anthyllis sp). A espécie faz a pupa junto ao solo e hiberna no inverno. A espécie está localmente ameaçada devido principalmente à agricultura intensiva.

Piu… Piu…

Corvo-marinho-de-faces-brancas

(Phalacrocorax carbo, Linnaeus, 1758)

Identificação: É uma grande ave aquática da Família Phalacrocoracidae, com envergadura entre 121 e 149 cm. O pescoço é grande e grosso, a plumagem é preta com reflexos verde azulados; o bico é forte e amarelo, as asas são longas. No início da época de nidificação os adultos possuem uma mancha branca por baixo das asas e na garganta. Os juvenis são brancos nas partes inferiores. Os machos são em geral maiores que as fêmeas.

Habitat e Ecologia: Ocorre numa grande variedade de habitats, como estuários, lagoas costeiras, reservas, costas rochosas, lagos de água doce e rios. Captura as suas presas em mergulho e a sua dieta consiste principalmente em peixes. Voa perto da superfície da água e descansa ao sol com as asas abertas.

Distribuição: Distribuído em todos os continentes exceto na América do Sul e Antártica. As populações do Norte da Europa invernam na Região do Mediterrâneo. Em Portugal é um invernante comum na costa Sul do país. Desde 2007 nidifica na barragem do Alqueva.

Estado de Conservação: Pouco preocupante (LC) na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A tendência populacional parece estar a aumentar. Esta espécie não é muito apreciada pelo homem, é acusada de causar um impacto negativo nas populações de peixe, especialmente nas aquaculturas de criação de peixe.

SABIA QUE?

  • Em março de 2019, parte do caminho ao longo do sapal da Ria de Alvor, colapsou para o mar, parte do muro desmoronou. A zona é conhecida por Espargueira e famosa pelos mariscadores e claro, pelas aves. Quando o muro principal se desmoronou, uma grande quantidade de água inundou o sapal e fez subir o nível das águas (ver Boletim Informativo fevereiro 2020, secção Sabia que). A princípio apenas a parte central do sapal ficou inundada, mas à medida que o tempo passou, o caminho para as salinas também ficou destruído e os terrenos na parte norte ficaram inundados, isto causou grandes problemas no caminho ao longo do sapal, que é o caminho de acesso para alguns dos residentes. Durante a maré alta, por vezes não era possível circular pela estrada. O acesso às Salinas é impossível desde março de 2020. Em setembro de 2020, tiveram início os trabalhos de reconstrução. O caminho de acesso às salinas, está agora terminado e de momento continuam a reconstruir o paredão principal. A zona interior do sapal era utilizada por algumas espécies de aves para nidificação; devido à subida do nível da água, não existiam locais adequados à nidificação de Borrelhos-de-coleira-interrompida nem de Pernilongos. Contudo as áreas adjacentes, que estavam secas a maior parte do ano, ficaram inundadas e foram utilizadas por algumas aves invernantes. Uma Garça-vermelha foi observada durante a primavera e uma Garça-branca-grande, ficou na zona por mais de 1 ano, também foi possível observar Pisco-de-peito-azul de muito perto e este ano o número de Gaivotas-de-Audouin aumentou consideravelmente. A Rocha realiza uma monitorização semanal das limícolas na zona e houve limitações no acesso a algumas áreas. Devido às mudanças no nível da água e às restrições de acessibilidade, é difícil perceber se estas mudanças beneficiaram as aves. Este ano foi já possível confirmar a nidificação de Borrelho-de-coleira-interrompida, mas os Pernilongos quase que desapareceram da zona. Uma coisa é certa, as salinas e parte do sapal estavam inacessíveis e houve menos perturbação humana e isto sem dúvida beneficia as aves e a vida selvagem em geral. É necessário esperar pela conclusão dos trabalhos para perceber se as mudanças no nível da água e a perturbação irá afetar as comunidades de aves.

Fotografias de Guillaume Réthoré

  • No dia 8 de maio, a equipa d’ A Rocha Portugal, participou no “Dia de Observação de Aves em memória de John Stott”. O “Grande Dia” consiste numa corrida para observar o maior número de espécies. A equipa d’ A Rocha realizou uma corrida livre de carbono, caminhando ao longo da freguesia da Mexilhoeira Grande e conseguindo observar 49 espécies! Foi um dia maravilhoso com muitos kilómetros a pé! Guillaume Réthoré, também se juntou a este evento, observando aves no Alentejo!

  • Maio foi o mês dos juvenis! Na nossa estação de anilhagem apanhamos alguns juvenis: Pintassilgo (Carduelis carduelis), Toutinegra-dos-valados (Sylvia melanocephala), Melro (Turdus merula), Pardal-comum (Passer domesticus), Chapim-real (Parus major), Chapim-azzul (Cyanistes caeruleus), Guarda-rios (Alcedo athis).
    No dia 29 de abril, A Rocha Internacional organizou um webinar: “Prevenindo a extinção” com o Dr Simon Stuart, Diretor Executivo d’ A Rocha Internacional. Veja abaixo (apenas disponível em Inglês).

O Simon e a Anne Stuart visitaram A Rocha Portugal, pela última vez em maio de 2018 e falaram um pouco sobre a sua experiência 😊

Simon: Sou Diretor Estratégico de Conservação em Sincronização com a Terra, angario fundos e sou também ornitólogo e herpetologista. Esta é a minha segunda visita à Cruzinha, a primeira vez foi em 2003. Os Charnecos são agora muito mais comuns!

Anne: Professora de Biologia numa escola secundária. Sou também responsável por um grupo de conservação na escola, onde os alunos fazem conservação uma vez por semana. Gostei de ver algumas plantas parasíticas  (Cistanche) e os Flamingos no estuário.

Conhecemos a Família Harris (Peter e Miranda, os fundadores d’ A Rocha) na Suíça em 1999. Eu (Simon) fui administrador d’ A Rocha Internacional entre 2001 e 2008 e novamente em 2017 até ao momento atual. A Anne é administradora d’ A Rocha Reino Unido desde 2013. Estamos a caminho do Fórum Anual d’ A Rocha Internacional em Sintra. A Anne sempre quis visitar a Cruzinha, então aproveitamos esta oportunidade.

A Rocha ajudou-nos a conectar a nossa fé cristã com os nossos interesses científicos e o nosso amor pela natureza. Aqui é um lugar histórico para A Rocha – muito calmo como se fosse o avô de todas “As Rochas” do mundo: um lugar maravilhoso e calmo!

Adoro a natureza! Passeio, tiro fotografias, observo aves, borboletas e plantas! Desfruto da paz e do som da natureza. Todos nós sabemos que o nosso mundo não é um mundo perfeito… Nós, os humanos, destruímos imenso e somos a principal causa da extinção de espécies e destruição de habitats! Mas por outro lado, também temos o poder de fazer muito! Os dados recolhidos de aves, borboletas, traças e plantas é na sua maior parte da responsabilidade de voluntários e este é um trabalho importante e precioso. A única maneira de conservação é o conhecimento e o conhecimento vem da monitorização e da pesquisa! A ciência cidadã é muito importante! Podemos todos partilhar e contribuir com o nosso conhecimento e desempenhar um papel importante na proteção e conservação de espécies e habitats! Hoje em dia a internet torna a partilha de informação uma tarefa muito fácil, existem diversas plataformas de partilha de espécies selvagens, como o ebird, biodiversity4all e o inaturalist e muitos grupos no Facebook que nos ajudam a identificar e a disseminar a palavra e consciencializar cada vez mais pessoas da sua importância na ciência cidadã! Pode também contribuir para a ciência cidadã! 😊

Filipa

ESPÉCIE EXÓTICA

 

Espadanas (Chasmanthe floribunda, (Salisb.) N. E. Br.)

Clado: Angiospérmicas, monocotiledóneas

Família: Iridaceae

Origem: Província do Cabo, África do Sul

Altura: até cerca de 1,2 metros

A Espadana é uma planta herbácea perene, que floresce de um cormo (caule subterrâneo); as folhas crescem em aglomerado na base da planta, grandes (entre 80 e 100 cm de comprimento), em forma de espada e de cor verde escura. Os ramos florais são longos, com inflorescências alongadas no topo, com 20 a 30 flores, as flores crescem em duas filas ao longo do caule, a cor é laranja ou vermelha (ocasionalmente amarela), em forma de tubo e com uma das pétalas maior que as restantes. O fruto é uma cápsula globosa com sementes laranja no interior. A planta emerge do solo no outono, floresce no princípio da primavera e está dormente no verão.

Na sua distribuição natural, na Província do Cabo, na África do Sul, a planta cresce em áreas costeiras ou próximas, em montanhas rochosas ou costeiras e prefere solos arenosos ou graníticos; necessita de uma temperatura fresca de crescimento, com alguma água no inverno e seca no verão. Em algumas áreas temperadas, onde está naturalizada, cresce ao longo das estradas, baldios, pastagens, áreas costeiras e cursos de água.

A planta reproduz-se por semente e vegetativamente pelos cormos, estes são despejados juntamente com os desperdícios do jardim ou com o solo. As sementes são também dispersas pelas aves e pela água.

A Espadana é utilizada como ornamental nas zonas temperadas, incluindo a zona do Mediterrâneo; está naturalizada no Sul dos EUA e no Sul da Austrália, onde é considerada uma erva daninha, com impacto negativo para o ambiente e plantas nativas.

Em Portugal esta espécie não é considerada uma planta invasora, no entanto está listada como casual e com potencial invasor. A Espadana é já comum ao longo dos caminhos e cursos de água.

REBENTO…U

Família: Thymelaeaceae

Identificação: É um arbusto perene, que pode atingir os 2 metros de altura. Os ramos crescem eretos, delgados e flexíveis e com folhas na extremidade. As folhas são lanceoladas, verde escuras e coriáceas. As flores são pequenas, esbranquiçadas, perfumadas e crescem em cachos terminais; os frutos são drupas vermelhas arredondadas. Floresce no final da primavera e verão.

Habitat e Distribuição: Matos, montados de sobreiro, pinhais, em solos rochosos e pobres. Prefere áreas secas e soalheiras. Nativo da Região Mediterrânica: Sul da Europa, Norte de África e Médio Oriente.

Notas: Todas as partes da planta são venenosas; é considerada uma das plantas mais venenosas da Europa. O contacto da pele com a seiva pode causar dermatite. Em Portugal tem sido utilizada ilegalmente para a pesca no rio, causando o envenenamento dos peixes.

Trovisco (Daphne gnidium) (L.)

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de junho – Dia da Criança

3 de junho – Corpo de Deus (Feriado nacional)

3, 10, 17 e 24 de junho - Dia aberto (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10H15 às 12h) Reserve aqui

5 de junho – Dia Mundial do Ambiente

10 de junho – Dia de Portugal (Feriado nacional)

13 de junho – Dia de Santo António (Feriado Municipal em Lisboa)

24 de junho – Dia de São Pedro

29 de junho – dia de São João (Feriado Municipal no Porto)

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 - 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“Para não fazeres ofensas e teres dias felizes, não digas tudo o que pensas, mas pensa tudo o que dizes.” António Aleixo (1899-1949, Poeta popular português)

VAMOS SER VERDES - VAMOS SER VERDES - VAMOS SER VERDES

Um dos maiores problemas ambientais é a destruição das florestas tropicais! De acordo com um recente relatório do WWF (Word Wildlife Fund), a União Europeia, é um dos maiores importadores de produtos relacionados com a destruição das florestas tropicais, como a soja, óleo de palma, carne de vaca, cacau e café.

O que fazer?

  • Evite consumir produtos de soja
  • Evite consumir produtos com óleo de palma
  • Reduza o consumo de carne de vaca
  • Escolha produtos com o símbolo “CO2 neutral”
  • Escolha produtos “bio”

VAMOS SER VERDES - VAMOS SER VERDES - VAMOS SER VERDES

Censos de Aves Comuns (CAC)

O Censos de Aves Comuns é um projeto de monitorização de aves nidificantes a longo termo. Os dados obtidos são importantes para definir estratégias territoriais e medidas de conservação. Este programa acontece um pouco por toda a Europa com metodologia semelhante e é utilizado para produzir indicadores e para a União Europeia travar o declínio da biodiversidade.

O Censos de Aves Comuns teve lugar no Reino Unido entre 1962 e 2000 e em 1994 foi substituído pelo Breeding Birds Survey (Monitorização de Aves Nidificantes). Inicialmente o programa tinha como objetivo fornecer informação acerca das aves de áreas agrícolas relacionadas com a intensificação da agricultura e foi o primeiro projeto de aves nidificantes no mundo, desenvolvido principalmente por voluntários.

Em Portugal este programa é organizado pela SPEA (Sociedade para o Estudo das Aves) e teve início em 2004, desenvolvido principalmente por voluntários. A Rocha Portugal faz parte deste projeto desde o início. O período de monitorização ocorre entre 1 de abril e 15 de junho, são necessárias duas visitas durante o período de estudo. A unidade de amostragem consiste numa quadrícula UTM com 10x10 km, cada quadrícula tem 20 pontos aleatórios distribuídos uniformemente, os pontos devem ser escolhidos de acordo com os diferentes habitats. Em cada ponto é feita uma observação de 5 minutos e são registadas as aves observadas e ouvidas durante esse período.

Os resultados deste estudo em 2019 revelaram que das 170 espécies de aves comuns encontradas na Europa, 67 estão em declínio e estas são principalmente espécies de áreas agrícolas. Algumas das espécies em declínio são: Cuco-canoro (Cuculus canorus), Peneireiro-comum (Falco tinnunculus) e a Andorinha-dos-beiras (Delichon urbicum). Mais informação aqui (apenas disponível em Inglês).

Em Portugal foram registadas 240 espécies, entre 2004 e 2019, durante o Censos de Aves Comuns. A espécie mais abundante é o Pardal-comum (Passer domesticus) e o Pombo-das-Rochas (Columba livia). Entre as aves de áreas agrícolas com tendências populacionais negativas, considerado em declínio moderado podemos encontrar o Picanço-real (Lanius meridionalis), o Abelharuco (Merops apiaster) e O Chamariz (Serinus serinus). Mais informação aqui.

Desde 2018, Guillaume Réthoré, o guia de aves d’ A Rocha Life e voluntário n’ A Rocha Portugal desde 2010, é o responsável pelo Censos de Aves Comuns no Sul de Portugal. Se tem algum conhecimento de aves e gostaria de fazer parte deste projeto por favor envie um email para:  cacsul@gmail.com.

Campeões da Sustentabilidade

 

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Aisa Mijeno, é professora de engenharia, nas Filipinas e criou lâmpadas que têm como fonte de energia a água salgada, o seu objetivo é fornecer dezenas de lâmpadas às famílias que não têm eletricidade. As casas sem fonte de energia podem agora iluminar as suas noites com dois componentes principais que se podem encontrar em qualquer cozinha – sal e água.

SALt (Sustainable Alternative Lighting- Iluminação Alternativa Sustentável), é um sistema de iluminação alternativo que não usa baterias ou químicos prejudiciais, como o petróleo.

Esta lâmpada LED eletroquímica, funciona através da dissolução de duas colheres de sopa de sal num copo com água, uma solução salina que funciona como um eletrólito. O SALt pode fornecer luz até cerca de 8 horas e também tem a capacidade de carregar telemóveis e outros dispositivos móveis de baixo consumo, usando um cabo USB.

O SALt ainda não foi produzido em grandes quantidades; o trabalho continua para melhoramento do dispositivo que deve durar de 10 a 11 anos.

Conte as gaivotas da sua cidade

Há um casal de gaivotas-de-patas-amarelas a nidificar no terraço do seu prédio? Observou um ninho de gaivotas enquanto passeava? Registe as suas observações online: https://bit.ly/GaivotasUrbanas. Todas as observações são importantes, e ajudarão a SPEA a aferir o estado atual desta espécie que, ao longo das últimas décadas, tem vindo a alargar a sua área de nidificação, sobretudo para zonas urbanas.

Mais informação aqui

Fotografia de Elisabete Silva/SPEA

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

  www.arochalife.com  

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Relatório de anilhagem e recapturas

2020 foi um ano diferente para todos e também afetou a anilhagem realizada na Cruzinha. Não houve anilhagem de Painhos, na Ponta de Álmadena, pela primeira vez em 30 anos. Foi possível anilhar durante todo o ano e colaboramos nos projetos MAI (Monitorização de Aves Invernantes) e PEEC (Programa de Estações de Esforço Constante); poucos anilhadores vieram durante o outono, o que resultou num menor número de sessões de anilhagem e num menor número de aves capturadas. Este facto afetou algumas espécies, como a Toutinegra-de-barrete e a Felosinha-comum, que revelaram menores números em 2020. Outras espécies também revelaram menores números como o Chapim-real, o Pisco-de-peito-ruivo e o Chamariz. Por outro lado, foi um dos melhores anos para outras espécies, tais como a Toutinegra-dos-valados e a Trepadeira-comum. Os acontecimentos mais interessantes foram a captura de um Torcicolo (a espécie tem sido capturada nos últimos três anos), uma Andorinha-dos-beirais, um Pintarroxo e uma Felosa- malhada. As datas de captura de algumas espécies também foram interessantes, os primeiros Rouxinóis do ano foram capturados em março, bastante cedo e o último foi capturado em novembro, provavelmente um dos registos mais tardios em Portugal. O Torcicolo, foi capturado em dezembro na última sessão do ano e é provavelmente o primeiro registo da espécie em dezembro na Ria de Alvor.

Este ano pela primeira vez em muitos anos, Heather Coats (anilhadora regular na Cruzinha) não veio, contudo, vieram os seus estagiários, a Jo e o Richard, durante alguns dias na migração de outono.

O relatório de recapturas, deste ano, contém muitas recapturas antigas de Painhos. Estes dados ainda não tinham sido enviados para a estação central de anilhagem, até agora, quando a Kirsty Franklin se encarregou disso como parte do seu projeto. A maior parte dos Painhos foram anilhados no Reino Unido, no entanto um dos indivíduos pertencia à subespécie Mediterrânea (melitensis), foi anilhado em Espanha na costa Mediterrânea; alguns indivíduos tinham pelo menos 10 anos de idade. O Flamingo-comum, com 41 controlos, é a segunda espécie com maior número de dados. 2020 foi o ano com mais Flamingos anilhados observados na Ria de Alvor, isto deve-se principalmente a um grupo de 400 indivíduos que permaneceu durante algum tempo na Abicada, em agosto. A maior parte destas aves eram provenientes de Espanha, como habitualmente e o Flamingo-comum mais velho registado na Ria de Alvor foi observado este ano. Um Pilrito-das-praias com anilhas de cor passou o inverno na área, indivíduos anilhados desta espécie raramente são observados na Ria de Alvor. A primeira Águia-pesqueira observada com anilhas na zona, foi em 2020, infelizmente, o indivíduo foi encontrado morto. Finalmente, foram capturados apenas dois passeriformes com anilhas estrangeiras.

Pode ler os relatórios na íntegra aqui.

Relatório Anilhagem 2020 (apenas disponível em Inglês)

Relatório de Controles de Aves 2020 (apenas disponível em Inglês)

Fotografias e texto de Guillaume Réthoré

Se tem alguma questão por favor não hesite em contactar-nos:

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Visite-nos no nosso dia aberto: Quintas-feiras das 10H15 às 12h00

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Coordenadas GPS

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Esperamos vê-lo em breve!