Boletim Informativo junho 2023

 

 

O verão está quase a chegar! Já viu esta extraordinária borboleta noturna? E esta maravilhosa flor amarela?

Filipa

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TANTÂNEO

Parques Naturais em Portugal

Os Parques naturais são “áreas que contenham predominantemente ecossistemas naturais ou seminaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo possa depender de atividade humana, assegurando um fluxo sustentável de produtos naturais e de serviços“. Em Portugal existem 13 Parques Naturais.

Parque Natural da Serra de São Mamede

O Parque Natural da Serra de São Mamede está localizado na Região do Alto Alentejo e engloba os concelhos de Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre. A serra tem uma altitude que varia entre os 400 e mais de 800 metros e uma área total de 56 061, 31 hectares.

A altitude e as condições climatéricas, na fronteira da influência Mediterrânica e Atlântica, permitem a existência de diversas paisagens e habitats. As características geográficas e topográficas da serra são essenciais para a diversidade da flora existente (espécies Mediterrânicas e Atlânticas), onde é possível encontrar bosques de sobreiros, castanheiros, giestas, estevas e outras espécies interessantes. Esta região é também uma área importante para as aves da Península Ibérica, constituindo uma rota migratória entre a Europa e a África. É uma das regiões de Portugal com maior diversidade de anfíbios e répteis. Aqui existe uma enorme gruta, a mais importante de Portugal com uma colónia de Morcego-de-peluche (Miniopterus schreibersii), uma espécie Vulnerável (VU) de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

O Parque Natural foi criado em 1989 com o objetivo de conservar os seus elevados valores naturais juntamente com a atividade humana e o desenvolvimento económico. O símbolo do Parque é a Águia-de-Bonelli (Aquila fasciata) uma espécie que nidifica na região.

EM VOO…

Esfinge-caveira (Acherontia atropos, Linnaeus, 1758)

Fotografia de Isabel Soares

Família: Sphingidae

Envergadura: 90 a 120 mm

Habitat: Grande variedade de habitats onde estão presentes as plantas hospedeiras.

Período de voo: Maio a outubro

Distribuição: Sul da Europa, Norte e Sul de África e Médio Oriente.

Notas: É uma das maiores borboletas noturnas de Portugal. O adulto produz um som da laringe e ataca as colmeias à procura de mel; é migrador e é possível encontrá-lo fora da sua área de nidificação. Esta espécie é muito famosa porque é capa de cartaz do filme “Silêncio dos Inocentes”.

Piu… Piu…

Chilreta (Sternula albifrons, Pallas, 1764)

Fotografia de Filipa Bragança

Família: Laridae

Tamanho: 21 a 25 cm Envergadura: 41 a 47 cm

Habitat: Zonas arenosas costeiras, ilhéus, lagos, estuários, salinas e rios.

Estatuto: Estival (nidificante)

Distribuição: Europa, Ásia Central, Médio Oriente; inverna no Oeste de África

Notas: É a gaivina mais pequena de Portugal e Europa. Alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos que captura com mergulhos rápidos. Em Portugal a Chilreta tem o estatuto de Vulnerável (Vu) de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). As maiores ameaças a esta espécie, são a perturbação do habitat e predação dos ninhos.

SABIA QUE?

  • Este ano vai realizar-se mais uma campanha do Projeto dos Painhos. Estudantes voluntários do Reino Unido, vão capturar Painhos durante 2 semanas numa zona rochosa perto da praia, durante a noite. Este projeto recolhe dados desde a década de 90 e é importante para avaliar o estatuto desta população de aves.

  • A Educação Ambiental com as escolas n’ A Rocha está a chegar ao final do ano letivo. Este ano tivemos cerca de 1740 alunos de 17 escolas que nos visitaram e aprenderam acerca da natureza.
  • Na nossa estação de anilhagem é altura das aves juvenis! Em maio capturamos um juvenil de Pintarroxo (Carduelis cannabina)! e um juvenil de Trepadeira-comum (Certhia brachydactyla).

Juvenil de Pintarroxo (Carduelis cannabina)

Educação Ambiental n’ A Rocha
  • Tivemos um visitante curioso no jardim da Cruzinha! Uma lebre-europeia (Lepus europaeus)

Árvores ornamentais

Nos nossos parques e jardins, é possível observar árvores maravilhosas, contudo a maior parte delas são exóticas! Plantas nativas de outras partes do mundo utilizadas como ornamentais. Talvez já tenha observado algumas delas…

 

Choupo-negro (Populus nigra, L.)

Família: Salicaceae

Tipo de planta: Decídua

Tamanho: 15 a 20 metros

Distribuição: Nativa da Europa Oriental e Oeste da Ásia

Período de floração: fevereiro a abril

Onde observar: Na EN125, depois da Mexilhoeira Grande, antes do Restaurante “A Choupana”

Curiosidade: Esta espécie é utilizada como ornamental desde a Antiguidade, especialmente ao longo de cursos de água, é uma espécie ripícola. Apresenta um crescimento rápido e um ciclo de vida curto (vive cerca de 12 a 15 anos). A sua madeira era utilizada para produzir pasta de papel, brinquedos, palitos, fósforos e para carpintaria. Em tempos antigos, em períodos de escassez, as suas folhas eram utilizadas para alimentar o gado. Esta árvore é polinizada pelo vento e é planta hospedeira para muitas espécies de Lepidópteros (borboletas e traças).

REBENTO…U

Família: Asteraceae

Tipo de planta: Herbácea perene

Período de floração: Março a junho

Habitat: Baldios, pastagens, clareiras de matos, orlas de estradas, normalmente em locais secos.

Distribuição: Região Mediterrânica

Notas: O nome científico spinosa deriva do Latim e significa “com espinhos”, embora esta espécie tenhas apenas pequenas brácteas espinhosas a rodear a flor. Esta espécie tem sido utilizada desde há muito para o tratamento de dores de cabeça e constipações, é rica em vitamina C.

Pampilho-espinhoso (Pallenis spinosa subsp. spinosa (L.) Cass.)
Fotografia de Filipa Bragança

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de junho – Dia da Criança

1, 8, 15, 22 e 29 de junho – Dia aberto (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12h) Reserve aqui

5 de junho – Dia Mundial do Ambiente

8 de junho – Corpo de Deus (Feriado nacional)

10 de junho – Dia de Portugal (Feriado nacional)

13 de junho – Dia de Santo António (Feriado Municipal em Lisboa)

21 de junho – Solstício de verão

24 de junho – Dia de São Pedro

29 de junho – Dia de São João (Feriado Municipal no Porto)

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

O que caracteriza um bom presente de aniversário?

Sustentabilidade, inovação e descoberta!!

Pode encontrar tudo isso na Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“Só sabemos o valor da água quando o poço seca” – Thomas Fuller (1608-1661), Clérigo e autor Inglês

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES -VAMOS SER VERDES

  • Mais de 170 biliões de partículas de plástico podem ser encontradas nos oceanos. Em 2040, está estimado, que serão 3 vezes mais!
  • Em 1972, foi publicado o primeiro artigo acerca da problemática dos plásticos! O último artigo publicado, há alguns meses atrás, mostra um drástico aumento de plásticos nos oceanos desde 2005.

  • Os plásticos aumentaram muita na superfície dos oceanos, devido ao aumento da produção de plásticos e à ausência de reciclagem!
  • O desperdício de plástico está a afetar negativamente mais de 800 espécies e a economia mundial!
  • É altura de mudar a nossa atitude! Reduza e recicle!

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Vida Marinha

O mar é grande parte do nosso planeta e ainda temos muito para descobrir! Está também ameaçado pela atividade humana – poluição! Como os microplásticos (partículas muito pequenas de plástico que flutuam na coluna de água), que acabam por ser ingeridos por grande parte dos animais marinhos…. Alguns lutam pela sobrevivência e outros acabam nos nossos pratos. Vamos descobri-los.

 

Pata-roxa (Scyliorhinus canicula)

Filo: Chordata

Classe: Chondrichthyes

Dimensão: 65 a 100 cm

Longevidade: 12 anos

Distribuição: Este do Oceano Atlântico e Mar Mediterrânico

Habitat: Bêntico, pode ser encontrado em fundos arenosos, lodosos, com algas ou cascalho até aos 110 metros de profundidade.

Comportamento: Ovíparos, as fêmeas depositam cápsulas de ovos (as cápsulas são rígidas e possuem filamentos). A fecundação é interna.

Hábitos alimentares: Oportunista, alimenta-se moluscos, crustáceos, pequenos cefalópodes, poliquetas e pequenos peixes ósseos.

Importância ecológica: Fonte de alimento para peixes de maiores dimensões.

Notas: É a espécie de tubarão mais comum na Europa. Apresenta dimorfismo sexual (os machos e as fêmeas são diferentes). Esta espécie pode detetar pequenos campos elétricos produzidos por outros seres vivos. Durante o dia descansa e está mais ativa no período noturno. A pata-roxa apresenta uma importância comercial moderada.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos. Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Iniciada em 2018 por Solange Kwidja Kahriri, uma ex-funcionária de comunicação que encontrou uma oportunidade de ajudar as comunidades locais, a Heshima Coffee vende café e sabonetes de café em cinco províncias congolesas, Burundi e Ruanda. Kahriri encontrou uma oportunidade de criar uma fonte de rendimento extra para mulheres num setor que ainda é essencialmente dominado por homens. É também uma maneira engenhosa de ajudar as pessoas, garantindo que nenhuma parte do grão de café seja desperdiçada, porque o sabão é feito de borras usadas, o que também é uma grande vantagem para o planeta. Atualmente, cerca de 1500 mulheres e jovens que vivem em áreas rurais em todo o leste do Congo vivem com a esperança de um futuro melhor.

A cooperativa distribui plantas jovens gratuitamente aos associados. Quando voltam com o café, Solange utiliza a sua experiência de comunicação para negociar diretamente com os compradores, em nome dos produtores, para garantir que eles obtenham o melhor preço possível para seus produtos. Isso significa que muitos deles podem colocar comida na mesa da família e ainda sobra dinheiro para outras necessidades domésticas e, crucialmente, podem fornecer uma educação para os seus filhos e esperar uma perspetiva ainda mais brilhante do que a que tiveram.

Hoje em dia a cooperativa produz mais de 5000 sabonetes por semana, cortados e embalados manualmente. Solange admite que muito mais poderia ser feito com apoio financeiro extra. Ainda assim, por enquanto, fazer a diferença para o planeta e para a vida de tantas pessoas é um resultado animador.

Congresso de Ornitologia está de volta 

A 11ª edição do Congresso de Ornitologia da SPEA terá lugar em São Miguel, de 22 a 26 de novembro, e este ano inclui também as 2ª Jornadas Macaronésicas de Ornitologia. O maior evento científico na área do estudo e conservação das aves em Portugal, o congresso é um momento de partilha entre investigadores, ornitólogos e estudantes. Os participantes terão ainda a oportunidade de visitar áreas-chave de conservação da Natureza e divulgação de ciência na ilha de São Miguel.

A submissão de propostas de comunicações orais, posters e workshops está aberta até 14 de julho, e as inscrições a preço early bird decorrerão até 30 de setembro.

Mais informação aqui

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

www.arochalife.com  

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Guillaume Réthoré (Gui) – A minha vida com as aves: Chasco-preto (Oenanthe leucura)

Em abril, fui guiar um passeio de observação de aves em Espanha, na Região da Extremadura. Num dos dias, caminhamos até a um castelo em ruínas, no cimo de um monte, na esperança de observarmos um Chasco-preto. Depois de algumas horas a caminhar e a explorar a área, não conseguimos observar nenhum. Regressamos ao carro e conduzimos por mais uns quilómetros para irmos almoçar. Almoçamos no outro lado do monte. Os Grifos nidificavam nas arribas e voavam por cima de nós. No final do almoço, uma das pessoas do grupo, perguntou-me que ave era aquela preta com o rabo branco que estava a ver. Era o Chasco-preto! Depois de passarmos horas à sua procura, estava à nossa espera no lugar onde fomos almoçar. Foi a primeira vez que observei esta ave na Europa.

Texto e fotografia de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt

Obrigado por nos apoiar!

Esperemos vê-lo em breve!