Boletim Informativo novembro 2021

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de novembro!

Feliz Aniversário aos Amigos d’ A Rocha Portugal! Estamos a celebrar o nosso 4º aniversário! Não teríamos conseguido sem a vossa ajuda! Agradecemos o vosso apoio e o facto de acreditarem em nós 😊

Helen e Filipa

 

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N
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TANTÂNEO

Fernão de Magalhães

Navegador Português

(realizou a primeira viagem de circum-navegação)

Nascimento: 1480, Portugal (não se sabe ao certo)

Falecimento: 27 de abril de 1521, Filipinas

Fernão de Magalhães foi um nobre português, criado como pajem na corte da Rainha D. Leonor, esposa do Rei D. João II. Aos 25 anos, voluntariou-se nas jornadas da Índia, para tentar descobrir o caminho marítimo para as Molucas (Indonésia), fonte de importantes especiarias de alto valor económico. Entre 1505 e 1513, Fernão de Magalhães, participou em diversas batalhas na Índia e ajudou na conquista de novos territórios. Em 1510 foi-lhe atribuído o título de capitão devido aos seus importantes serviços.

Em 1513, regressa a Portugal e entre 1514-15, participa nas batalhas para a Conquista de Marrocos, onde foi ferido. Durante este período, Fernão foi acusado de comércio ilegal com os Mouros e consequentemente de traição à pátria e impedido de trabalhar em Portugal. Em Lisboa, dedica o seu tempo a estudar mapas, juntamente com Rui Faleiro (cosmógrafo) e à procura do caminho marítimo para as Molucas, através do Atlântico Sul, pensando que estas importantes ilhas pertenciam à zona espanhola definida pelo Tratado de Tordesilhas. Apresentou o seu projeto à Coroa espanhola e foi aceite; no dia 20 de setembro de 1519, a sua frota (5 barcos e 242 homens de diferentes nacionalidades, mas principalmente espanhóis), zarparam do porto de Sanlúcar de Barrameda, Espanha.

No dia 21 de outubro, a frota encontra pela primeira vez o final do continente americano e a passagem para o outro lado, depois de 27 dias conseguiram finalmente atravessar o “Estreito de Magalhães” e chegar ao Oceano Pacífico. No final de abril, a frota atraca em Mactan (Filipinas), onde Fernão de Magalhães, participa em conflitos com os nativos e morre. A frota continua a sua jornada, comandada por Juan Sebastian Elcano e regressa a Espanha, apenas com um barco, no dia 6 de setembro de 1522.

Fernão de Magalhães é considerado o primeiro homem a circum-navegar o mundo, contudo isto não aconteceu numa viagem contínua, esteve nas Filipinas com os portugueses a partir do Oeste (Atlântico-Índico) e chegou às mesmas ilhas pelo lado Este (Atlântico-Pacífico).

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Eupithecia centaureata,

(Denis & Schiffermüller, 1775)

Fotografias de Filipa Bragança

Morfologia: É uma macro traça da Família Geometridae, com envergadura entre 20 e 24 mm. As asas anteriores têm uma coloração de fundo castanho-creme fumado com uma mancha escura na parte costal. As asas são longas e estreitas; em descanso, estão perpendiculares ao corpo. Os adultos voam em duas gerações, abril-junho e julho-meados de setembro.

Habitat: Florestas decíduas abertas, matos, jardins, parques e terrenos cultivados.

Distribuição: Distribuição alargada, desde o Norte de África através da Europa até à Mongólia, Sul da Sibéria, Este da China e Oriente Próximo.

Notas: As plantas hospedeiras são flores pertencentes às Famílias Apiaceae e Asteraceae. O adulto faz lembrar as fezes de uma ave, reduzindo a atração dos predadores.

Piu… Piu…

Fotografia de Guillaume Réthoré

Grou-comum

(Grus grus, Linnaeus, 1758)

Fotografia de Aves de Portugal

Identificação: É uma ave de grandes dimensões da Família Gruidae, com envergadura entre 180 e 220 cm e 100 a 120 cm de comprimento. A plumagem é acinzentada, a cauda é plumada de cor cinzento-escuro, o pescoço é longo de cor preto e branco e as patas também são longas; a cabeça é preta e branca com um barrete vermelho, o bico é amarelado de tamanho médio (nem grande nem pequeno). Os machos são ligeiramente maiores e mais pesados do que as fêmeas.

Habitat e Ecologia: Nidifica em florestas boreais e taiga, florestas mistas, próximo de rios ou lagos, normalmente em lodaçais, pântanos e canaviais (dependendo da área). No inverno ocorre em terrenos abertos, terrenos agrícolas e por vezes zonas húmidas. A corte é numa bonita exibição de dança. A dieta consiste principalmente em sementes, grãos e matéria vegetal, contudo durante a primavera e verão alimenta-se principalmente de insetos, invertebrados e outros pequenos artrópodes.

Distribuição: Nidifica no Norte da Europa e Norte da Ásia (principalmente na Rússia), algumas pequenas populações nidificam no Sul da Europa (Grécia) e Europa Central; inverna no Norte de África, Sul da Ásia e Península Ibérica. Em Portugal apenas inverna no Alentejo, em áreas localizadas.

Estado de Conservação: Pouco Preocupante (LC) na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A tendência populacional estima-se que está a aumentar; é a única espécie de Grou que não está ameaçada. Esta ave é o símbolo da Arménia e da companhia de transportes aéreos Lufthansa.

SABIA QUE?

  • No dia 13 de outubro, A Rocha organizou, uma limpeza de praia no Estuário da Ria de Alvor, inserido no SEIVA (Semana Europeia de Iniciativa e Voluntariado Ambiental): participaram 18 voluntários e recolheram 25 saco do lixo!

Limpeza de praia – SEIVA
Vídeo de Isabel Soares

Anilhagem e traças – SEIVA
Vídeo de Isabel Soares
  • Outubro é ainda um mês para a migração de aves, algumas aves estão de passagem e podem utilizar a Ria de Alvor para um pequeno descanso ou apenas sobrevoam a área. Algumas das aves observadas na Ria de Alvor, Natura 2000: Cruza- bico (Loxia curvirrostra), Abutre-do-Egipto (Neophron percnopterus), Grifo (Gyps fulvus), Cegonha-preta (Ciconia nigra), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Flamingo-comum (Phoenicopterus roseus), Milhafre-real (Milvus milvus), Combatente (Calidris pugnax) e Seixoeira (Calidris canutus).

Grifo (Gyps fulvus)

Flamingo-comum (Phoenicopterus roseus)
  • A Rocha irá participal no Walk & Art Fest entre 5 e 7 de novembro em Barão de São João. Junte-se a nós e venha descobrir as aves da Mata de Barão. Veja o programa aqui

  • A Rocha Portugal, juntamente com outras 50 organizações, integra a União Cívica – fazer parte do PEPAC (Plano Estratégico para a Política Agrícola Comum) 2023-27. Esta aliança, de organizações e indivíduos, tem como objetivo promover a participação de ONG’s ambientais e cientistas na preparação da implementação do futuro plano agrícola em Portugal; isto porque a agricultura é uma das atividades humanas com maior impacto na biodiversidade e emissões de carbono.
  • Desde 8 de outubro de 2021, um Ambiente Limpo, Saudável e Sustentável é um Direito Humano, reconhecido pelas Nações Unidas! Leia mais aqui (apenas em Inglês)
  • No último dia 23 de setembro, A Rocha começou a celebrar “30 anos de Educação Ambiental”, com um encontro que teve lugar na Cruzinha (o Centro d’ A Rocha Portugal). Cerca de 26 convidados estiveram presentes, incluindo professores, representantes dos municípios e outros parceiros. O Diretor Executivo d’ A Rocha, Marcial Felgueiras, mencionou a importância da colaboração dos diferentes parceiros, nos projetos de educação ambiental, ao longo destes 30 anos, e expressou a sua gratidão pelo seu papel fundamental na Conservação da Natureza. Foram também apresentados os projetos para o ano escolar em vigor, dos quais os principais destaques são: “Os habitats da Ria de Alvor”, “Microplásticos e a poluição marinha” e “Descobrir os polinizadores”. Veja o vídeo aqui

O tempo voa! Parece que foi ontem. O Boletim Informativo dos Amigos, teve a sua primeira edição em novembro de 2017, inicialmente apenas em Inglês e em novembro de 2018 também em Português. Durante todo este tempo escrevemos acerca de aves, borboletas, plantas, vida selvagem, ambiente, pessoas! Partilhamos consigo a beleza e a riqueza natural do nosso lugar! Organizamos Eventos para Amigos e “sobrevivemos” à pandemia! E tudo isto só foi possível com o vosso apoio! Ainda estamos a crescer e esperamos vos oferecer novidades no princípio de 2022! MUITO OBRIGADA 🙂

Todos os nossos Boletins Informativos estão disponíveis no ficheiro “Arquivo”

A natureza está à nossa volta! Nos locais mais improváveis é possível observar algumas espécies interessantes! Faro é uma grande cidade, a capital do Algarve. Numa das minhas últimas visitas a Faro, decidi passar algum tempo, a passear no parque de estacionamento. O lugar tem algumas árvores, plantas e relva, principalmente espécies exóticas. Primeiro, ouvi um som alto, vindo por detrás de um edifício, parecia uma Pega! Aqui? Sim, 2 Pegas-rabudas (Pica pica), andavam a saltar em redor dos carros e das árvores! No topo das árvores, moviam-se algumas aves pequenas e rápidas, por sorte tinha os binóculos comigo (sempre no meu saco, nunca se sabe!), Felosas-musicais (Phylloscopus trochilus). Mais à frente, uma Poupa (Upupa epops), alimentava-se na relva. Uma Lantana (Lantana camera), chamou a minha atenção, com as suas bonitas flores brancas (mesmo que seja uma espécie invasora!), não fui só eu que fui atraída, alguns insetos também! Uma traça, a Spoladea recurvalis, escondia-se entre as folhas e flores; também uma pequena borboleta andava a voar, tão rápida e invisível que desapareceu! Mas tive sorte, junto à relva andavam a voar algumas borboletas, a mesma espécie! Uma nova espécie na minha lista uma Zizeria (Zizeeria knysna). Que bonito parque de estacionamento! 😊

Filipa

Spoladea recurvalis
Zizeria (Zizeeria knysna)

ESPÉCIES INVASORAS

Ameijoa- Asiática (Corbicula fluminea, O. F. Müller, 1774)

Filo: Mollusca

Classe: Bivalvia

Família: Corbiculidae

Origem: Este da Ásia

Dimensões: até cerca de 5 cm

A Ameijoa-Asiática é uma espécie de bivalve de água doce que pode também sobreviver na parte superior dos estuários (água salgada e salobra). A concha é robusta de forma triangular-ovalada, com linhas concêntricas bem marcadas; a cor pode variar entre o castanho-escuro e amarelo-esverdeado (dependendo do substrato).

A espécie ocorre numa grande variedade de habitats: lagos, rios, barragens e estuários e em substratos diferentes (lodoso, arenoso ou rochosos); é bastante tolerante aos fatores abióticos (salinidade, temperatura, pH), o único requisito é a presença de águas bem oxigenadas.

A maturidade sexual da Ameijoa-Asiática acontece no primeiro ano de vida (significa que se pode começar a reproduzir), é uma espécie hermafrodita (macho e fêmea no mesmo indivíduo) e pode-se reproduzir sozinha, no entanto prefere a fecundação cruzada; as larvas (juvenis) são libertadas na coluna de água e dispersam facilmente. Esta espécie é filtradora, alimentando-se de partículas em suspensão na coluna de água, mas também de matéria orgânica encontrada no sedimento.

A introdução da Ameijoa-Asiática não é bem conhecida, apareceu pela primeira vez no Rio Tejo em 1980 (primeiro registo para toda a Europa), em 1989 apareceu no Rio Minho e Douro e em 2000 já colonizava vários rios e estuários em Portugal. O transporte acidental nos cascos dos navios ou como isco para a pesca, são algumas das possibilidades da sua introdução. Atualmente já colonizou a América e a Europa.

A Ameijoa-Asiática é uma espécie muito problemática, provoca alterações ecológicas nos ecossistemas (competição com espécies nativas, predação das larvas de outras espécies impedindo a sua reprodução, alteração do ciclo de nutrientes), mas também causa um impacte industrial negativo (bloqueio do sistema de distribuição de água).

REBENTO…U

Família: Orchidaceae

Identificação: É uma planta herbácea perene (orquídea), com 2 a 3 tubérculos; o caule é verde até cerca de 20 cm de altura (pode ser mais pequeno dependendo da área onde se encontra), não ramificado, ereto e coberto por pequenos pelos transparentes; as pequenas folhas aguçadas envolvem o caule. As flores são pequenas, esbranquiçadas e crescem em espiral à volta do caule. Floresce entre setembro e novembro.

Habitat e Distribuição: Áreas abertas em matos, pinhais, pradarias, charnecas, normalmente em locais secos com vegetação. Ocorre na Europa Central e Oeste e na Região Mediterrânea. Em Portugal não é uma espécie comum e apenas cresce localmente.

Notas: O nome Latim “Spiranthes spiralis” deriva do grego e significa “enrolada” e “espiral”, respetivamente. A planta cresce a partir de 2 ou 3 tubérculos e permanece debaixo do solo durante o verão. Esta espécie está listada no Apêndice II do CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), como uma espécie ainda não ameaçada de extinção, mas que se pode vir a tornar.

Spiranthes spiralis, L (Chevall)
Fotografias de Guillaume Réthoré

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de Novembro – Aniversário da Elevação da Mexilhoeira Grande a Vila (1999)/ Dia de todos os Santos

5 a 7 de novembro – Walk & Art Fest, Barão de S. João. Mais informação aqui

4, 11, 18 e 25 de novembro – Dia aberto na Cruzinha – Anilhagem de Aves e monitorização de borboletas noturnas, das 10 às 12h30. Faça a sua reserva aqui

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Marachique, Lt 1, Loja B, 8500-045 Alvor
(+351) 919191941/ 282482409
www.swandayspa.pt

Sítio da Amoreira, Lote 12,
Alvor, 8500-045 Portimão
(+351) 282412562/ 925433047
www.transfair.com.pt

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

OFERTA DE AMIZADE

Pensamento do mês

“Tenho debaixo da língua

O princípio duma trova

Hei-de encontrar uma rima

Dedicada à gente nova.”

Zeca Afonso (1929-1987, escritor, compositor e cantor português)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

  • A indústria da moda é um dos negócios mais poluentes
  • Para manufaturar um par de calças de ganga são produzidos o mesmo número de gases com efeito de estufa do que conduzir um carro a 120km/h
  • 2700 litros de água são necessários para produzir uma t-shirt de algodão (o mesmo que a média de consumo de água de uma pessoa durante 2 anos e meio)
  • As roupas produzidas por fibras não orgânicas podem permanecer no solo por mais de 200 anos
  • As fibras podem ser classificadas em 2 categorias: polímeros naturais ou polímeros manufaturados (sintéticos). As fibras naturais vêm das plantas, animais ou insetos; são biodegradáveis. Contudo. como o algodão, podem ter outras questões ambientais, precisam de grandes quantidades de água e pesticidas para crescer.
  • As fibras sintéticas são fabricadas essencialmente a partir de petróleo, não são biodegradáveis (muitas delas, como o poliéster, nylon acrílico ou spandex, libertam microplásticos quando lavadas). Contudo, nem todas são assim tão más, em geral são mais duráveis e os tecidos sintéticos podem ser feitos de plástico reciclado.
  • Escolha fibras sustentáveis naturais como o Cânhamo (não necessita muita água nem pesticidas para crescer, é mais sustentável e não liberta microplásticos)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Polinizadores

Os polinizadores são animais de diferentes grupos (mamíferos, aves, répteis, insetos). A polinização é um processo biológico que consiste na “viagem” do grão de pólen, da antera (parte masculina da planta) para o estigma (parte feminina da planta), para produzir uma nova geração de plantas (frutos, sementes). Este processo pode ocorrer através de autopolinização, da água, do vento ou com a ajuda de polinizadores (transportando o pólen dentro da própria flor ou de flor em flor). Este processo biológico beneficia ambos, polinizadores e plantas (os polinizadores visitam as plantas para delas se alimentarem).

Entre 75% e 80% de todas as plantas com flor da terra, necessitam da ajuda de polinizadores, isto inclui muitas das nossas plantações agrícolas. O trabalho dos polinizadores é muito importante, eles dão-nos a comida que nos alimenta, são o suporte para ecossistemas saudáveis que purificam o ar, estabilizam os solos, protegem de fenómenos climáticos severos e servem de suporte para a vida selvagem. A maior parte dos polinizadores são insetos (abelhas, vespas, traças, borboletas) e a maior parte deles estão ameaçados devido à perda de habitat, à agricultura intensiva (uso de pesticidas), presença de espécies exóticas e alterações climáticas.

Em Portugal existem mais de 1000 espécies de insetos polinizadores.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Sehmus Erginoglu, há cerca de 26 anos, decidiu fazer algo em relação a um terreno baldio na sua cidade natal, Mardin, no Sul da Turquia. Começou por recolher todo o lixo, depois instalou tubos de rega e começou a plantar pequenas árvores.

Depois de ter trabalhado durante muito tempo como motorista de pesados, Sehmus, desistiu do seu trabalho, tirou alguns meses para si e por fim decidiu dedicar-se à mãe natureza. Ao longo dos anos plantou mais de 14 000 árvores, incluindo 7 000 pinheiros e 3 000 plátanos. Construiu ainda cerca de 50 poços de nascentes naturais e utilizou essa água para regar a floresta que plantou.

Cuida das árvores sempre que está sol, mas evita faze-lo quando está a chover, este sexagenário diz preferir a companhia das árvores, às pessoas, mas aprecia o fato das árvores proporcionarem alegria aos outros. Segundo ele: “ Quando as pessoas morrem, não podem levar o dinheiro com elas para a outra vida, mas o bem que fizeram vai com elas.

Desafio: procure periquitos

Durante o mês de novembro, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desafia-o a procurar periquitos-de-colar ao fim do dia. Populares como animais de estimação, os periquitos que hoje se encontram à solta em várias cidades portuguesas são provavelmente animais que fugiram do cativeiro, ou seus descendentes. Para perceber se as populações desta espécie estão em crescimento e expansão, a SPEA lançou esta ação de ciência cidadã, que fornecerá informação importante para servir de base ao censo nacional da espécie, a realizar este inverno.

Saiba mais aqui

Fotografia de Daniel Raposo

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

  www.arochalife.com  

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Lista anotada das aves da Ria de Alvor

A Rocha Portugal tem levado a cabo monitorizações de aves a longo prazo (principalmente monitorização de limícolas e anilhagem de aves), desde 1984. Até 1999, esta informação tinha sido publicada nos relatórios d’A Rocha Portugal e desde 2011, na Lista de Aves da Ria de Alvor. Até agora, esta informação nunca foi compilada num único documento. O confinamento do ano passado permitiu reunir toda a informação e completa-la com os dados da base de anilhagem d’A Rocha Portugal, publicados no Anuário Ornitológico e com os dados disponíveis no ebird.

No total, foram observadas 317 espécies de aves na Ria de Alvor, 6 espécies foram observadas mas não confirmadas (espécies raras, difíceis de identificar e que carecem de submissão e aceitação do Comité Português de Raridades). Algumas destas espécies foram observadas apenas uma vez, como a Tarambola-carambola (Charadrius morinellus) ou a Galinhola (Scolopax rusticola) e algumas tornaram-se bastante comuns, como a Pega-azul (Cyanopica cookie), observada pela primeira vez em 1987 (depois de 1998 observada durante todo o ano), ou a Rola-turca (Streptopelia decaocto), observada pela primeira vez em 1991 e rara até 1996.

Na altura em que A Rocha começou a recolher informação acerca das espécies de aves, existiam poucas informações acerca das mesmas no Algarve e algumas das espécies foram observadas pela primeira vez na Ria de Alvor, sendo o primeiro registo para Portugal, como o Pilrito-canela (Calidris subruficollis), em 1990, o Chasco-de-barrete-branco (Oenanthe leucopyga), em 2001 e a Felosa-icterina (Hippolais icterina), em 1997; ou até mesmo o primeiro registo para a Península Ibérica, como é o caso da Felosa-agrícola (Acrocephalus agricola), em 1993 e a Petinha-silvestre (Anthus hodgsoni), em 1994!

Pode consultar a Lista aqui

Chasco-de-barrete-branco (Oenanthe leucopyga)

Tarambola-carambola (Charadrius morinellus)

Texto e fotografias de Guillaume Réthoré

Se tem alguma questão por favor não hesite em contactar-nos:

friends.arpt@arocha.org

Ou visite-nos no nosso dia aberto: Quintas-feiras das 10H às 12h00

Consulte o mapa: https://arocha.pt/pt/contacte-nos/

Coordenadas GPS

37°08’39.8″N (37.1444) 8°36’29.2″W (-8.6081)

(+351) 282 968 380

Agradecemos o seu apoio!

Esperamos vê-lo em breve!