O outono está aqui!

Já viu a maravilhosa flor deste cato? Os Grifos devem estar quase a passar por ai!

Parque Natural do Alvão

O Parque Natural do Alvão localiza-se na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, e engloba as freguesias de Vila Real e Modim de Basto. O Parque constitui uma barreira montanhosa, juntamente com a Serra do Gerês, Marão e Cabreira, entre as zonas costeiras e o interior, criando paisagens únicas. O parque natural tem uma área total de 7 239 hectares com uma altura máxima de 1 330 metros.

Geologicamente caracteriza-se por uma bacia granítica em altitude e uma zona baixa de xisto, que provoca um degrau entre elas, com cascatas. Apesar da pequena área do parque é possível encontrar uma rica biodiversidade e grande variedade de paisagens. Os antigos carvalhos caducifólios ainda estão presentes, juntamente com azevinhos (Ilex aquifollium), aveleiras (Coryllus avellana), cogumelos e outros. A presença de pântanos permite a existência de uma grande diversidade de plantas, incluindo a Orvalhinha (Drosera rotundifolia). O Parque Natural é ainda a casa do Lobo Ibérico (Canis lupus ssp. signatus) e de outras espécies emblemáticas como a Lontra (Lutra lutra), a Graxa-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) e alberga a maior população portuguesa da borboleta Borboleta-azul-das-turfeiras (Phengaris alcon). As paisagens são influenciadas pela agricultura e pecuária.

O Parque Natural foi criado em 1983 com o objetivo de proteger os valores naturais únicos e raros, especialmente uma área denominada por Fisgas de Ermelo. O símbolo do Parque são as cascatas em referência à morfologia geológica que permite a presença de quedas de água incríveis.

Axadrezada-comum (Carcharodus tripolinus, Verity, 1925)

Família: Hesperidae

Envergadura: 26 a 34 mm

Habitat: matos e pastagens secos e quentes, zonas rochosas abrigadas

Período de voo: março a setembro

Distribuição: Sul da Península Ibérica e Norte de África

Notas: A planta hospedeira primária é a Malva (Malva sylvestris), mas pode também ser encontrada em Althaea sp e Hibiscus sp. Esta espécie é muito semelhante a C. alceae, morfologicamente é quase indistinguível, é necessário análise da genitália para separação.

Milhafre-preto (Milvus migrans, Boddaert, 1783)

Fotografia de Guillaume Réthoré

Família: Accipitridae

Tamanho: 48 a 58 cm Envergadura: 130 a 155 cm

Habitat: Grande variedade de habitats, normalmente zonas húmidas (estuários, rios, albufeiras), também em pastagens agrícolas, montados, prados e matos.

Estatuto: Estival (nidificante)

Distribuição: Europa e Australásia

Notas: Esta espécie é oportunista nos seus hábitos alimentares, pode ser encontrado em lixeiras e ao longo das estradas. Em Portugal constrói o ninho exclusivamente em árvores, pode nidificar em pequenas colónias. O Milhafre-preto está ausente da parte mais sul do Algarve, pode ser observado, de passagem, na migração.

• No dia 16 de setembro A Rocha guiou um passeio organizado pelo Município de Lagos, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, nos passadiços da Meia Praia. Foi um bonito final do dia, onde os participantes aprenderam sobre plantas nativas e invasoras, insetos e aves!
• Os novos diretores da Cruzinha já chegaram! O Rui e a Débora Lino Ramalho com os seus 2 filhos, vão gerir o centro nos próximos anos! Bem-vindos 🙂
• É altura da migração! Não se esqueça de olhar para cima 🙂 Algumas das aves observadas na Ria de Alvor, Natura 2000: Papa-moscas-preto (Ficedula hypoleuca), Codorniz-comum (Corturnix coturnix), Pica-pau-galego (Dendrocopus minor), Felosa-musical (Phylloscopus trochillus), Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), Tartaranhão-ruivo-dos-pauis (Circus aeroginosus), Toutinegra-de-bigodes (Curruca iberiae), Cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra), Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata), Papa-amoras (Curruca communis), Toutinegra-das-figueiras (Sylvia borin), Rouxinol-pequeno-dos-caniços (Acrocephalus scirpaceus), Rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos), Chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe), Petinha-das-árvores (Anthus trivialis), Petinha-dos-campos (Anthus campestris), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Combatente (Calidris pugnax), Gaivina-preta (Chelidonia niger), Falcão-da-rainha (Falco eleanora) e Pilrito-de-colete (Calidris melanotos).

• Este ano A Rocha celebrou o seu 40º aniversário! No dia 23 de setembro, a Cruzinha abriu as portas para receber alguns dos membros mais importantes da família A Rocha. Algumas das entidades que estiveram presentes neste evento: o Presidente da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, José Vitorino, o representante da Câmara Municipal de Portimão, Álvaro Bila. Entre os convidados, estavam a Presidente da Direção d’ A Rocha Portugal, Conceição Santos, A Presidente d’ A Rocha Internacional, Soohwan Park, o CEO d’ A Rocha Internacional, Ed Walker e os cofundadores d’ A Rocha, Peter Harris e Les Batty. Foi um dia maravilhoso, em que foram recordadas algumas pessoas que infelizmente já não estão entre nós. Foi realçada a importância da igreja e da Cruzinha como o centro d’ A Rocha Portugal e o local de nascimento, daquilo que é agora uma Associação de cariz internacional. Sem os membros da direção, os trabalhadores, os voluntários, os amigos e sem a SUA presença nada disto continuará a ser possível! Muito obrigada! Esperemos que A Rocha celebre muitos mais aniversários!

Árvores ornamentais

Nos nossos parques e jardins, é possível observar árvores maravilhosas, contudo a maior parte delas são exóticas! Plantas nativas de outras partes do mundo utilizadas como ornamentais. Talvez já tenha observado algumas delas…

Pimenteira-bastarda  (Schinus molle, L.)

Família: Anacardiaceae

Tipo de planta: Árvore perene

Tamanho: até aos 10 metros

Distribuição: Nativa do Norte da América do Sul e dos desertos Andinos do Perú

Período de floração: Junho a dezembro

Curiosidade: Esta espécie é resistente à seca, geada e salinidade. Foi introduzida em Portugal para fins ornamentais, está bem adaptada a terrenos rochosos e encostas e pode ser utilizada para prevenção da erosão. A resina desta árvore era utilizada para embalsamar as múmias dos imperadores. A resina e as folhas têm aplicações medicinais. Os frutos podem ser utilizados como especiaria, têm um sabor ligeiramente picante, semelhante à “verdadeira pimenta”.

5, 12, 19 e 26 de outubro – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12). Reserve aqui

5 de outubro – Implantação da República. Feriado nacional

5 a 8 de outubro – Festival de observação de aves, Sagres: https://www.birdwatchingsagres.com/

8 e 9 setembro – BliP (temos um stand este ano) Portimão Arena

14 outubro – SEIVA (semana de educação e iniciativas de voluntariado ambiental)  limpeza do Estuário da Ria de Alvor (37.132383, -8.611845). Ponto de encontro Estuário às 10:00. Não precisam trazer nada apenas boa vontade! (atividade de 1,5 horas)

30 de outubro – mudança de hora para horário de inverno (atraso de 1 hora)

31 de outubro – Dia das bruxas – Halloween

O que caracteriza um bom presente de aniversário?

Sustentabilidade, inovação e descoberta!!

Pode encontrar tudo isso na Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!

Sabe o que é a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)?

• Certificação que avalia o desempenho ambiental dos edifícios; que visa melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões de carbono e criar ambientes saudáveis para os utilizadores. Cada projeto ganha pontos com base na gestão sustentável das emissões de carbono, do consumo da energia, da água, dos resíduos, do transporte, dos materiais e da qualidade do ambiente interno.

Os principais objetivos da LEED para criar edifícios sustentáveis são:

• Ajudar a reduzir as mudanças climáticas.
• Melhorar e proteger saúde das pessoas.
• Proteger os recursos hídricos.
• Proteger e apoiar a biodiversidade e os ecossistemas.
• Promover a sustentabilidade e a regeneração dos materiais.
• Apoiar e impulsionar a qualidade de vida.

A Porto Bussiness School foi a primeira escola portuguesa e a segunda da Península Ibérica a obter a certificação LEED GOLD

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

O maior evento de natureza de Portugal está de volta a Sagres! Tire uns dias para usufruir do que melhor a natureza tem para lhe oferecer. Saídas de campo, passeios de barco, minicursos temáticos, observação de golfinhos, caminhadas, ateliers de educação ambiental, sessões de anilhagem, cursos de fotografia são algumas das propostas. Participe nas atividades gratuitamente e/ou pague preços com desconto de participante do festival, junto dos nossos parceiros locais.

O evento, que decorrerá de 5 a 8 de outubro, é organizado mais uma vez pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem.
Mais informação aqui

Guillaume Réthoré (Gui) – A minha vida com as aves: Uma Gaivota especial

A Gaivota-de-Audouin (Larus audouinnii)era uma das espécies de gaivotas mais raras da Europa há mais de 20 anos. Hoje em dia é uma ave comum avistada ao longo da costa algarvia. Observei-a primeira vez na Ria de Alvor em Julho de 2008 e foi uma visão extraordinária. A situação mudou drasticamente, uma vez que a espécie pode ser observada durante todo o ano na Ria de Alvor e o último record de observação (no final de Agosto) foi um número superior a 700 indivíduos.

Esta ave em particular, tinha a anilha BZB1, o que a torna ainda mais especial. Foi anilhada em Ceuta em julho de 2017, vista na Ria de Alvor em outubro de 2022 e agosto de 2023; é a primeira Gaivota-de-Audouin anilhada em Ceuta e observada no Algarve (e possivelmente a única). Não foi vista em nenhum outro lugar!

Texto e fotografia de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt

Obrigado por nos apoiar!

Esperemos vê-lo em breve!