Boletim Informativo abril 2021

 

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Desfrute dos artigos deste mês.

Feliz e doce Páscoa

Helen e Filipa

 

I
N
S
TANTÂNEO

Portimão

Idade: 551 aC

Cidade (desde 1924)

População: 55 614 (Census 2011)

Área: 182,06 Km2

Portimão é a maior cidade do Barlavento Algarvio, no Distrito de Faro; é limitada a Norte por Monchique, a Este por Silves e Lagoa, a Oeste por Lagos e a Sul pelo Oceano Atlântico. Portimão é a capital do Concelho e está dividida em 3 Freguesias: Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande; está localizada na margem do Rio Arade.

Algumas dúvidas subsistem acerca da fundação da cidade de Portimão, alguns autores mencionam que a cidade foi fundada em 551 a.C.  pelos Cartagineses, que a nomearam de “Portus Annibalis” (Porto de Aníbal); 200 anos mais tarde foi conquistada pelos Romanos que mantiveram o nome. Contudo a localização exata de Portus Annibalis não é uma certeza, existem diversos artefactos históricos do Neolítico e dos Romanos, mas nenhum foi encontrado no lugar onde hoje se situa a cidade de Portimão. Mas algo é certo, o Rio Arade era uma rota comercial importante desde o período Romano e até mesmo depois desse período; em 715, durante a ocupação pelos Mouros, a Vila de Portimão, era um importante e dinâmico posto comercial, principalmente devido à exploração de sal e aos frutos secos, essencialmente figos.

Em 1290, Portimão foi conquistada aos Mouros e no dia 8 de agosto de 1463, o Rei de Portugal, Afonso V, deu autorização e autonomia para um grupo de locais, desenvolverem uma pequena povoação, designada por São Lourenço da Barrosa, com alguma independência da capital (Silves nessa altura). Devido à localização e ao rápido desenvolvimento económico em 1476 foi elevada a Vila e nomeada por Vila Nova de Portimão.

 Entre o século XVII e XVIII, Vila Nova de Portimão viveu períodos de pobreza e fome e muitas pessoas abandonaram a região; a cidade também foi parcialmente destruída pelo terramoto de 1755. No final do século XIX, Portimão tornou-se num importante porto piscatório e de grande desenvolvimento industrial com a indústria da conserva de peixe; em 1924, no dia 11 de dezembro, foi elevada a cidade, pelo então Presidente da República, natural de Portimão, Manuel Teixeira Gomes.

Portimão, na atualidade, é principalmente um centro turístico e comercial, com diversas atividades náuticas, mas vale a pena descobrir algumas das suas belezas e navegar pelo Rio Arade.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Borboleta- Inês

(Melanargia ines, Hoffmannsegg, 1804)

Morfologia: É uma borboleta de tamanho médio, da Família Nymphalidade, com envergadura entre 45 e 55 mm. As asas apresentam bordos arredondados, a parte superior das asas tem fundo branco com nervuras pretas, a parte inferior tem fundo creme com nervuras escuras; as asas posteriores apresentam pequenos ocelos azuis rodeados por vermelho e amarelo. Uma geração anual; voa de março a junho.

Habitat: Encostas quentes, secas, com ervas e arbustos dispersos, zonas rochosas com vegetação dispersa, áreas cultivadas e terrenos agrícolas.

Distribuição: Endémica da Península Ibérica e Norte de África.

Notas: A larva alimenta-se de gramíneas da Família Poaceae; as lagartas jovens estivam e desenvolvem-se do Outono à Primavera. Esta espécie é localmente comum. A população está a decrescer devido à expansão e intensificação agrícola. É muito semelhante a Melanargia occitanica, que tem nervuras grossas e castanhas na parte inferior.

Piu… Piu…

Maçarico-das-rochas

(Actitis hypoleucos, Linnaeus, 1758)

Identificação: É uma pequena limícola da Família Scolopacidae, que pode medir até cerca de 20 cm. A cabeça, peito, dorso e asas são acastanhadas; a barriga é branca e a divisão entre as duas cores é bem demarcada. De ambos os lados do pescoço, a plumagem evidencia uma banda branca característica da espécie. O bico é longo e escuro; as patas são curtas e escuras ou esverdeadas. Normalmente apresenta um anel orbital esbranquiçado. Machos e fêmeas são semelhantes.

Habitat e Ecologia: Habita todos os tipos de zonas húmidas, de água doce, salobra e salgada, como rios, sapais, ribeiras, barragens, estuários, salinas e zonas interditais rochosas. A dieta consiste em insetos (adultos e larvas), aranhas, moluscos, caracóis, crustáceos, vermes e material vegetal. Tem um comportamento agitado e abana a cauda constantemente.

Distribuição: Nidifica na Europa e Este da Ásia até ao Japão; inverna na Europa ocidental, África, Sul da Ásia e Austrália. Em Portugal está presente durante todo o ano, na primavera/verão é mais abundante no interior e no inverno na zona costeira.

Estado de Conservação: Pouco preocupante (LC) na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A tendência populacional parece estar em decréscimo principalmente devido a perturbação e destruição do habitat.

SABIA QUE?

  • As aves da Primavera estão aqui! Março é o mês em que ocorrem a maior parte das chegadas. Aves estivais observadas em março na Ria de Alvor: Codorniz-comum (Coturnix coturnix), Alvéola-amarela (Motacilla flava), Andorinha-das-barreiras (Riparia riparia), Picanço-barreteiro (Lanius senator), Abelharuco (Merops apiaster), Andorinhão-preto (Apus apus), Petinha-das-árvores (Anthus trivialis), Calhandrinha-comum (Calandrella brachydactyla) e Gaivina-de-bico-preto (Gelochelidon nilótica).

  • Março no nosso centro de anilhagem foi calmo, o número de aves decresceu, comum nesta altura do ano, porque as aves estão muito ocupadas com a nidificação! As capturas mais interessantes foram: Pica-pau-verde (Picus veridis), Lugre (Carduelis spinus), Toutinegra-carrasqueira (Curruca iberiae) e o primeiro juvenil deste ano, um bebé de Carriça (Troglodytes troglodytes)!
  • Este mês o nosso centro vai reabrir! No dia 22 de abril. Foram dois meses e meio longos, mas agora podemos recebê-los novamente! Consulte o nosso website aqui para mais informação e para reservar a sua visita.

Pica-pau-verde (Picus veridis)

Toutinegra-carrasqueira (Curruca iberiae)

  • O Jasper e a Tayler, os novos diretores do centro estão a fazer um excelente trabalho no jardim! Os vegetais estão a crescer e a vida selvagem anda por aí! Visite o blogspot “Educação ambiental n’ A Rocha” aqui para visualizar a primavera no jardim da Cruzinha!
  • O relatório de anilhagem de 2020 está agora disponível no website d’ A Rocha. Veja aqui o relatório completo

A primavera é uma altura linda do ano! Caminhando pela natureza é possível ver os campos “pintados” de cores bonitas: amarelo, rosa e roxo! Um dos grupos de plantas mais surpreendentes são as orquídeas! Quando pensamos em orquídeas, provavelmente pensamos nas orquídeas tropicais! Enormes com flores maravilhosas! No Algarve também temos orquídeas, orquídeas selvagens, algumas são pequenas e passam despercebidas e por vezes é necessário um olhar mais atento para as encontrar! Outras apresentam dimensões consideráveis e cores atrativas que é difícil não reparar nelas! Nas minhas caminhadas pelo campo, na freguesia da Mexilhoeira Grande, encontrei algumas espécies encantadoras!  Uma das primeiras a florir é o Moscardo-maior (Ophrys fusca), não apresenta cores muito atrativas, mas as flores são muito variáveis o que torna difícil a sua identificação. As mais comuns são o Abelhão (Ophrys speculum), com uma cor azul/roxa metálica maravilhosa, a Erva-mosca (Ophrys bombyliflora), não é tão atrativa em cor e tamanho, mas tem um “design” interessante e a Erva-vespa (Ophrys lutea), com uma cor amarela intensa maravilhosa! Uma das maiores é o Satirião-maior (Anacamptis pyramidalis), com uma linda cor rosa que cresce por vezes nas bermas da estrada! Vale sempre a pena um olhar mais atento às plantas que vemos à nossa volta, nunca se sabe se poderemos encontrar uma orquídea selvagem! Desfrute dos seus passeios na natureza 😊

Filipa

Moscardo-maior (Ophrys fusca)
Erva-mosca (Ophrys bombyliflora)
Abelhão (Ophrys speculum)
Erva-vespa (Ophrys lutea)
Satirião-maior (Anacamptis pyramidalis)

ESPÉCIE INVASORA

Erva-das-Pampas (Cortaderia selloana, (Schult. & Schult.f.) Asch. & Graebn)

Clado: Angiospérmicas, monocotiledóneas

Família: Poaceae

Origem: Zona tropical da América do Sul (Chile e Argentina)

Altura: até cerca de 2.5 metros

A Erva-das-Pampas é uma gramínea robusta perene com penachos grandes de cor esbranquiçada-prateada; cresce em roseta com folhas basais; as folhas são acinzentadas ou verde azuladas, lineares com margens cortantes. As flores estão dispostas em panículas (semelhantes a grandes penachos) que crescem no topo dos colmos. Os frutos são cariopses muito pequenos; floresce de agosto a outubro. Algumas plantas produzem flores hermafroditas outras apenas flores femininas, é uma espécie ginodióica.

Na sua distribuição natural, a Erva-das-Pampas cresce em solos húmidos, em pastagens, dunas, matos abertos e nas orlas dos rios. O seu nome deriva dos prados Sul Americanos, conhecidos como pampas, de onde é nativa. Esta planta foi introduzida em zonas temperadas e subtropicais como ornamental, para controlo da erosão e como barreira contra o vento.

Uma das características da Erva-das-Pampas que facilita a invasão é a quantidade de sementes produzidas pelas flores femininas, até cerca de 1 milhão, facilmente disseminadas pelo vento que podem invadir áreas distantes. A planta também forma tufos densos e impenetráveis que podem causar danos em pastagens e afetar a visibilidade nas vias públicas, aumenta a sua densidade e pode colonizar novos habitats em pequenos períodos, constituindo uma ameaça para as plantas nativas; devido à sua lenta decomposição pode aumentar o risco de incêndio. Outro problema causado pelas espécies invasoras é a saúde pública, as folhas cortantes da Erva-das-Pampas podem causar cortes superficiais. O nome em Latim da espécie “Cortaderia” deriva de uma palavra Espanhola que significa “cortadora”; as suas flores também podem causar alergias.

O projecto Life + Stop Cortaderia (2018-2022) tem como objetivo implementar uma estratégia transnacional para combater a Erva-das-Pampas no Arco Atlântico (centro e norte de Portugal, norte de Espanha e França); para isto é importante demarcar e quantificar a distribuição da Erva-das-Pampas e sensibilizar a biodiversidade local para os seus danos. Para mais informação visite o site: Stop Cortaderia.

REBENTO…U

Família: Cistaceae

Identificação: É um arbusto denso perene, que pode atingir cerca de 1 metro de altura. O tronco é ramificado e coberto de pequenos pelos macios. As folhas são pequenas ovais a elípticas, duras, peludas, verde escuras com margem levemente dentada. As flores são brancas e amarelas na base; o fruto é uma cápsula globosa com cinco compartimentos. Floresce de março a julho.

Habitat e Distribuição: Matos baixos, matas, áreas arenosas, áreas rochosas, pinhais, montados de sobreiro e prados abandonados. Ocorre na região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal está presente em todo o território à exceção das terras altas do norte e centro.

Notas: A espécie é tolerante à seca e exposição marítima. As flores são muito atrativas para as abelhas. É normalmente utilizada para prevenir a erosão do solo e como ornamental em jardins Mediterrâneos, é também utilizada na medicina tradicional (folhas e flores) em chá, contra infeções urinárias, problemas renais e diabetes.

Sargaço-manso (Cistus salviifolius, L.)

DATAS A NÃO ESQUECER

1, 8, 15, 22 e 29 de abril – Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12. Aberto a partir de 22 de abril. Faça a sua reserva aqui

2 de abril – Sexta feira Santa, feriado nacional

4 de abril – Domingo de Páscoa, feriado nacional

25 de abril – Dia da Liberdade, Revolução dos Cravos, Feriado nacional

Obrigado por patrocinar os Amigos d’A Rocha Portugal

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
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Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

OFERTA DE AMIZADE

Pensamento do mês

A felicidade é parecida com a liberdade, porque toda a gente fala nela e ninguém a goza.” – Camilo Castelo Branco (Escritor Português, 1825-1890)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Small things which make a difference!

Gestos que fazem a diferença!

Produtos em geral

  • Prefira pilhas recarregáveis com 0% de mercúrio e 0% de cádmio
  • Escolha tintas sem chumbo (ou tintas orgânicas/naturais)
  • Não compre madeira rara ou móveis de madeira ilegal (mogno ou teca)
  • Não compre espécies ilegais de animais domésticos
  • Escolha produtos reciclados e recicláveis
  • Escolha produtos com menos embalagens
  • Escolha produtos em embalagens grandes (mais económicos e menos quantidade de embalagens)
  • Prefira garrafas de vidro em vez de plástico ou papel

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Incêndios e redes de plantas-polinizadores

O fogo é considerado um fenómeno natural em algumas regiões, como no Mediterrâneo, isto constitui um processo importante na evolução dos ecossistemas. Os incêndios são importantes para a sobrevivência de alguns animais e plantas e podem até promover a biodiversidade em condições adequadas. As plantas e os animais desenvolveram adaptações ao fogo, algumas plantas necessitam do fogo para completarem o seu ciclo de vida (germinação das sementes), outras rebentam facilmente pós-fogo (Ex: Carrasco), ou produzem uma casca resistente (Ex: Sobreiro) e alguns animais colonizam áreas abertas criadas pelo fogo (Ex: Sombria). Contudo, as alterações climáticas e outros eventos sociais e económicos estão a aumentar o número e severidade dos fogos, designados por incêndios florestais. Os impactos dos incêndios nos ecossistemas ainda não estão totalmente entendidos e como estes influenciam a fauna e flora.  

As comunidades vegetais normalmente aumentam a sua abundância floral após um incêndio, no entanto um dos processos que ainda não está bem estudado, é como os incêndios afetam as interações planta-polinizador. Muitas plantas dependem de polinizadores animais para produzirem sementes e frutos; juntamente planta e polinizador desenvolvem uma ligação especial e nenhum deles pode viver independentemente, as plantas necessitam dos polinizadores para se reproduzirem e os polinizadores necessitam das plantas para se alimentarem. Diferentes tipos de animais podem funcionar como polinizadores, mamíferos, morcegos, aves e claro está, os mais famosos, os insetos (abelhas, escaravelhos, moscas, borboletas e traças).

Os investigadores demonstraram pela primeira vez o efeito prejudicial dos incêndios florestais nas traças e os benefícios ecológicos que estas providenciam como transportadores de pólen, fazendo com que as interações entre as comunidades de plantas e insetos estejam mais vulneráveis a extinções locais.

 A Paula Banza (ver Boletim Informativo junho de 2018) trabalha desde há alguns anos com traças e o seu papel importante como polinizadores. Na sua tese de Doutoramento: “Redes Ecológicas de polinizadores e Recuperação pós-fogo”, investigou os efeitos dos incêndios em redes noturnas de transporte de pólen, analisou a abundância e diversidade de traças em ambos os locais, sujeito a incêndio e não sujeito a incêndio.   As populações de traças sofreram alterações significativas em locais sujeitos a incêndio, durante o período em estudo. Em comparação com as plantas, que eram mais abundantes em locais sujeitos a incêndios, a diversidade de traças nestes locais era menor. No entanto não foi possível compreender se esta mudança é temporária e se o ecossistema pode recuperar para uma fase pré- incêndio. Este estudo também evidenciou a importância das traças como vetores de pólen nos ecossistemas Mediterrânicos, 70 % das traças analisadas transportavam pólen. As flores eram mais abundantes em locais que tinham sido sujeitos a incêndios, no entanto a diversidade e abundância de traças era menor nesses mesmos locais.

Serão necessários estudos adicionais para melhor compreender o impacto dos incêndios nos sistemas de polinização para o posterior desenvolvimento de planos de conservação eficazes.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Carro elétrico – Universidade de Tecnologia de Eindhoven

Um grupo de vinte e dois estudantes da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, Países Baixos, criou um carro elétrico feito totalmente de resíduos, incluindo plástico retirado dos oceanos, garrafas PET recicladas e lixo doméstico (recolheram garrafas de plástico durante quase dois anos); depois de 18 meses a trabalhar no projeto o resultado foi um carro elétrico desportivo, chamado de Luca, que pesa apenas 360 kilos, tem uma velocidade máxima de 90 Km/h e tem uma autonomia de cerca de 200 km.

O Luca é mesmo um carro especial porque foi construído totalmente com resíduos, o chassis foi feito a partir de garrafas PET e linho (PET é um poliéster que tem a designação química de politereftalato de etileno, é uma resina de plástico e o tipo de plástico mais utilizado no fabrico de embalagens). O seu interior foi feito de lixo doméstico indiferenciado e o exterior de plástico duro que se encontra nas televisões e eletrodomésticos. Os assentos e as almofadas foram feitos a partir de desperdícios de coco e pelo de cavalo.

Os estudantes desenharam e construíram o Luca para provar e mostrar ao mundo o potencial do uso de material reciclado e resíduos.

Vamos parar a destruição de ninhos de andorinha

Remover ninhos de andorinha é proibido. Se souber de alguém que o quer fazer, experimente explicar que as andorinhas comem imensos insetos, sobretudo as moscas e mosquitos que podem estragar uma bela noite de verão⁠. Se o problema for a sujidade, para evitar que o espaço debaixo do ninho fique sujo pode instalar-se uma “caleira” própria por baixo dos ninhos⁠.  Se estes argumentos não forem suficientes, ou se só souber da situação a posteriori, contacte a linha SOS Ambiente: 808 200 520 ou www.gnr.pt/ambiente.aspx

Mais informação aqui

Fotografia de Stefan Berndtsson

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

www.arochalife.com  

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O Periquito-rabijunco (Psittacula krameri)

O Periquito-rabijunco é uma espécie oriunda da África tropical e do Sul da Ásia. É uma espécie mantida em cativeiro, utilizada como animal de estimação e as populações europeias tiveram origem em aves que escaparam ou foram libertadas. Foi introduzida em vários países da Europa como Inglaterra, Bélgica, França, Itália, Holanda, Turquia Espanha e Portugal. Geralmente, encontra-se em cidades grandes, onde é comercializado e mantido em cativeiro. Em Espanha, a maior população encontra-se em Barcelona, Sevilha e em algumas cidades ao longo da costa Mediterrânica. Em Portugal, está presente na zona de Lisboa (onde se encontra a maior parte da população) e nas zonas costeiras com grandes densidades populacionais, como Porto, Mira, Caldas da Rainha, Portimão ou Lagos. Foi também introduzido na ilha de São Miguel, nos Açores onde é raro e localizado e foi registado na ilha de Santa Maria. Reproduziu-se na Madeira em 2009.

Em Espanha, o registo mais antigo foi em Cáceres em 1970. Em Barcelona, a população está presente desde 1980 e a primeira reprodução ocorreu nesta cidade e em Málaga, nos anos 80 e em Valência nos anos 90. Em Portugal, a espécie foi registada pela primeira vez no fim dos anos 70.

Em Espanha, a espécie pode aparecer em qualquer local, mas só nidifica nas zonas de Barcelona, Valência, Alicante, Málaga, Sevilha, Madrid e nas Astúrias. Em Portugal, a espécie nidifica principalmente na zona de Lisboa e em Mira.

A população espanhola foi estimada em 213-254 casais, em 2003 mas aumentou desde então. Na Catalunha, 80-100 casais foram registados entre 1999 e 2002. Um outro censo entre 2006 e 2009 registou 272-499 indivíduos, o que mostra um aumento anual de 17%. Estudos em Londres mostraram que a espécie expandiu cerca de 0.4 km/ano num período de 12 anos. Em junho de 2013, um grupo de cerca de 300 aves foi registado em Sevilha. Em Lisboa, um dormitório de 20-30 aves foi registado em 1990 e no mesmo dormitório em novembro de 2003, foram registados 208 indivíduos. A população portuguesa foi estimada em cerca de 250 aves, a maioria na zona de Lisboa. Não existe evidência de nidificação regular no Algarve. Uma análise rápida dos dados disponíveis no ebird mostra que existem observações dispersas entre Bensafrim e Tavira, a maioria ao longo da costa. Na Ria de Alvor, a espécie foi registada pela primeira vez em 2000 e depois em 2001 e 2002 quando foram observadas 2 aves, o máximo registado. A espécie só foi observada de novo em 2007, entre 2010 e 2012 e em 2015. Não foi registado desde então.

A espécie é residente nos parques urbanos e jardins com árvores grandes onde encontram comida e dormitórios. Os únicos movimentos registados ocorrem no inverno, principalmente para a procura de alimento, deste modo as de zonas de reprodução e invernada são bastante semelhantes. A expansão da espécie está limitada pela presença de árvores com cavidades onde pode nidificar. Por essa razão, o Periquito-rabijunco não expandiu a sua população tanto como o Periquito-monge (Myiopsitta monachus) que constrói o seu próprio ninho.

Em 2020, a SPEA organizou um censo da espécie nos seus dormitórios. Os primeiros resultados, sem surpresa, mostram que a maioria das aves se encontram na zona de Lisboa. Esse censo será complementado por um outro no final de 2021.

Fotografias e texto de Guillaume Réthoré

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