Boletim Informativo fevereiro 2022

 

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de fevereiro!

Esperemos que desfrute dos artigos deste mês.

Helen e Filipa

 

I
N
S
TANTÂNEO

John Muir

Naturalista, Conservacionista e escritor Américo-escocês

Nascimento: 21 abril, 1838, Escócia

Falecimento: 24 dezembro, 1914, EUA

John Muir nasceu em Dunbar, na Escócia; em 1849, a sua família imigrou para os EUA, para trabalhar numa quinta em Wisconsin. Tinha que ajudar o seu pai na quinta, mas nos tempos livres costumava vaguear pelos campos e bosques, onde se tornou um amante da natureza. Foi também um inventor de mecanismos em madeira. Em 1960, começou os seus estudos na Universidade de Wisconsin, mas nunca conseguiu finalizar e saiu passados três anos. Durante algum tempo, Muir viajou pelo Canadá e EUA, explorando a natureza, recolhendo e catalogando plantas. Em 1866, começou a trabalhar numa fábrica de carris de comboio em Indianápolis, EUA e em 1967, teve um acidente no trabalho, em que danificou o olho, o que viria a mudar a sua vida. A partir desse momento decidiu dedicar a sua vida à natureza.

Nas suas viagens, descobriu a Sierra Nevada e o Yosemite Valley, na Califórnia. Viajou por toda a parte, inspirado pelo seu interesse em glaciares e florestas. Foi a primeira pessoa, a escrever a teoria que atribui as formações de Yosemite à erosão glaciar. Durante a sua vida escreveu muitos livros, inspirados nas suas viagens e gosto pela natureza. Em alguns dos seus artigos, chamou a atenção para a desflorestação das florestas, para destruição de prados pelo pastoreio intensivo pelo gado e para a importância do governo federal de adotar políticas de conservação das florestas. Foi em grande parte responsável pela criação do Parque Natural de Yosemite e do parque Natural de Sequóia; foi também cofundador da organização Sierra Club, uma das primeiras organizações de conservação ambiental

John Muir teve um papel fundamental na sensibilização da importância da proteção e conservação do património natural, a sua vida e os seus escritos são uma inspiração para os conservacionistas ambientais em todo o mundo.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Borboleta-belemia

(Euchloe belemia, Esper, 1800)

Fotografia cortesia de Naturdata

Morfologia: É uma borboleta de tamanho médio, da Família Pieridae, com envergadura entre 36 a 48 mm. As asas têm forma triangular, a parte superior é branca, com uma mancha apical preta (forma triangular com pontos brancos) e um ponto discoidal preto na asa anterior. A parte inferior das asas é branca com riscas verdes. Os adultos voam de janeiro a julho, com duas gerações anuais (bivoltina) e têm um voo extraordinariamente rápido.

Habitat: Grande variedade de habitats, quente, seco e com pouca vegetação, como campos floridos, orlas de campos agrícolas, encostas rochosas, pousios e prados.

Distribuição: Norte de África e Sul da Península Ibérica.

Notas: A larva alimenta-se de plantas da Família Brassicacea: Iberis sp, Sisymbrium sp. Algumas populações desta espécie estão em declínio, devido principalmente à construção elevada, turismo e pastoreio intensivo.

Piu… Piu…

Fotografia de Guillaume Réthoré

Pilrito-comum

(Calidris alpina, Linnaeus, 1758)

Fotografia de Filipa Bragança

Identificação: É uma pequena limícola da família Scolopacidae, com envergadura entre 32 e 36 cm e 17 a 21 cm de comprimento. Apresenta duas plumagens diferentes (no inverno é mais difícil de identificar), as partes superiores são lisas, cinzento-acastanhado e as partes inferiores são brancas com manchas cinzentas no peito; no verão, tem um distinto peito preto e as partes superiores são cinzento raiado. O bico é preto, nem curto nem comprido e ligeiramente encurvado (o comprimento e curvatura do bico é bastante variável, as fêmeas têm bicos mais compridos que os machos). Em voo, apresenta uma marca alar branca, uropígio branco com uma linha central preta.

Habitat e Ecologia: Nidifica na tundra Ártica, em solos húmidos, pântanos, turfa ártica, mas também em pastagens costeiras, salinas e charnecas húmidas em altitudes elevadas; fora da época de nidificação, a espécie pode ocorrer em lodaçais estuarinos, salinas e outros habitats de água doce e salobra (represas, lagos, praias arenosas). No inverno é gregário. A dieta é omnívora, principalmente adultos e larvas de insetos, invertebrados e matéria vegetal (sementes).

Distribuição: É uma espécie migradora com distribuição Holárctica (Europa, Norte de África e América do Norte), nidifica na região Ártica, Subártica e em algumas regiões temperadas do Norte da Europa; inverna em regiões temperadas e subtropicais do Sul da Europa, Nordeste de África e Nordeste da Índia. Em Portugal pode ser observado ao longo de todo o ano (alguns indivíduos não reprodutores permanecem nas regiões de invernada), mas é mais comum no inverno.

Estado de Conservação: Pouco Preocupante (LC) na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A tendência populacional global está em decréscimo. As principais ameaças são a perda de habitat devido à ação humana (perturbação e poluição) e as espécies invasoras (plantas e predadores). Existem várias subespécies de acordo com a localização geográfica.

SABIA QUE?

  • No dia 19 de janeiro tivemos o nosso primeiro evento para Amigos, desde há muito tempo! Esperemos que seja o recomeçar de uma nova época!

Fotografias de Guillaume Réthoré

  • No dia 21 de janeiro A Rocha participou no Censo Nacional de Águia-pesqueira, foi observado 1 indivíduo na zona da Ria de Alvor, contundo nas semanas anteriores tinham sido observados 3 indivíduos, provavelmente aves que utilizam a zona para invernar.

  • No dia 5 de fevereiro A Rocha irá organizar um passeio à Ria de Alvor para celebrar o dia internacional das zonas húmidas (2 de fevereiro). O passeio está aberto a todos, mas requer reserva. O ponto de encontro é na estação de comboios da Mexilhoeira Grande, às 9 h. Para reservas e informações envie um email para: paula.banza@arocha.org
  • Algumas das aves obsevadas na Ria de Alvor, Natura 2000: Flamingo (Phoenicopterus roseus), Colhereiro (Platalea leucorodia), Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Caimão (Porphyrio porphyrio), Combatente (Calidris pugnax), Águia-calçada (Hiraaetus pennatus), Gavião (Accipiter nisus), Corvo (Corvus corax), Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), Tordo-ruivo (Turdus iliacus), Tentilhão-montês (Fringilla montifrigilla) e  Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris).

  • No final de 2021, alguns voluntários estiveram na Cruzinha, todos têm a sua própria história mas partilham os mesmos interesses 🙂

Tom Barendse (25 anos, Holandês)

Fiz o meu Bacharelato em Gestão do Solo e da Água na Universidade de Wageningen. Atualmente estou a terminar o Mestrado em Hidrologia e Recursos Hídricos.

Cresci na Tanzânia e Uganda, onde os meus pais trabalhavam na MAF (Missão de Aviação). Frequentei a escola internacional no Uganda e sempre me interessei pela natureza e conservação. Nos últimos 6 anos estive nos Países Baixos a estudar. O meu objetivo é trabalhar na área da hidrologia, mais especificamente na disponibilidade de água nas áreas onde esta é necessária.

Descobri a existência da Associação A Rocha quando visitei A Rocha Quénia durante as férias. O conceito de combinar Conservação e Fé interessou-me bastante. Realizei o meu estágio n’ A Rocha Portugal (outubro a dezembro 2021), em transporte de macro plásticos nos estuários e rios; através do uso de rastreadores de GPS procurei obter informação acerca das distâncias e padrões de movimento dos macro plásticos e os locais onde estes acabam por se depositar

Gostei muito da simpatia das pessoas no centro (Cruzinha). A natureza e as paisagens são maravilhosas. Passei a maior parte do tempo num caiaque no meio do estuário e isso também me deu a oportunidade de observar a biodiversidade. Se tivesse que escolher, diria que foi maravilhoso estar em contacto com o oceano. Adorei ver de perto a Cobra-de-ferradura que o Jasper capturou!

Heather Sluka, 18 anos, Angloamericana

Nasci na Índia e mudei-me para o Reino Unido quando tinha 3 anos, vivi aí 11 anos e há 4 anos atrás mudei-me para a Flórida. Agora (dezembro 2021) estou n’ A Rocha Portugal a fazer 1 ano de pausa antes de começar os meus estudos na Universidade de Miami, no próximo ano, em Inglês e talvez Psicologia. O meu pai (Bob Sluka – Cientista principal do programa de Conservação Marinha e Costeira d’ A Rocha) trabalha n’ A Rocha e desde muito nova estou envolvida nesta organização e costumava viajar com o meu pai. Agora estou em Portugal como voluntária e ajudo no centro em diferentes projetos. Adoro as pessoas, são acolhedoras e divertidas, também adoro a natureza e a praia. Adoro raposas e vi uma no centro, o que foi algo extraordinário. Elas são tão engraçadas!

O projeto d’ A Rocha – Fevereiro sem plástico

Prepare-se para mais um desafio Fevereiro sem Plástico. Reduza o plástico, especialmente o plástico de utilização única e mande-nos um vídeo ou um artigo com as suas dificuldades e soluções (envie email para: isabel.soares@arocha.org)

Algumas dicas para começar:

  • Leia com atenção os rótulos! Alguns produtos pessoais, como cremes corporais e em gel, estão cheios de microplásticos. Evite-os!
  • Use seus próprios sacos de pano para comprar legumes e pão. Hoje em dia pode comprar legumes sem o saco de plástico comum, pesá-los no balcão e usar seu saco de pano para os levar para casa.
  • Evite produtos com embalagem dupla (ou tripla)! Bolachas e alguns outros produtos vêm em sacos pequenos. Tente evitá-los!
  • Compre um detergente multiusos, que possa limpar janelas, balcões e fornos, em vez de comprar 3 diferentes. Faça o mesmo para a casa de banho.
  • Sempre que puder, compre produtos em garrafas de vidro em vez de garrafas de plástico.
  • Faça uma pesquisa on-line para encontrar outras dicas que pode usar.

Como regra, reduza o consumo, reutilize o que já tem, recuse aceitar o que não quer, recicle o que não pode usar mais.

Evento para Amigos

Passeio de borboletas’ com Paula Banza, Isabel Soares e Filipa Bragança

Irá ter lugar n’ A Rocha, quarta-feira, dia 23 de fevereiro de 2022, das 10h30 e às 14h

Introdução ao projeto “Censos de Borboletas de Portugal” no qual A Rocha participa

Consiste num passeio local onde poderemos observar algumas espécies de borboletas

O almoço está incluído no preço do bilhete

Preço do bilhete €20.00 Amigos        €25.00 Nâo Amigos

É necessário reservar, por favor utilize o link abaixo, reserve antecipadamente

Esperemos que o tempo esteja propício e que consigamos observar muitas borboletas!

 

Reserve aqui

ESPÉCIES INVASORAS

Erva-tintureira (Phytolacca americana, L.)

Fotografia de Filipa Bragança

Clado: Angiospérmicas

Ordem: Caryophyllales

Família: Phytolaccaceae

Origem: América do Norte

Tamanho: até cerca de 3 metros de altura

A Erva-tintureira é uma planta herbácea perene; os caules são quadrados, carnudos e lenhosos na base, verdes, avermelhados ou roxos e podem crescer até cerca de três metros de altura. As folhas são grandes, verdes, inteiras e lanceoladas. As flores são pequenas, brancas e crescem em pequenos agregados no topo dos caules (inflorescência em cacho ou rácimo), floresce de maio a setembro. Os frutos são pequenas bagas roxas escuras. Todas as partes da planta são venenosas para os humanos, cães e gado.

Fotografia de Filipa Bragança

Esta espécie cresce em terrenos húmidos, em sebes e bosques do Norte da América (Sudeste do Canadá e Este dos EUA), de onde é nativa. Os nativos americanos utilizavam-na como emética e purgativa, utilizavam também a raiz para o tratamento de reumatismo, contudo a ingestão de todas as partes da planta pode causar irritação gastrointestinal e, entre outros efeitos, pode ser fatal. As bagas servem de alimento para algumas espécies de aves na sua distribuição natural.

Esta planta foi introduzida em regiões de clima temperado como ornamental, para fins medicinais e como tintura (as bagas eram utilizadas para fazer tinta). Hoje em dia, está naturalizada no Japão, Austrália e Europa (incluindo Portugal) e é considerada uma espécie invasora em 42 países. A Erva-tintureira tem um impacto ecológico nos ecossistemas, impedindo o crescimento de espécies nativas e danificando as lavouras; produz uma enorme quantidade de sementes, que podem ser dispersas pelas aves, também pode produzir rebentos da raiz.

REBENTO…U

Família: Brassicaceae

Identificação: É uma planta anual, que pode crescer dos 2 aos 20 cm em altura; o caule é ramificado e lenhoso na base; as folhas são ovais a lanceoladas, com margem inteira e podem ser mais ou menos suculentas de acordo com o habitat. As flores são pequenas, brancas com quatro pétalas, com um odor doce perfumado e crescem em aglomerados no topo dos caules. Floresce de novembro a março.

Habitat e Distribuição: Dunas e arribas costeiras, matos, áreas abertas em pinhais, em terrenos arenosos, encostas e fendas rochosas, normalmente perto da costa (contudo também pode ser encontrada em zonas mais no interior). É nativa da região Mediterrânica e Macaronésia (Ilhas Canárias e Açores).

Notas: As flores são muito ricas em pólen e atraem insetos. Esta planta é utilizada como ornamental em jardins e parques, possui muitas variedades (flores rosa e roxas) e está naturalizada em muitos países.

Fotografia de Filipa Bragança

Açafate-da-praia

(Lobularia marítima subsp maritima L. Desv.)

DATAS A NÃO ESQUECER

2 de fevereiro – Dia Internacional das Zonas Húmidas

3, 10, 17 e 24 de fevereiro – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12). Reserve aqui

5 de fevereiro – passeio na Ria de Alvor, ponto de encontro: Estação de caminhos-de-ferro da Mexilhoeira Grande às 9 h

14 de fevereiro – Dia de S. Valentim

19 de fevereiro – Limpeza de praia, na Praia de Alvor às 10:00. Mais informação através do email: Isabel.soares@arocha.org

22 de fevereiro- Limpeza de praia, na Ria de Alvor às 11:50. Mais informação através do email: Isabel.soares@arocha.org

23 de fevereiro – Evento para Amigos

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

Que belo presente de aniversário! Uma Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“A Terra é tudo o que temos em comum”

Wendell Berry, escritor Americano, nasceu a 5 de agosto de 1934 (tem 87 anos)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Os produtos de higiene pessoal são feitos com químicos perigosos. A indústria da beleza, é em grande parte não regulamentada e não existem padrões legais para produtos rotulados de “puro” “natural” ou “orgânico”.

  • Escolha produtos com poucos ingredientes e simples e com poucos químicos sintéticos
  • Utilize menos produtos de higiene pessoal
  • Escolha produtos sem perfumes sintéticos
  • Leia os rótulos atentamente
  • Alguns ingredientes dos produtos de higiene pessoal podem causar problemas de saúde a longo prazo
  • Evite os químicos perigosos no champô: etanolaminas (DEA e outras), parabenos, filtros UV (oxybenzona), Sodium Laureth Sulfate e outros componentes com –eth e formaldeídos libertadores de conservantes
  • 1,4-Dioxano (contaminante criado quando alguns ingredientes reagem como o Sodium Laureth Sulfato, compostos PEG e outros compostos – xynol, ceteareth e oleth), não aparece nos ingredientes: está presente em compostos que provocam espuma (champô, sabão líquido), é considerado um carcinogéneo humano

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Alterações climáticas – consequências

As alterações climáticas afetam regiões em toda a parte do mundo, são irreversíveis e vão tornar-se piores nas próximas décadas. Efeitos que os cientistas previram no passado, estão a acontecer agora, como o degelo, o aumento do nível do mar, acontecimentos climáticos extremos (ondas de calor, secas e chuva intensa) e isto tudo está a acontecer devido ao aquecimento global. De 1901 a 2020, as temperaturas globais aumentaram 1.1°C, isto pode não parecer muito, contudo pequenas alterações na temperatura correspondem a grandes alterações a nível ambiental. No final da última glaciação (quando a maior parte do planeta estava coberto de gelo), a temperatura média era apenas cinco a nove graus mais fria que hoje em dia. 2020 foi o segundo ano mais quente e entre 1880-2020, os setes anos mais quentes ocorreram todos depois de 2014 (julho de 2021 foi o mês mais quente alguma vez registado).

O aumento do nível do mar (o aquecimento global provoca o degelo das calotes polares e dos glaciares, que provoca o aumento do nível do mar e resulta em inundações e erosão costeira) acelerou para 3.2 mm/ano desde 1993 (durante o século XX era cerca de 1.7mm/ano) e a área coberta por gelo marinho no Ártico no final do verão encolheu cerca de 40% desde 1979. O aumento do nível do mar irá afetar centenas de milhões de pessoas nas próximas décadas e já está a afetar vários países Asiáticos (China, Bangladesh, Índia, Vietname, Indonésia e Tailândia). O aumento do nível do mar pode provocar perdas económicas severas, crises humanitárias e pode ter consequências políticas.

Vídeo disponível apenas em Inglês

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Bjarke Ingels, é um arquiteto de Copenhaga e transformou uma montanha de lixo numa Central energética, com dupla vertente, uma estação de ski que converte 440 mil toneladas de lixo em energia!

O que pode fazer uma década de planeamento e inovação rigorosa? A resposta é uma central energética de lixo-em-energia que tem como principal atração uma pista de esqui.

Em 2019, CopenHill, abriu ao público em Copenhaga, um parque recreativo em forma de pista de esqui. CopenHill, tem 170 mil metros quadrados e abriga uma central energética que converte anualmente 440 mil toneladas de lixo.

Foi considerada a central energética lixo-energia mais eficiente a nível global, distribuindo energia e aquecimento limpo para 150 mil casas na Dinamarca. O teto que é também um parque de atividades proporciona aos visitantes trilhos para caminhadas, recreios, estruturas de fitness, trilhos para correr, paredes de escalada e vistas de toda a cidade, durante o verão. No inverno, os visitantes podem esquiar numa pista com 500 metros.

Apagar a luz pelas aves marinhas

Fotografia de Cátia Gouveia

Este outono, a noite regressou aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para proteger as aves marinhas. Do Corvo ao Funchal, vários municípios desligaram a iluminação pública nesta altura crítica, em que os juvenis saem dos ninhos, e, por serem pouco experientes, são muitas vezes atraídos pelas luzes, ficando encandeados e acabando por colidir com edifícios, linhas elétricas e veículos. Alguns acabam por cair no chão, podendo mesmo morrer devido aos ferimentos ou à incapacidade de voar.

Paralelamente aos apagões, SPEA Madeira e SPEA Açores organizaram brigadas de voluntários para procurar aves encandeadas e devolvê-las ao mar em segurança, nas já conhecidas campanhas Salve uma Ave Marinha e SOS Cagarro. O nosso trabalho para avaliar e minimizar o impacto da poluição luminosa nas aves marinhas continua, no projeto EELabs.

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

www.arochalife.com  

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Guillaume Réthoré (Gui)- A minha vida com as aves: Cuco-rabilongo (Clamator glandarius)

Vamos voltar a 2008, quando eu era apenas um voluntário n’ A Rocha; nessa altura não tinha uma máquina fotográfica como hoje e a maior parte das fotografias eram tiradas através do telescópio (adaptava uma pequena máquina fotográfica ao telescópio), isso explica a baixa qualidade desta foto. Estava a realizar a última contagem de limícolas antes de regressar a França alguns dias mais tarde. Estávamos em julho e não havia muitas aves. Nesse momento vi uma ave a voar; tinha uma cauda comprida mas não se assemelhava a uma Pega (Ibérica ou Comum). Felizmente, poisou num poste e eu consegui ver através do telescópio e tirar-lhe uma fotografia: um juvenil de Cuco-rabilongo! Foi a primeira vez que observei esta espécie, por isso foi um momento especial. Já observei mais indivíduos desde então, mas é sempre um momento especial observá-lo na Ria de Alvor, uma vez que não é observado todos os anos. O Cuco-rabilongo chega cedo (em janeiro) e também nidifica cedo, por isso é possível observar juvenis em dispersão em julho.

Fotografias e texto de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt

Obrigado por nos apoiar!

Esperemos vê-lo em breve!