Como parte das atividades de educação ambiental disponíveis no Dia Aberto, A Rocha Portugal, através da sua colaboradora Lieske de Wilde, organizou um passeio na Ria de Alvor para encontrar pegadas e indícios da presença da lontra. Nesta atividade, apesar de não termos visto as lontras pudemos aprendemos a reconhecer vários indícios da sua presença!

A lontra-europeia (Lutra lutra) vive na Europa e Ásia e também em algumas partes do Norte de África. Existem no total 13 espécies diferentes de lontra no mundo inteiro mas a espécie da Euroásia é das mais comuns de todas. O seu pelo é denso e tem duas camadas, uma interior mais curta e mais macia que tem como função o isolamento a outra superior que é mais longa e forte. O seu pelo é gorduroso e à prova de água. A densidade do ar é tão alta que este fica preso no pelo e por isso a lontra tem que “pentear-se” frequentemente para mantê-lo à prova de água. A lontra está dependente da água doce, mas pode também alimentar-se no mar. A lontra é uma espécie tímida que vive habitualmente sozinha e se alimenta de noite. Por isso é difícil encontrar uma lontra no estado selvagem.

No entanto, as lontras deixam muito indícios que podemos encontrar e que dão uma ideia da sua presença. As fezes da lontra têm uma função muito importante na marcação do seu território. Nas fezes podemos ver restos da comida, como espinhas de peixe ou cascas de caranguejos e lagostins. As lontras depositam as suas fezes em locais proeminentes, como diques, pedras ou pontes que estejam perto da água.

Outros indícios que podemos encontrar são as pegadas. As lontras têm uma membrana entres os dedos (membrana interdigital) que lhe permite nadar.

As lontras são animais solitários. Isso significa que elas vivem sozinhas. Quando encontrarmos mais do que uma linha de pegadas, geralmente são de uma família! Isso é boa notícia, porque significa que gostam da área o suficiente para se sentirem em casa.

A lontra está ameaçada em muitos países, mas felizmente a população Portuguesa está a andar bem!