Boletim Informativo março 2022

 

 

Bem-vindos ao nosso Boletim Informativo de março!

Esperemos que desfrute dos artigos deste mês.

Feliz Carnaval e Feliz Primavera!

Helen e Filipa

 

I
N
S
TANTÂNEO

José Curry da Câmara Cabral

Médico, investigador Português e professor de ciências médicas

Nascimento: 4 de maio, 1844, Lisboa

Falecimento: 18 de maio, 1920, Lisboa

José Curry da Câmara Cabral, conhecido como Curry Cabral, nasceu em Lisboa, no dia 4 de maio de 1844; o seu pai era natural da Horta, Açores, mas descendente de uma família Inglesa (o seu bisavô era Inglês e estabeleceu-se nos Açores). Viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Começou os seus estudos na Escola Médico-cirúrgica de Lisboa em 1864 e terminou em 1869, com distinção.

Em 1870, Curry Cabral, começou a trabalhar no Hospital de São José, como cirurgião assistente e em 1874 foi promovido a cirurgião principal; em 1885, chegou a chefe de enfermaria e em 1900 a Diretor Clínico do Hospital. Durante a sua liderança, reformou o sistema administrativo, que viria a ser mais tarde aplicado a todos os hospitais do país. Também trabalhou como cirurgião principal noutros hospitais em Portugal.

Curry Cabral começou a sua carreira académica em 1873, como preparador e conservador do Museu de Anatomia da Escola Médico-cirúrgica de Lisboa. Em 1876, começou a dar aulas de Anatomia patológica e mais tarde também de Cirurgia.

Durante a sua vida, publicou vários relatórios científicos e livros. Desempenhou um papel importante na criação do Hospital para pacientes com tuberculose e outras doenças contagiosas. Este Hospital foi inaugurado em 1906 e em 1929 foi-lhe dado o nome de Hospital Curry Cabral em sua honra, que persiste até aos dias de hoje.

OVI’s – Objetos Voadores Identificados…

Scopula imitaria, Hübner, 1799
Fotografias de Filipa Bragança

Morfologia: É uma macro traça da família Geometridae, com envergadura entre 12 e 26 mm. O bordo da asa anterior forma um bico (semelhante a um gancho) e as asas posteriores formam um ângulo agudo a meio do bordo exterior (tipo cauda); a parte superior das asas tem cor variada, avermelhada, amarelada ou castanho claro com uma linha central, mais ou menos escura, que atravessa ambas as asas (parece uma linha continua quando em descanso). Os adultos voam de maio a setembro.

Habitat: Solos arenosos e rochosos, encostas rochosas e secas, matos, olivais, montados e pastagens rochosas.

Distribuição: Sul da Europa, Norte de África e Ásia Menor.

Notas: A lagarta é polífaga e alimenta-se de herbáceas. Esta espécie tem sido encontrada em regiões mais a norte do que a sua distribuição natural, provavelmente beneficia do aquecimento global.

Piu… Piu…

Pica-pau-malhado-grande

(Dendrocopus major, Linnaeus, 1758)

Fotografias de Filipa Bragança

Identificação: É um pica-pau da Família Picidae, com envergadura entre 38 e 44 cm e 23 a 26 cm de comprimento. A plumagem é preta com uma mancha branca no pescoço e 2 manchas grandes brancas no dorso, as bochechas são também brancas e as asas são pretas com riscas brancas; as partes inferiores são de cor creme e vermelho vivo na zona da cloaca. Os machos têm uma mancha vermelha na nuca (ausente nas fêmeas). Apresenta um  voo ondulante característico e tamborila, principalmente na primavera (curto e rápido).

Habitat e Ecologia: Habita em florestas, bosques (carvalhos e pinheiros), pomares e por vezes em parques e jardins. O ninho é um buraco escavado nas árvores ou em postes de madeira. Alimenta-se principalmente de invertebrados (capturados nas árvores), mas também de matéria vegetal (sementes, nozes, bagas e frutos), ou ainda de ovos ou crias de outras aves.

Distribuição: É uma ave residente, ocorre na Europa, Norte de África e Ásia. Em Portugal, está presente em todo o país em áreas arborizadas. Esta espécie pode ser observada, durante quase todo o ano na Ria de Alvor.

Estado de Conservação: Pouco Preocupante (LC) na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Na Europa a tendência populacional sofreu um ligeiro aumento.

SABIA QUE?

  • No dia 5 de fevereiro, A Rocha organizou um passeio na Ria de Alvor, Natura 2000, para celebrar o Dia Internacional das zonas húmidas (2 de fevereiro). Foi um passeio maravilhoso, onde os participantes puderam descobrir a magnífica vida selvagem e a importância desta zona húmida. A Rocha, com a colaboração da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, inaugurou um cartaz no parque de estacionamento que visa a sensibilização da problemática dos microplásticos.

  • “Os microplásticos na escola”, é um dos programas de Educação Ambiental d’ A Rocha para as escolas, com o objetivo de consciencializar as crianças para o efeito negativo dos microplásticos nos nossos ecossistemas. Veja o vídeo de Isabel Soares

  • A primavera chegou! A migração de primavera não é tão percetível na Ria de Alvor (as aves escolhem rotas diferentes na sua migração para norte). As chegadas da primavera são um acontecimento importante, todos querem saber quais são as primeiras aves a chegar! Algumas das aves observadas na Ria de Alvor: Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), Andorinha-dos-beirais (Delichon urbicum), Andorinha-dáurica (Cercopsis daurica), Alvélo-amarela (Motacilla flava), Andorinhão-pálido (Apus pallidus), Flamingo-comum (Phoenicopterus roseus), Colhereiro-europeu (Platalea leucorodia), Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris) e Tartaranhão-ruivo-dos-pauis (Circus aeroginosus).

  • No dia 23 de fevereiro, Os Amigos d’ A Rocha organizaram o segundo evento do ano, uma maravilhosa “Caminhada para observação de borboletas e almoço”! O evento esteve esgotado.
  • No dia 17 de março (quinta-feira, dia aberto), um dos voluntários d’ A Rocha, Maarten Laban (aluno holandês que está a fazer um estágio em educação ambiental), irá fazer uma apresentação sobre os microplásticos.
  • A Rocha irá organizar a “Semana dos Polinizadores”, entre 21 e 26 de março, com atividades escolares, passeios, exposição e tertúlias: 23 – passeio para observação de polinizadores na Barragem da Bravura (09:30), 25 – passeio para observação de polinizadores na estação de Biodiversidade de Alvor (09:30), 26 – passeio para observar polinizadores na estação de biodiversidade da Bravura (09:30). O programa completo estará disponível em breve. Para mais informações contacte: paula.banza@arocha.org ou (+351) 282 968 380.

Próximo evento para Amigos: 13 de abril

“Explorando os campos de arroz de Lagoa” com Guillaume Réthoré (Gui)

Se está interessado em participar, marque esta data na sua agenda e reserve a partir de dia 1 de abril, no nosso próximo Boletim Informativo

Preço do bilhete – 15 Euros (Amigos) 20 Euros (Não Amigos)

ESPÉCIES INVASORAS

Fotografia cortesia de Aves de Portugal

Mainá-Indiano (Acridotheres tristis, Linnaeus, 1766)

Filo: Chordata

Classe: Aves

Familia: Sturnidae

Origem: Ásia

Dimensões: 22 a 25 cm de comprimento

O Mainá-Indiano é um pequeno passeriforme, mais precisamente, um estorninho indiano. A plumagem é castanha escura, com manchas brancas nas primárias exteriores (asas), a cabeça é preta, o bico e as patas são amarelas e possui uma zona amarela sem penas em redor do olho. É uma ave muito ruidosa e barulhenta, especialmente ao final do dia, no dormitório comunitário quando vocaliza em uníssono. Os machos e as fêmeas são semelhantes.

Esta espécie é nativa da Ásia Central e do Sul, ocorre na Índia, Afeganistão, Turquestão, Bangladesh, Sri Lanka, Sul da China e Indochina; a distribuição nativa situa-se entre os trópicos e subtópicos; prefere climas quentes. Habita em bosques abertos, zonas alagadas, pastagens, áreas cultivadas, sopés de montanhas e áreas urbanas. A dieta é omnívora (sementes, grãos, frutos, insetos e aranhas), são também necrófagos (lixo urbano, rações, animais mortos) e podem predar ovos e crias de outras aves; alimenta-se principalmente no solo.

O Mainá-indiano foi introduzido em várias partes do mundo; algumas destas introduções foram deliberadas com a intenção de providenciar controlo biológico para algumas espécies de insetos, outras foram acidentais como resultado de fugas de cativeiro. As primeiras introduções deliberadas ocorreram em meados do século XVIII, em algumas ilhas do Pacífico, com a intenção de controlar pragas de gafanhotos. A espécie está agora presente em partes do Sudoeste Asiático, Nova Zelândia, Este da Austrália, Sul da África, Madagáscar e diversas ilhas do Oceano Atlântico, Pacífico e Índico. Mais recentemente, em 2005, estabeleceu-se no Sul de França e Sul dos EUA (2003). Em Portugal, esta espécie tem sido observada apenas na região de Lisboa, mas não possui nenhuma população (apenas indivíduos dispersos).

Em 2000, o IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), listou o Mainá-Indiano, como uma das 100 espécies invasoras mais perigosas, porque a sua distribuição tem aumentado a um ritmo muito elevado. Esta espécie adapta-se facilmente a uma grande variedade de climas e habitats e adapta-se muito bem à presença humana; em alguns locais é considerada uma peste para a agricultura (alimenta-se de frutos e sementes). O Mainá-Indiano é uma espécie dominante e compete com a fauna nativa por alimento, locais de nidificação e pode também disseminar plantas invasoras e seres patogénicos.

REBENTO…U

Família: Scrophulariaceae

Identificação: É uma planta herbácea bianual, pode crescer entre 1 e 2 metros de altura. O caule é ereto e hirsuto, esverdeado, por vezes ramificado; as folhas são alternadas, oblongas a lanceoladas e dentadas, crescem a partir da base. As flores são amarelas e crescem ao longo do caule, solitárias ou em grupos de 3 ou 5. O fruto é uma pequena cápsula com várias sementes pequenas.

Habitat e Distribuição: Orlas de caminhos, bancos secos, pastagens e baldios. É nativa do Reino Unido, Itália, França, Península Ibérica, Ilhas Canárias e Madeira.

Notas: As flores permanecem abertas durante longos períodos e a planta é tolerante a solos secos. Esta espécie está naturalizada em várias regiões: África do Sul, América do Norte, Austrália; Nova Zelândia; Melanésia; Polinésia e Açores.

Fotografia de Filipa Bragança

Blatária-maior

(Verbascum virgatum, Stokes)

DATAS A NÃO ESQUECER

1 de março- Carnaval

3, 10, 17, 24 e 31 de março – Dia aberto- Cruzinha (Anilhagem de Aves e Monitorização de borboletas noturnas das 10 às 12h). Reserve aqui

8 de março – Dia Internacional da Mulher

19 de março 2019 – Dia do Pai

20 de março – Equinócio da Primavera

21 a 27 de março – Semana dos polinizadores (o programa completo estará disponível em breve. Para mais informações contacte: paula.banza@arocha.org)

27 de março – mudança da hora para horário de verão (o relógio adianta uma hora)

Obrigada por patrocinar os Amigos d’ A Rocha Portugal

Fisioterapia, massagens

(Relaxamento, Desportiva, Terapêutica)

Terapias complementares

Estética (Manicure, Pedicure, Epilação, Tratamentos faciais)

Aberto de segunda a sexta

Dr Roy Rodrigues
Av. Do Brasil, Qta das Palmeiras, Lt P2, R/c A, 8500-299 Portimão
(+351) 282180683
royaldente@gmail.com

Urbanização Mar e Serra n° 47, Alvor
8500 – 783 Portimão

(+351) 911597735

O que caracteriza um bom presente de aniversário?

Sustentabilidade, inovação e descoberta!!

Pode encontrar tudo isso na Oferta de Amizade para os Amigos d’ A Rocha Portugal!!

 

Oferta de Amizade

Pensamento do mês

“O progresso é impossível sem mudança, e aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não podem mudar nada”

George Bernard Shaw – Dramaturgo Irlandês, crítico e ativista político (26 de julho 1856 – 2 de novembro de 1950)

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Velas

Todos gostamos de velas, mas sabemos que algumas são feitas de parafina?

A parafina é um subproduto do petróleo (combustível fóssil) e começou a ser utilizado no final do século XIX; antes as velas eram feitas de gordura animal.

  • A parafina é branqueada utilizando dioxina (carcinogéneo) e misturada com ácido esteárico animal para endurecer
  • As velas de parafina podem prejudicar a saúde e não são um produto sustentável
  • Quando queimadas libertam químicos perigosos no ar (benzeno, tolueno, naftaleno,…)
  • A parafina também é usada em cosméticos (uma forma mais suave mas que também não é boa para a pele)

O que fazer?

  • Escolha velas de cera natural (palma, soja, coco ou cera de abelha) e certifique-se que são produzidas de forma sustentável
  • Escolha velas com pavios de algodão (algumas são sintéticas e podem libertar químicos)
  • Escolha velas com óleos essenciais em vez de químicos sintéticos
  • Escolha velas com embalagens recicladas

VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES – VAMOS SER VERDES

Bicos-de-lacre um caso estudo

As invasões biológicas estão entre as principais ameaças à biodiversidade, economia e bem-estar humano em geral. A erradicação de espécies invasoras naturalizadas é muito difícil ou mesmo impossível, a prevenção da introdução de invasoras é considerado mais eficiente. Uma abordagem mecânica através do uso de características funcionais chave para caracterizar nichos térmicos fundamentais de espécies é provavelmente mais adequado para produzir chaves ecológicas de perceção que determinam a distribuição de espécies.

Utilizando a invasão na Europa por Bicos-de-lacre (Estrilda astrild), como caso-estudo, avaliamos a precisão preditiva de previsões mecanísticas e risco de invasão, bem como investigamos as características funcionais que levaram à invasão deste bem-sucedido invasor. Para este fim, vamos estudar como a capacidade termorreguladora afeta o sucesso invasor e a condição individual de aves introduzidas. Avaliamos a hipótese de que espécies (sub) tropicais, como é o caso dos bicos-de-lacre, caracterizarem-se por, comparativamente, apresentarem taxas de metabolismo mais baixas – a chave determinante para a tolerância ao frio – e que as populações em ambientes climáticos mais favoráveis exibem uma melhor condição física do que populações que se encontram nas margens desses nichos. Para este fim, avaliamos a variação das taxas metabólicas e proxy de stress fenotípicos, tais como condição corporal (biomassa), assimetrias flutuantes e barras de falha de penas ao longo de um gradiente climático em Portugal.

Texto e fotos de Marina Sentis Villa (estudante Espanhola de doutoramento em Itália)

Seca em Portugal, um cenário que se repete (ver boletim informativo julho 2020)

A seca é a redução temporária de disponibilidade de água devido à baixa precipitação; tem severo impacto nos ecossistemas e nas atividades sócio económicas. Podemos considerar diferentes tipos de seca:

  • Seca meteorológica – relacionada com a não precipitação e comparada com a média de precipitação para uma determinada região (depende da humidade do ar, vento, temperatura e exposição solar)
  • Seca agrícola – falta de água causada pelo desequilíbrio entre a disponibilidade de água no solo e a necessidade de água das culturas
  • Seca agrometeorológica – combinação entre a seca meteorológica e a seca agrícola (a falta de precipitação e a evaporação tem consequências na disponibilidade de água no solo)
  • Seca hidrológica – relacionada com o armazenamento de água em albufeiras, lagoas e cursos de água, consequência da diminuição do nível de água superficial e subterrâneo (acontece depois de um período mais ou menos longo de seca meteorológica)

A seca hidrológica é avaliada pela Agência Portuguesa de Ambiente (APA), que monitoriza 60 albufeiras em todo o país. De acordo com a APA, no final de janeiro de 2022, o volume de água armazenado em cada bacia hidrográfica, era menor que a média para o mesmo mês (1990/91 a 2020/21). Quinze destas albufeiras têm um volume de água abaixo dos 40% da capacidade total, sendo um dos piores cenários o Oeste do Algarve, mais precisamente a Barragem da Bravura, com apenas 14,4 %.

No princípio de fevereiro, o Governo Português, deu um alerta acerca da seca em Portugal. O cenário não é bom; foi proibida a produção hidroelétrica em algumas barragens do norte e centro de Portugal e, na Barragem da Bravura, já não é possível utilizar água para agricultura.

Campeões da Sustentabilidade

Campeões da sustentabilidade à volta do Mundo– à procura de maneiras de travar a poluição e a gestão de resíduos.

Gostaríamos de agradecer ao Daniel Hartz, o fundador dos “Campeões da Sustentabilidade” por nos permitir a partilha desta informação.

Jamie Sherwood de Nova Iorque desenvolveu elásticos para o cabelo mais duráveis, evitando deste modo que 550 milhões de elásticos para o cabelo acabem em aterros e oceanos. Milhões de pessoas no mundo usam elásticos para o cabelo e a maior parte destes são feitos de borracha sintética e plástico, prejudicando o ambiente quando se perdem ou são descartados. Preocupado com a quantidade de lixo que encontrou, Jamie ficou motivado para criar elásticos para o cabelo 100% feitos à base de plantas, biodegradáveis e que ajudam tanto as pessoas como o ambiente.

Jamie desenvolveu a Terra Ties, elásticos para o cabelo feitos a partir de algodão orgânico e borracha natural que são totalmente biodegradáveis e não prejudicam o ambiente quando são descartados. Terra Ties é feito de 2 componentes renováveis e 100% biodegradáveis: borracha natural e algodão orgânico (tingido com tintas naturais).

A embalagem é também sem plástico e feita com materiais 100% reciclados. Mais ainda, estes elásticos são mais grossos e mais duráveis quando comparados com os elásticos feitos de plástico e sintético, tornando-os mais económicos e amigos do ambiente. Estes elásticos para o cabelo ajudaram mais de 500 mil pessoas a passarem a desperdício zero nos cuidados com o cabelo e impediram que 550 milhões de elásticos de cabelo de plástico e sintético acabassem nos aterros todos os anos.

Acompanhe o crescimento de uma cria de águia na nova webcam da SPEA

Nasceu recentemente uma cria de águia-de-bonelli (ou águia-perdigueira) na Tapada Nacional de Mafra, e todos podem acompanhar o seu crescimento em direto na internet, graças a uma câmara instalada pelo projeto LIFE LxAquila. A câmara foi instalada por técnicos especializados em setembro, antes do início da época de reprodução, e permite agora acompanhar remotamente o desenvolvimento da cria desta espécie ameaçada.

A águia-de-bonelli é particularmente sensível à presença humana em redor dos ninhos. Por isso, o projeto LIFE LxAquila, coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e financiado pelo programa LIFE da União Europeia, pretende minimizar a perturbação durante a época de reprodução, entre outras medidas para proteger esta espécie que, na Área Metropolitana de Lisboa, vive excecionalmente perto das pessoas.

Veja em direto aqui

Consulte o website com as datas dos passeios organizados

  www.arochalife.com  

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Guillaume Réthoré (Gui)- A minha vida com as aves: Caranguejeiro (Dromas ardeola)

Quando os observadores de aves fazem uma viagem, têm objetivos, aves que gostariam de observar e eu, não sou exceção à regra! Em 2019, tive a oportunidade de fazer trabalho de campo no Djibuti. Antes da viagem, comprei um guia de aves da região e comecei a sonhar com as espécies que poderia observar. Uma delas era o Caranguejeiro (Dromas ardeola).

Assim que aterramos (partimos de Lisboa na tarde do dia anterior e chegamos de manhã), depois das formalidades do visa, deixamos as bagagens no hotel e fomos direitos à praia, à procura de aves. Minutos depois de termos chegado, observamos o nosso primeiro Caranguejeiro! Regressamos à mesma praia, todos os dias, depois do trabalho de campo e conseguimos sempre observar esta espécie.

Na fotografia é possível observar um indivíduo adulto e um juvenil (não é tão colorido). O adulto está a comer um caranguejo (assim como o seu nome indica). Ao fundo é possível ver um Maçarico-galego, uma espécie comum na Ria de Alvor!

Texto e fotografia de Guillaume Réthoré

Edição: Filipa Bragança

Revisão Inglês: Helen Rodda

Revisão Português: Lena Soares

Controle de produção: Helen Rodda

Email: friends.arpt@arocha.org

www.arocha.pt

Obrigado por nos apoiar!

Esperemos vê-lo em breve!